Páginas

terça-feira, 31 de agosto de 2010

NARCISO e ECO

O mito conta que Narciso, um jovem de singular beleza, filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia de seu nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Ao observar o reflexo de seu rosto nas águas de uma fonte, apaixonou-se pela própria imagem e ficou a contemplá-la, tornou-se indiferente aos sentimentos alheios, desprezou o amor da ninfa Eco e seu egoísmo provocou o castigo dos deuses, que o fez admirar-se até consumir-se.  (Na psiquiatria e particularmente na psicanálise, o termo narcisismo designa a condição mórbida do indivíduo que tem interesse exagerado pela própria imagem).

1ª Versão - (renascentistas) Eco era uma bela Oréades, (as ninfas das montanhas), adorava sua própria voz, amava os bosques e os montes onde muito se distraía. Era querida por Diana a quem acompanhava em suas caçadas. Tinha, no entanto, um defeito: falava demais e sempre queria dar a última palavra em qualquer conversa ou discussão. Em certa ocasião, a deusa Hera desconfiou, com razão, que seu marido Zeus se divertia com as Oréades, veio à terra a fim de flagrá-lo com suas amantes. Eco tentou distraí-la com uma conversa ininterrupta de forma a possibilitar que o deus e as ninfas escapassem. Finalmente a deusa conseguiu livrar-se dela e, chegando ao campo onde os amantes estavam não encontrou ninguém. Percebendo que tinha sido lograda, resolveu castigá-la: só seria capaz de falar repetindo o que os outros dissessem.

2ª Versão - (Segundo Ovídio), Zeus havia usado do dom da fala de Eco para distrair a esposa, a fim de continuar seu adultério. Hera logo descobriu o ardil e condenou-a para sempre repetir apenas as últimas palavras das frases que os outros diziam (ecolalia). A ninfa perdia assim seu mais precioso dom e aquilo que mais amava. Enquanto vagava em seu sofrimento, noutra parte havia um homem chamado Narciso. Era ele tão belo que mulheres e homens ao verem-no logo se apaixonavam. Mas Narciso, que parecia não ter coração, não correspondia a ninguém. Certo dia, vagando Eco pelos bosques, encontrou o belo mancebo por quem caiu de amores. Como não podia falar, limitou-se a segui-lo, sem ser vista. O jovem, porém, estando perdido no caminho, perguntou: "Tem alguém aqui?" Ao que obteve apenas a resposta: "Aqui, aqui, aqui...".

Narciso intimou a quem respondia para sair do esconderijo. Eco apareceu gesticulando para dizer do grande amor que lhe devotava. Narciso, chateado com a quantidade de pessoas a amarem-no, rejeitou também à bela ninfa. A pobre Eco, tomada de desgosto, rezou para que Afrodite lhe tirasse a vida. A deusa, entretanto gostava daquela voz, que deixou-a viver.

Segundo Ovídio, um rapaz apaixonou-se depois por Narciso e desprezado, orou aos deuses por vingança, sendo atendido por Nêmesis (a deusa que arruina os orgulhosos), que decidiu fazer com que o belo moço sofresse daquele mesmo desprezo com que aos outros tratava: fê-lo cair de amores por seu próprio reflexo. Sem poder jamais ser correspondido pela imagem, morre de desgosto, indo para o País de Hades, a terra dos criminosos, onde passa a eternidade atormentado pela visão do próprio reflexo nas águas do rio Estige.

Segundo outras fontes:
- Eco era uma ninfa que tinha maravilhosos dons de canto e dança, que desprezava os amores de qualquer homem. O deus Pan se enamora por ela, mas obtém apenas o desdém. Tolhido em sua lascívia, Pan se enfurece, ordenando aos seus seguidores que a matem. Eco foi então estripada, e seus pedaços espalhados por toda a Terra. A deusa da Terra, Gaia, incorporou os pedaços da ninfa, com os restos de sua voz, que repetem as últimas palavras que os outros dizem.

- Uma ninfa bela e graciosa tão jovem quanto Narciso,chamada Eco e que amava o rapaz em vão. A beleza de Narciso era tão incomparável que ele pensava que era semelhante a um deus, comparável à beleza de Dionísio e Apolo. Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco, desesperada, definhou melancolicamente. Para dar uma lição ao rapaz, a deusa Némesis o condenou a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado Narciso abaixou no baranco do rio caiu e morreu. As ninfas construíram-lhe uma pira, mas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o narciso.

Outras variantes dessa versão, Eco e Pan casaram e chegaram a ter um filho, chamado Iambe.

Contemporaneando
Freud acreditava que algum nível de narcisismo constitui uma parte de todos desde o nascimento.

Andrew Morrison afirma que, em adultos, um nível razoável de narcisismo saudável permite que um indivíduo equilibre a percepção de suas necessidades em relação às de outrem.

Em psicologia e psiquiatria, o narcisismo excessivo é reconhecido como um estado patológico.

Os termos "narcisismo" e "narcisista" são freqüentemente utilizados como pejorativos, denotando vaidade ou egoísmo. Quando aplicado a um grupo social, o conceito tem relação com o conceito de elitismo e pode se apresentar como diversas formas de pensamento que favorecem as mais prósperas camadas sociais.

Na literatura, Paulo Coelho, em O Alquimista, utilizou como prefácio o mito, usando também a emenda que Wilde escreveu sobre o que ocorreu depois da morte de Narciso.

Na música, Caetano Veloso utiliza o espírito do mito de Narciso em letra de Sampa, onde pretende explicar o que lhe ocorreu quando diante de São Paulo pela primeira vez: "[...] Quando eu te encarei Frente a frente Não vi o meu rosto Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto o mau gosto É que Narciso acha feio o que não é espelho E a mente apavora o que ainda Não é mesmo velho Nada do que não era antes quando não somos mutantes [...]"

Hércules ou Heracles e a Via Láctea

Existem mitos belíssimos sobre a Via Láctea, ou "caminho do leite".
Muitos povos antigos identificaram essa faixa de estrelas no céu e imaginaram sua origem, criando significando diferentes para ela.

Sobre a mitologia grega, os antigos gregos contam uma lenda muito bonita sobre a origem da Via Láctea: - Para que Hércules, um dos heróis mais populares, se tornasse imortal, deveria ser amamentado quando bebê pelo seio de sua rabugenta madrasta Hera, que era a mulher de Zeus (Júpiter romano).

Hermes (Mercúrio romano), outro filho de Zeus, preocupado com o futuro do meio irmão, colocou-o no seio de Hera enquanto ela dormia.

Assim que ela abriu os olhos e deparou com a cena, empurrou o pequeno Hércules. Mas ele já havia se alimentado.

O leite que escorreu do seio de Hera deixou um rastro pelo céu, formando assim o "nascimento" da Via Láctea!

Herói tebano, o maior de todos os heróis gregos, um semi-deus filho de Zeus e de Alcmena, (a virtuosa esposa de Anfitrião). Famoso por sua impressionante força física. Empregou grande parte de sua vida na famosa jornada conhecida como Os 12 Trabalhos de Hércules, a mando de Euristeu, rei de Mecenas.

Zeus, para seduzir Alcmena assumiu a forma de seu esposo Anfitrião, enquanto este estava ausente de casa. Quando Anfitrião retornou e descobriu o que tinha acontecido, ficou tão irado que construiu uma grande pira para queimar Alcmena viva. Zeus vendo a situação mandou nuvens para apagar o fogo forçando assim Anfitrião a aceitar a Alcmena.

Originalmente Hércules era chamado pelos gregos de Heracles, o que significa "a glória de Hera". Já no seu nascimento, Hera enviou duas serpentes para acabar com o semideus ainda no berço, mas o menino as estrangulou com sua incrível força. Hera tinha ciúmes porque Zeus pretendia ter como filho e herdeiro do trono alguém bastante forte para proteger não só os mortais, mas também os imortais. Hércules, como filho de Alcmena (descendente do fortíssimo Perseu), era o principal candidato de Zeus.

Ainda criança revelou seu talento heróico e matou um leão selvagem no Monte Citéron.

Na vida adulta, suas aventuras foram maiores e mais espetaculares do que as de qualquer outro herói, tornando-se muito popular, desde os tempos mais antigos. Hércules é um herói que destruiu vários monstros e teve inúmeras conquistas, a mais conhecida é sobre a Medusa (que transformava todos em pedra ao se olhar para seus olhos), de quem cortou a cabeça.Sua maior realização foram os seus famosos 12 trabalhos impostos por Euristeu, Rei de Argos de Micenas, enquanto era perseguido pela deusa Hera, que tinha ciúmes dos filhos de Zeus com outras mulheres e protegido pela deusa Atena, a entusiasta defensora de Hércules.
1º. trabalho foi o estrangulamento do invulnerável leão de Neméia.
2º. trabalho foi a destruição da Hidra de Lerna, uma cobra aquática com várias cabeças, que ao se decepar uma cabeça, duas cresciam no lugar.
3º. A captura viva do feroz javali do Monte Erimanto,
4º. A captura da Corça do Monte Carineu, animal era sagrado da deusa Ártemis.
5º. A expulsão dos Pássaros Estinfalos do Lago Estinfalo em Arcádia; comedores de homens e que podiam atirar suas penas como se fossem flechas, episódio em que contou com a ajuda do deus Hefesto.
6º. Ainda no Peloponeso realizou a limpeza dos currais do Rei Áugias de Élida, que possuía grandes rebanhos de gado, mas cujos currais nunca tinham sido limpos.
7º. Foi o primeiro fora de Peloponeso: a captura do selvagem touro de Creta, que depois foi solto teria sido morto por Teseu, em Maratona.
8º. Então Euristeu o enviou à Trácia para trazer os cavalos devoradores de homens de Diomedes.
9º.Cumprida a tarefa, foi imediatamente mandado tomar e trazer a cinta da rainha das Amazonas, as margens do Mar Negro.
Seus três últimos trabalhos, foram realizados fora das fronteiras do mundo grego:
10º. Ir a distante Eritéia, para buscar o Rebanho de Gérião, figura assombrosa de que tinha um corpo triplo, que era auxiliado por um feroz pastor chamado Euritão e um cachorro de duas cabeças e rabo de serpente chamado Orto.
11º. Depois de eliminar estes inimigos mortais, Euristeu o enviou para o Mundo Inferior com a missão de trazer Cérbero, o próprio cão do Inferno. Para esta tarefa contou com a ajuda de Hades e Perséfone.
12º. Trazer para Euristeu, os Pomos do Ouro de Hespérides, frutas douradas que eram a fonte da eterna juventude dos deuses, cuja árvore era cuidada pelas ninfas chamadas Hespérides e guardada por uma serpente.
O lugar situava-se no jardim abaixo das montanhas, onde o poderoso Atlas sustenta os céus em suas costas.

Como essas maças simbolizavam a imortalidade, este trabalho final significou que ele pode ascender ao Olimpo, tomando seu lugar entre os deuses eternos.

Assim tornou-se o super-homem grego, sendo muitas das estórias de seus feitos interessantes contos de realizações sobre-humanas e monstros fabulosos.

Ele é representado assim, um gigante barbado coberto com uma pele de leão e portando uma grande clava. Em suas lutas, Hércules, tinha sempre que optar entre a força e a resolução intelectual, embora quase sempre optasse pela primeira alternativa. Segundo algumas versões, o famoso herói teve que escolher entre duas condutas de vida completamente opostas.

Modernizando

A carta da Escolha de Hércules simboliza um momento de opção, liberdade, livre-arbítrio, energia, força, otimismo, cautela necessidade de enfrentar provas e uma personalidade criativa que nunca se encontra em estagnação.

Na posição invertida significa dispersão, insatisfação, imprudência, separação, temperamento explosivo e complexos de culpa.

Pode significar também que o consulente está muito envolvido em problemas de outra pessoa, deixando os seus próprios de lado. Para ambos os sexos, a Escolha de Hércules quer dizer, que a hora da opção chegou ou está prestes a chegar, pode ser tanto no sentido amoroso, como no sexual, intelectual e material. Por isso, não é raro que esta carta indique a vinda de um grande novo amor, uma mudança de emprego ou de profissão.

Numa analogia com o Tarô de Marselha, a Escolha de Hércules corresponderia aos Amantes, símbolo do livre-arbítrio e da cautela. Para que não se viva no Mundo da Lua

5 - Outros Deuses na Mitologia Grega:


1 . Asclépio ou Esculápio era o deus romano da medicina e da cura. Tinha as mesmas propriedades mas um nome sutilmente diferente: Asclépio. Mito, Esculápio nasceu como mortal, mas depois da sua morte foi-lhe concedida a imortalidade, transformando-se na constelação. Pai de Hígia e Telésforo. Na província da Lusitânia, atual território de Portugal, era especialmente venerado, Em Roma considerado uma divindade menor.[carece de fontes?] Muito prestigiado no mundo antigo. Os santuários em sua homenagem se converteram em sanatórios. Conforme Homero, Esculápio é um hábil cirurgião. Píndaro e Hesíodo detalham como Zeus acabou por fulminá-lo com um raio, porque pretendia igualar-se aos deuses tornando os seres humanos imortais. Depois de algum tempo passou a ser considerado como filho de Apolo com a mortal Corônis, tendo então o poder de curar aos enfermos. No Peloponeso, no século VI a.C., foram erigidos um templo chamado de Epidauro e um teatro. Lá eram acolhidos os peregrinos e enfermos que acorriam para a festa em honra de Esculápio, a Epidauria. Patrono dos médicos, sua figura aparecia nos ritos místicos de Elêusis. Em Roma, seu culto foi iniciado por ordem das profecias sibilinas, que foram um conjunto de oráculos do ano 293 a.C.. Era representado como um homem barbudo, com o ombro direito descoberto, de olhar sereno ao horizonte, ora acompanhado de sua filha Hygiea (Higia, a saúde), ora sozinho. Seu braço esquerdo, sempre aparece apoiado num cajado, confundido às vezes com o caduceu de Mercúrio, que possui duas serpentes, enquanto em volta de seu bastão há apenas uma serpente. Seu bastão é o símbolo da medicina.
2 • Circe ou Kírkē (em grego falcão) deusa cuja característica principal era a capacidade para a ciência da feitiçaria. Era feiticeira e filha da deusa Hécate, era capaz de criar filtros e venenos que transformavam homens em animais. Por esse motivo morava num palácio encantado, cercado por lobos e leões (seres humanos enfeitiçados). Crê-se que essa ilha se encontra no que é hoje o monte Circeu. Existe, igualmente, a versão de que é filha de Hélios com a oceânide Perséia. Perséia também pode significar Hécate, filha de Perses ("destruição"). Circe, figura mítica, é retratada como filha de Hélio, deus-sol e da deusa Hécate. Por ter envenenado seu marido, o rei dos sármatas, que morava no Cáucaso, (região da Europa oriental e da Ásia ocidental, entre o mar Negro e o mar Cáspio, que inclui a cordilheira do mesmo nome e as planícies adjacentes) foi obrigada a exilar-se na ilha de Ea ou Eana, localizada no litoral oeste da Itália. O nome da ilha "Ea" ou "Eana" ( ilha citada na Odisseia onde morava Circe. Segundo a tradição ficava situada na região de Itália, correspondendo na geografia atual à península do Monte Circeu.) é traduzido como "prantear" e dela emanava uma luz tênue e fúnebre. Essa luz identificava Circe como a "deusa da Morte horrenda e de terror". Era também associada aos vôos mortais dos falcões, pois, assim como estes, ela rodeava suas vítimas para depois enfeitiçá-las. O grito do falcão é "circ-circ" e é considerado a canção mágica de Circe, que controla tanto a criação quanto a dissolução. Sua identificação com os pássaros é importante, pois eles têm a capacidade de viajar livremente entre os reinos do céu e da terra, possuidores dos segredos mais ocultos, mensageiros angélicos e portadores do espírito e da alma. Escritores gregos antigos a citavam como "Circe das Madeixas Trançadas", pois podia manipular as forças da criação e destruição através de nós e tranças em seus cabelos. Como o círculo, ela era também a tecelã dos destinos. Circe era considerada a Deusa da Lua Nova, do amor físico, feitiçaria, encantamentos, sonhos precognitivos, maldições, vinganças, magia negra, bruxaria, caldeirões. Com o auxílio de sua varinha, poções, ervas e feitiços, transformava homens em animais, fazia florestas se moverem e o dia virar noite. Os escritores antigos Homero, Hesíodo, Ovídio e Plutarco relataram suas proezas, garantindo para ela um lugar nas lendas. Na Oldicéias - No decurso de suas perambulações, o herói Ulisses (personagem épico da Odisséia de Homero,também conhecido como Odisseu) e sua tripulação desesperada desembarcam na praia da ilha de Eana, onde vivia Circe, filha do Sol. Ao desembarcar, Ulisses subiu a um morro e, olhando em torno, não viu sinais de habitação, a não ser um ponto no centro da ilha, onde avistou um palácio rodeado de árvores. Ulisses enviou à terra 23 homens, chefiados por Euríloco, para verificar com que hospitalidade poderiam contar. Ao se aproximarem do palácio, os gregos viram-se rodeados de leões, tigres e lobos, não ferozes mas domados pela arte de Circe, que era uma feiticeira poderosa. Todos esses animais tinham sido homens e haviam sido transformados em feras por seus encantamentos. Do lado de dentro do palácio vinham sons de uma música suave e de uma bela voz de mulher que cantava. Euríloco a chamou em voz alta, e a deusa apareceu e convidou os recém-chegados a entrar, o que fizeram de boa vontade, exceto Euríloco, que desconfiou do perigo. A deusa fez seus convivas se assentarem e serviu-lhes vinho e iguarias. Quando haviam se divertido à farta, tocou-os com uma varinha de condão e eles se transformaram imediatamente em porcos, com "a cabeça, o corpo, a voz e as cerdas" de porco, embora conservando a inteligência de homens. Euríloco se apressou a voltar ao navio e contar o que vira. Ulisses, então, resolveu ir ele próprio tentar a libertação dos companheiros. Enquanto se encaminhava para o palácio encontrou-se com um jovem que se dirigiu a ele familiarmente, mostrando que estava a par de suas aventuras. Revelou que era Hermes e informou Ulisses acerca das artes de Circe e do perigo de aproximar-se dela. Como Ulisses não desistiu de seu intento, Hermes (Mercúrio para os romanos) deu-lhe o broto de uma planta chamada Moli, dotada de poder enorme para resistir às bruxarias, e ensinou-lhe o que deveria fazer. Ulisses prosseguiu seu caminho e, ao chegar ao palácio, foi recebido cortesmente por Circe, que o obsequiou como fizera com seus companheiros. Depois que ele havia comido e bebido, tocou-o com sua varinha de condão, dizendo: - Ei! procura teu chiqueiro e vá espojar-se com teus amigos.

Em vez de obedecer, Ulisses desembainhou a espada e investiu furioso contra a deusa, que caiu de joelhos, implorando clemência. Ulisses ditou-lhe uma fórmula de juramento solene de que libertaria seus companheiros e não cometeria novas atrocidades contra eles ou contra o próprio Ulisses. Circe repetiu o juramento, prometendo, ao mesmo tempo, deixar que todos partissem são e salvos, depois de os haver entretido hospitaleiramente. Cumpriu a palavra. Os homens readquiriram suas formas, o resto da tripulação foi chamado da praia e todos foram tratados magnificamente durante vários dias, a tal ponto que Ulisses pareceu ter-se esquecido da pátria e se resignado àquela vida inglória de ócio e prazer.

Por fim seus companheiros apelaram para seus sentimentos mais nobres, e ele recebeu a censura de boa vontade. Circe ajudou nos preparativos para a partida e ensinou aos marinheiros o que deveriam fazer para passar sãos e salvos pela costa da Ilha das Sereias. As sereias eram ninfas marinhas que tinham o poder de enfeitiçar com seu canto todos que o ouvissem, de modo que os infortunados marinheiros sentiam-se irresistivelmente impelidos a se atirar ao mar, onde encontravam a morte.

Circe aconselhou Ulisses a cobrir com cera os ouvidos de seus marinheiros, de modo que não pudessem ouvir o canto, e a amarrar-se a si mesmo no mastro dando instruções a seus homens para não libertá-lo, fosse o que fosse que ele dissesse ou fizesse, até terem passado pela Ilha das Sereias.

No poema "Endimião", do poeta Keats, (John Keats (Londres, 31 de outubro de 1795 - Roma, 23 de fevereiro de 1821) foi um poeta inglês.Filho de um cavalariço enriquecido, órfão a partir de 1804, muito jovem entusiasmou-se pela Grécia Antiga.) podemos ter uma idéia do que se passava no pensamento dos homens que eram transformados em animais pela feiticeira Circe. Os versos abaixo teriam sido ditos por um monarca transformado em elefante pela deusa: Não lamento a coroa que perdi, / A falange que outrora comandei / E a esposa, ou viúva, que deixei. / Não lamento, saudoso, minha vida. / Filhos e filhas, na mansão querida, / Tudo isso esqueci, as alegrias / Terrenas dos velhos dias olvidei. / Outro desejo vem, muito mais forte. / Só aspiro, só peço a própria morte. / Livrai-me deste corpo abominável. / Libertai-me da vida miserável. / Piedade, Circe! Morrer e tão-somente! / Sede, deusa gentil, sede clemente!

Odisseu ou Ulísses - História de Odisséia - Odisséia ou Odisseia (em grego: Transliteração Odýsseia) é uma dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga, atribuídos a Homero. É, em parte, uma sequência da Ilíada, outro obra creditada ao autor, e é um poema fundamental ao cânone ocidental moderno, e, historicamente, é a segunda - a primeira sendo a própria Ilíada - obra existente da literatura ocidental, tendo sido escrita provavelmente no fim do século VIII a.C., em algum lugar da Jônia, região da costa da Ásia Menor então controlada pelos gregos, e atualmente parte da Turquia. O poema está centrado principalmente no herói grego Odisseu (ou Ulisses, como era conhecido na mitologia romana) e sua longa viagem para casa depois da queda de Tróia. Odisseu leva dez anos para chegar à sua terra natal, Ítaca, depois da Guerra de Troia, que também havia durado dez anos. Em sua ausência, presume-se que tenha morrido, e sua esposa, Penélope, juntamente com seu filho, Telêmaco, são obrigados a lidar com um grupo de indisciplinados pretendentes, os Mnesteres (em grego) ou Proci, que competem pela mão de Penélope em casamento. A obra continua a ser lida por todo o mundo, tanto no original, escrito no chamado grego homérico, quando em inúmeras traduções para os idiomas atuais. O poema foi composto originalmente seguindo a tradição oral, por um aedo, provavelmente um rapsodo, e destinava-se mais a ser cantada do que lida. Os detalhes das antigas performances orais da Odisseia, e de sua conversão a uma obra escrita, continuam até hoje a inspirar debates entre os estudiosos. A obra foi escrita num dialeto poético, que não pertence a qualquer região definida, e abrange no hexâmetro dactílico. Entre os elementos mais impressionantes do texto está a sua trama, surpreendentemente moderna em sua não-linearidade, e o fato de que os eventos mostrados dependem tanto das escolhas feitas por mulheres, criados e escravos quanto dos guerreiros. Em português, bem como em diversos outros idiomas, a palavra odisseia passou a se referir a qualquer viagem longa, especialmente se apresentar características épicas. Argumento - Telêmaco, filho de Odisseu, tem apenas um mês de idade quando seu pai sai para combater em Tróia, numa guerra da qual ele não quer fazer parte. No ponto em que a obra se inicia, já se passaram dez anos após o fim da Guerra de Troia - que por sua vez durou dez anos - Telêmaco tem 20 anos e está dividindo a casa de seu pai ausente, localizada na ilha de Ítaca, com sua mãe e uma multidão de 108 arruaceiros, "os pretendentes", cuja meta é persuadir Penélope de que seu marido está morto, e que ela deve se casar com um deles. A deusa Atena, a protetora de Odisseu, discute seu destino com Zeus, rei dos deuses, no momento em que o inimigo do heroi, o deus do mar, Posídon, se ausenta do Monte Olimpo. Escondida como um chefe táfio chamado Mentes, ela visita Telêmaco e o encoraja a procurar notícias de seu país. Ele a oferece sua hospitalidade, e ela pode observar o comportamento inapropriado dos pretendentes, jantando em meio a arruaças enquanto o bardo Fêmio lhes interpretava um poema narrativo. Penélope opõe-se ao tema de Fêmio, o "Retorno de Tróia", por lembrá-la de seu marido desaparecido, porém Telêmaco refuta suas objeções. Naquela noite, Atena, disfarçada como Telêmaco, encontra um navio e uma tripulação para o verdadeiro Telêmaco. No dia seguinte, este reúne uma assembleia de cidadãos de Ítaca, para discutir o que deveria ser feito com os pretendentes. Acompanhado por Atena (agora disfarçada como seu amigo, Mentor, ele parte para a Grécia continental, onde é recebido por Nestor, o mais respeitável dos guerreiros gregos de Tróia, já de volta a seu lar, em Pilos. De lá, Telêmaco parte por terra, acompanhado pelo filho de Nestor, para Esparta, onde encontra Menelau e Helena, já reconciliados; estes descrevem como retornaram à Grécia depois de uma longa viagem, que passou pelo Egito e, de lá, pela ilha mágica de Faros, onde Menelau encontrou o velho deus do mar Proteu, que o contou que Odisseu havia sido aprisionado pela ninfa Calipso. Telêmaco também descobre o destino do irmão de Menelau, Agamenon, rei de Micenas e líder dos gregos em Tróia, assassinado logo depois de retornar ao seu lar, por sua esposa Clitemnestra e seu amante Egisto.

A obra chega então à história de Odisseu, que passou sete anos no cativeiro, na ilha de Calipso. Esta é persuadida a libertá-lo pelo deus mensageiro, Hermes, enviado por Zeus. Odisseu constrói uma jangada e recebe roupas, comida e bebida de Calipso; acaba naufragando, no entanto, por obra de Posídon, e é obrigado a nadar até a ilha de Esquéria onde, nu e exausto, ele se esconde numa pilha de folhas e adormece. Na manhã seguinte, desperto pelas risadas de garotas que se aproximam, vê a jovem Nausícaa, que veio com suas criadas lavar roupas à beira do mar. Odisseu pede ajuda a ela, que o encoraja a procurar a hospitalidade de seus país, Arete e Alcínoo. Odisseu que inicialmente não se identifica, é bem recebido; permanece no local por diversos dias, participa de um pentatlo e ouve o cantor cego Demódoco executar dois poemas narrativos. O primeiro é um incidente obscuro da Guerra de Troia, a "Disputa ente Odisseu e Aquiles", enquanto o segundo é a narrativa de um caso de amor entre dois deuses do Olimpo, Ares e Afrodite. Odisseu pede então a Demódoco que retorne ao tema da Guerra de Tróia, que conta sobre o Cavalo de Tróia, um estratagema no qual Odisseu havia desempenhado um papel crucial. Incapaz de esconder suas emoções ao narrar o episódio, Odisseu finalmente revela sua identidade, e começa a contar a fantástica história de seu retorno à Tróia. Após uma incursão pirática em Ismara, na terra dos cicones, Odisseu e seus doze navios são desviados do curso por tempestades. Visitam então os letárgicos Comedores de Lótus, e são capturados pelo ciclope Polifemo, do qual escapa apenas após cegá-lo com um pedaço afiado de madeira. São recebidos por Éolo, senhor dos ventos, que dá a Odisseu um saco de couro contendo todos os ventos (com a exceção do vento oeste), um presente que deveria lhe ter garantido a viagem de volta para casa; seus marinheiros, no entanto, abrem de maneira tola o saco enquanto Odisseu dormia, pensando que continha ouro; todo o vento voou para fora do saco, e a tempestade resultante mandou os navios de volta para onde haviam vindo, quando Ítaca havia acabado de aparecer no horizonte. Após pedir em vão para que Éolo o ajudasse novamente, Odisseu e seus companheiros reembarcaram nos navios e zarparam, viajando até encontrar o canibal Lestrigão. O navio de Odisseu acaba sendo o único a sobreviver ao ataque, e acaba indo parar junto à deusa-bruxa Circe, que transforma metade dos seus homens em porcos, após alimentá-los com vinho e queijo. Hermes, que havia alertado Odisseu a respeito de Circe, dá a ele uma droga chamada móli, que o fazia resistente à magia de Circe. Esta, atraída por esta resistência, apaixonou-se por ele e libertou seus homens a seu pedido. Odisseu e sua tripulação permaneceram na ilha por um ano, durante o qual festejaram, beberam e realizaram banquetes incessantes. Finalmente, os homens de Odisseu o convencem que é hora de partir para Ítaca; guiado pelas instruções de Circe, cruzam o oceano a atingem um porto na beira ocidental do mundo, onde Odisseu sacrifica aos mortos e invoca o espírito do velho profeta Tirésias para aconselhá-lo. Em seguida Odisseu encontra o espírito de sua própria mãe, que havia morrido de desgosto durante sua longa ausência; dela, descobre pela primeira vez notícias de sua própria casa e família, ameaçada pela cobiça dos pretendentes. Lá encontra também os espíritos de mulheres e homens famosos, entre eles Agamenon, que lhe informa sobre seu assassinato e lhe alerta sobre os perigos das mulheres (ver Nekyia para maiores detalhes do encontro de Odisseu com os mortos). Ao retornar à ilha de Circe, são aconselhados por ela sobre as etapas restantes de sua jornada. Após costearem a terra das Sereias, passam por entre Cila, um monstro de muitas cabeças, e o redemoinho Caribde, e chegam à ilha de Trinácia. Lá, os homens de Odisseu ignoram os avisos de Tirésias e Circe, e abatem o gado sagrado do deus-sol, Hélio; este sacrilégio lhes traz como punição um naufrágio, onde todos morrem afogados, com a exceção de Odisseu, que consegue chegar à ilha de Calipso, ninfa que o força a se tornar seu amante por sete anos, até que ele consegui escapar. Depois de ouvir com grande atenção a história, os feácios, marinheiros experientes, concordam em ajudar Odisseu a voltar para casa. Deixam-no à noite, enquanto está em sono pesado, num porto escondido em Ítaca. Lá ele consegue chegar à casa de um de seus antigos escravos, o pastor de porcos Eumeu. Odisseu se disfarça como um mendigo vagrante, para descobrir como estão as coisas em sua residência. Após jantar, conta aos trabalhadores da fazenda uma história fictícia sobre si; afirma ter nascido em Creta, e ter liderado um grupo de cretensesque lutaram ao lado dos gregos na Guerra de Tróia, e que havia passado sete anos na corte do rei do Egito, e depois naufragado na Tesprócia, de onde teria vindo a Ítaca. Enquanto isso, Telêmaco navega para casa, vindo de Esparta, fugindo de uma emboscada preparada pelos pretendentes. Desembarca na costa de Ítaca e se dirige à casa de Eumeu; lá, pai e filho se encontram, e Odisseu se identifica para o filho (embora ainda não para Eumeu), e decidem que os pretendentes devem ser mortos. Telêmaco chega à sua casa primeiro; acompanhado por Eumeu, Odisseu retorna ao seu lar, ainda fingindo ser um mendigo, e presencia as arruaças dos pretendentes. Encontra-se com Penélope, e testa suas intenções com uma história inventada sobre seu nascimento em Creta onde, segundo ele, teria se encontrado com Odisseu. Ao ser interrogado, acrescenta que também havia estado recentemente em Tesprócia, onde fora informado sobre as viagens recentes de Odisseu. Sua identidade é descoberta pela caseira, Euricléia, quando ela lava seus pés e descobre uma antiga cicatriz que Odisseu tinha, fruto de uma caçada a javalis; ele a faz jurar segredo. No dia seguinte, instigada por Atena, Penélope convence os pretendentes a competir por sua mão, numa competição de arco-e-flecha, utilizando o arco de Odisseu - que participa da competição, ainda disfarçado, e, após ser o único com força suficiente para dobrar o arco, a vence. Odisseu passa então a disparar flechas contra os pretendentes; com a ajuda de Atena, Telêmaco, Eumeu e Filoteu, um pastor, todos são mortos; Odisseu ainda executa, juntamente com Telêmaco, doze das criadas da casa que haviam feito sexo com os pretendentes, e, após mutilá-lo, também executam o pastor de cabras Melâncio, que havia caçoado de Odisseu e o maltratado. Odisseu então finalmente se identifica para Penélope, que, hesitante, o aceita após ele descrevê-la a cama que teria construído para ela após se casarem.

No dia seguinte Odisseu e Telêmaco visitam a fazenda de seu velho pai, Laertes, que também só aceita sua identidade após ver Odisseu descrever corretamente o pomar que Laertes lhe dera certa vez.

Os cidadãos de Ítaca, no entanto, seguem Odisseu e Telêmaco ao longo da estrada, planejando vingar as mortes dos pretendentes, seus filhos. O líder do grupo afirma que Odisseu havia causado a morte de duas gerações de homens de Ítaca - seus marinheiros, nenhum dos quais havia sobrevivido à jornada de volta, e os pretendentes, que ele havia agora executado. A deusa Atena intervem pessoalmente, e convence ambos os lados a abandonar a vingança. Ítaca finalmente está em paz novamente, e a Odisseia é concluída. Personagem - O traço heroico de Odisseu está em sua mētis, ou "inteligência astuta"; ele frequentemente é descrito como "Par de Zeus em Conselhos". Esta sua inteligência se manifesta no uso de disfarces e em falas e discursos enganosos. Seus disfarces podem tanto ser físicos (alterando sua aparência) como verbais, como fez ao contar para o ciclope Polifemo que seu nome era Ουτις (Oútis), "Ninguém", e fugir após cegá-lo; quando os outros ciclopes perguntaram a Polifemo o motivo de seus gritos, ele responde que "Ninguém" lhe está machucando, e os outros assumem que "Se sozinho como você está [Polifemo] ninguém usa violência sobre si, ora, não há como escapar do mal enviado pelo grande Zeus; então melhor rezar a seu pai, o senhor Posídon".[8] A falha mais evidente que Odisseu ostenta é a sua arrogância e seu orgulho, ou hubris. À medida que ele navega para longe da ilha dos ciclopes, Odisseu grita seu próprio nome, e se orgulha de que ninguém pode derrotar o "Grande Odisseu". Os ciclopes jogam então a metade superior de uma montanha sobre ele, e rezam para seu pai, o deus do mar, Posídon, dizendo que ele cegou um de seus filhos; isto enfurece o deus, o que o faz impedir o retorno de Odisseu a seu lar por muitos anos.

Casa de Odisseu ou Ulisses-, herói da guerra de Tróia quer voltar para junto dos seus familiares. Herói grego, Odisseu era rei de Ítaca e filho de Laerte e Anticleia. A princípio, cortejou Helena, mas, em vista do grande número de pretendentes, acabou por auxiliar Tíndaro, pai adotivo de Helena, na escolha do pretendente. Essa escolha recaiu sobre Menelau, tendo o itacense então casado com Penélope. Daí a amizade existente entre Menelau, seu irmão Agamemnon e Odisseu. Da união com Penélope nasceu Telêmaco, seu querido filho, do qual teve de se apartar muito cedo para lutar ao lado de outros nobres gregos em Tróia. Foi um dos elementos mais atuantes no cerco de Tróia, no qual se destacou principalmente por sua prudência e astúcia. Durante a citada guerra, muitas batalhas os gregos venceram a conselho de Odisseu, sendo este mesmo um grande guerreiro, apesar de sua baixa estatura (algumas lendas diziam mesmo que era anão). Tentou em vão convencer Aquiles a cessar sua ira contra Agamemnon, ao lado de Ájax, filho de Telamon e de Fênix, todavia, sem obter sucesso. Um de seus mais famosos ardis foi ajudar na construção de um cavalo de madeira, que permitiu a entrada dos exércitos gregos na cidade. Aliás, a estratégia foi sua. Após a derrota dos troianos, ele iniciou uma viagem de dez anos de volta para Ítaca onde a sua mulher o espera com uma fidelidade obstinada, apesar da demora. Essa viagem mereceu a criação por Homero do poema épico Odisséia, na qual são narradas as aventuras e desventuras de Odisseu e sua tripulação desde que deixam Tróia, algumas causadas por eles e outras graças à intervenção dos deuses. Quando cegaram o ciclope Polifemo, despertaram a ira de Posídon, que os atormentou por anos. Depois, ainda tentado voltar para Ítaca, acabou indo para a ilha de Calipso, uma mulher que o aprisionou em sua ilha durante anos e não o soltaria de lá até que ela se casasse com ele. Porém, ele não aceitou, e ficou vários anos na ilha, até que conseguiu fugir. Com a ajuda de Zeus e de outros deuses, Odisseu chegou a casa sozinho para encontrar sua esposa Penélope, importunada por pretendentes. Disfarçado como mendigo, primeiro verificou se Penélope lhe era fiel e, em seguida, matou os pretendentes à sua sucessão que a perseguiam, limpando o palácio. Com isso, iniciou-se uma batalha final contra as famílias dos homens mortos, mas a paz foi restaurada por Atena.

> Penélope, esposa de Odisseu, prima de Helena de Tróia. Era filha de Ícaro e sua esposa Periboea. Ela aguarda por Ulisses durante todo o seu retorno da Guerra de Tróia, narrado na Odisséia, de Homero. Enquanto Ulisses guerreava em altos mares, o pai de Penélope sugeriu que sua filha se casasse novamente. Ela, uma mulher apaixonada e fiel ao seu marido, decidiu que o esperaria até a sua volta. Perante a insistência de seu pai, para não desagradá-lo, Penélope resolveu aceitar a corte dos pretendentes à sua mão, mas com uma condição: casaria somente após terminar de tecer uma colcha tecida em tricô. E assim fez: de manhã aos olhos de todos, Penélope tecia a colcha, de noite ela a desmanchava. E foi assim até uma de suas servas descobrir a mentira e contar toda a verdade. Ela então teve outra idéia e fez a proposta para seu pai e para seus pretendentes que o homem que conseguisse atirar uma flecha com o arco que Ulisses tendeu, poderia se casar com ela, e foi assim que nenhum pretendente conseguiu. Até o dia em que um mendigo pediu para tentar atirar e conseguiu, na mesma hora Penélope reconheceu seu amado marido Ulisses. Penélope só teve um filho com Ulisses chamado:

> Telêmaco ou Telémaco era neto de Laertes, filho de Penélope e do herói Odisseu, que deixou sua família, quando Telêmaco ainda era bebê, para lutar em Tróia. Como narrado na Odisséia de Homero, Ulisses gastou anos para conseguir regressar à rochosa Ítaca, seu lar, devido a perseguição que sofreu pelo imortal Posídon, que, ofendido por Ulisses ter ferido um de seus ciclopes preferidos, atrasava seu retorno pelo mar com toda sorte de aflições, como ventos sempre desfavoráveis, remoinhos e fortes tempestades, que o levavam a vagar de ilha em ilha. Telêmaco passa grande parte de sua vida buscando notícias sobre seu pai, pois sempre contrariou todas as expectativas de tivesse perecido nos mares, assim como sua mãe, Penélope, que consegue evitar os pretendentes ao lugar de Ulisses visando suas terras e posses. Assim que Telêmaco nasceu, Ulisses foi convocado para lutar na guerra de Tróia, para tentar escapar da convocação, Ulisses fingiu estar louco arremessando sal em suas plantações e puxando o arado como se fosse um boi. O emissário Palamedes não ficou convecido e decidiu então colocar o filho de Ulisses, Telêmaco, na frente do arado, esperando pela reação de Ulisses. Ulisses então pára de arrastar o arado, na iminência de assassinar o próprio filho, provando a sua sanidade e sendo enviado, pois, à guerra. Vinte anos mais tarde, quando Ulisses retornou da Odisséia, pai e filho decidem assassinar todos os usurpadores que tentavam casar com sua esposa, em busca das terras e posses de Ulisses. Segundo Aristóteles e Dictys de Creta, Telêmaco casou-se com Nausícaa, filha do rei Alcínoo.
> Laertes, um Argonauta e pai idoso de Odisseu e Ctimena; esposo de Anticleia, filha do ladrão Autolicos. Filho de Arcésio e Calcomedusa. Laerte participou na caçada ao javali calidônio. Laerte era chamado "Rei dos Cefalenianos", provavelmente por herança de seu avô Céfalo. Seu reinado incluía Ítaca, as ilhas que a circundavam e provavelmente a parte vizinha do continente.
> Eumeu, porqueiro; > Euricleia, ama de confiança de Odisseu;) > Antinoo, um dos pretendentes o mais malvado de todos; > Eurimaco, um dos pretendentes que copia tudo o que Antinoo diz. (todos sem fontes)

Casa dos Feácios - Alcínoo, rei dos feácios / Areta, esposa de Alcínoo / Nausícaa, princesa dos Feácios / Laodamante, irmão de Nausícaa, desafiador de Odisseu nos jogos. / Hálio, idem / Clitóneo, idem / Equeneu, velho herói / Demódoco, aedo, contador lírico de histórias / Pontónoo / Anfíloo, atleta / Euríalo, atleta, desafiador de Odisseu nos jogos

Marinheiros de Odisseu - Baio / Euríloco / Perimedes / Elpenor (todos sem fontes)

Deuses interveniêntes - Zeus rei dos deuses; / Atena deusa da sabedoria(a favor de Odisseu); / Circe deusa feiticeira, filha de Hélios(a favor de Odisseu); / Possêidon deus dos mares(maior inimigo de Odisseu); / Éolo deus dos ventos, que recebe Odisseu e seus amigos em sua ilha; / Hermes mensageiro dos deuses; / Hélios deus do Sol, de quem os companheiros de Odisseu mataram o gado; / Calipso deusa marinha da morte que se apaixona por Odisseu; / Leucótea deusa marinha que salva Odisseu de um naufrágio;

Monstros e criaturas - Cila, uma linda mulher que se esconde num rochedo, de sua cintura brotam 6 cabeças de cães famintos que devoram navegadores; / Ciclopes, em particular Polifemo, filho de Possêidon e da ninfa Toosa; / Caríbdis, filha de Posseidon e Gaia; Antes foi uma mulher de apetite voraz, Zeus a transformou num monstro desforme e a aprisionou no fundo do mar, de onde ele abre a boca e suga as águas em imensos remoinhos; / Sereias, ninfas do mar, filhas da deusa Terpsícore e do rio Aqueloo, atraem os navegantes para sua ilha com um canto magnífico e depois os devoram; / Lotófagos ("Comedores de Lótus"), povo fantástico que vivem próximo as regiões da Líbia na África e se alimentam somente de flores;

Estruturas - A Odisseia se inicia in medias res, com sua trama já inserida no meio de uma história mais ampla, e com os eventos anteriores sendo descritos ou através de flashbacks ou de narrativas dentro da própria história. O dispositivo foi imitado por diversos autores de épicos literários posteriores, como por exemplo Virgílio, na Eneida, bem como poetas modernos como Alexander Pope em The Rape of the Lock. Nos primeiros episódios, podem ser identificados os esforços de Telêmaco para assumir o controle de sua casa e, posteriormente, aconselhado por Atena, para procurar por notícias de seu pai desaparecido. A cena então muda: Odisseu está sendo mantido em cativeiro pela bela ninfa Calipso, com quem ele passou sete dos dez anos em que esteve perdido. Após ser libertado pela intercessão de sua padroeira, Atena, ele parte, porém sua jangada é destruída por seu inimigo divino, Posídon, furioso por Odisseu ter cegado seu filho, Polifemo. Quando Odisseu alcança a praia de Esquéria, lar dos feácios, é auxiliado pela jovem Nausícaa, de quem recebe a hospitalidade; em troca, satisfaz a curiosidade dos feácios, narrando a eles, e ao leitor, sobre todas suas aventuras desde a partida de Tróia. Os feácios, hábeis construtores de navios, lhe emprestam então uma embarcação para que ele retorne a Ítaca, onde recebe a ajuda do pastor de porcos Eumeu, encontra-se com Telêmaco e reconquista seu lar, reencontrando sua esposa, Penélope, e matando os seus pretendentes. Quase todas as edições e traduções modernas da Odisseia são divididas em 24 livros. Esta divisão é conveniente, porém não é original; foi desenvolvida pelos editores alexandrinos do século III a.C.. No período clássico diversos dos livros (individualmente e em conjunto) recebiam seus próprios títulos; os primeiros quatro, que se concentravam em Telêmaco, eram comumente conhecidos como a Telemaquia; a narrativa de Odisseu, que contém seu encontro com o ciclope Polifemo, era tradicionalmente chamada de Ciclopeia; e o livro 11, que descreve seu encontro com os espíritos dos mortos no Hades, era conhecido como Nekyia. Os livros 9 a 12, onde Odisseu reconta suas aventuras para seus anfitriões feácios eram referidos como os Apologoi, as "histórias" de Odisseu. O livro 22, no qual Odisseu mata todos os pretendentes, recebia o título de Mnesterophonia, o "massacre dos pretendentes". Os últimos 548 versos da Odisseia, que correspondem ao livro 24, são tidas por muitos acadêmicos como uma adição feita por um poeta posterior; diversas passagens dos livros anteriores parecem preparar para os eventos que ocorrem nele, portanto se de fato forem uma adição posterior, o editor responsável teria alterado algum texto antigo já existente (para as diversas visões a respeito da origem, autoria e unidade do poema, veja escolástica homérica). Geografia da Odisseia - Os eventos na sequência principal da Odisseia (excluindo-se a narrativa de Odisseu) se dão no Peloponeso e naquelas que são atualmente chamadas de ilhas Jônicas. Existem controvérsias quanto à real identificação de Ítaca, terra natal de Odisseu, que pode ou não ser a mesma ilha que é atualmente chamada pelos gregos de Ithake. As viagens de Odisseu narradas aos feácios, e a localização da própria ilha destes, Esquéria, apresentam problemas geográficos ainda mais fundamentais aos estudiosos: tanto acadêmicos antigos quanto modernos dividem-se quanto à existência ou não dos lugares visitados por Odisseu depois de Ismaros e antes de seu retorno à Ítaca. Traduções - Das traduções em verso, há três brasileiras: a feita por Manuel Odorico Mendes, no século XIX, em decassílabos, na qual é marcante a síntese e a cunhagem de palavras compostas; a de Carlos Alberto da Costa Nunes, de meados do século XX, cujo intento foi de manter o ritmo original, assim como o número e extensão dos versos; e a feita por Donaldo Schüler, publicada recentemente em três partes (bilíngües). A mais recente tradução portuguesa foi levada a cabo por Frederico Lourenço, docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

3 • Éolo era o deus dos ventos na mitologia grega, sendo o senhor dos outros deuses do vento (Bóreas, Nótus, Eurus e Zéfiro). Era Filho de Poseidon, e vivia na ilha flutuante de Eólia com seus seis filhos e suas seis filhas. Durante sua jornada de volta da Guerra de Tróia, Odisseu foi lançado em sua ilha por Poseidon, que estava irado com o herói que cegara seu filho Polifemo. Éolo resolveu ajudar Odisseu, prendendo os ventos em um saco de couro de boi. Prendeu todos, exceto Zéfiro, o vento oeste, que o levaria para Ítaca. Odisseu não poderia abrir o saco até que chegasse em Ítaca. No final da viagem, no entanto, seus homens, curiosos, o abriram, libertando todos os ventos, o que os afastou de Ítaca. A tripulação acabou retornando a Eólia, mas Éolo, irritado, expulsou-os de lá. Outro Éolo da mitologia grega foi o rei de Tessália. Era o filho de Heleno, antepassado dos helenos, os antigos habitantes da Grécia. Éolo e Enarete tiveram vários filhos: Creteu, Sísifo, Deioneu, Salmoneu, Atamante, Perieres, Cercafas e, talvez, Magnes, e filhas, Calice, Peisidice, Perimele e Alcione. Uma das filhas de Éolo é a mãe do deus Éolo.

4 • Eósforos ou Fósforo, a Estrela d’Alva ou Estrela da Manhã, é filho de Eos, deusa da aurora, e irmão de Hésperos, a Estrela Vésper. Sendo como o seu equivalente aos romanos Lúcifer (Do latim: Lucis, Lux= “Luz”; Ferres= “Portar”,”Levar”). Eósforo ou Fósforo na Septuaginta grega e Lúcifer na Vulgata latina de Jerônimo foram usados para traduzir o hebraico Heilel (significa “Vênus” ou “brilhante”), Ben-Shachar (significa “Filho da Alvorada" ou “Filho da Manhã”) na versão hebraica de Isaías 14:12. Mito - Heósforo ou Fósforo, a "Estrela d’Alva", é o deus menor da luz e da manhã na mitologia grega, que é representado como um cavaleiro armado alçando uma tocha de fogo. É citado como filho de Astreu e Eos], outras versões (Segundo Higino) é filho de Céfalo e Eos, ou até de Atlas. Eósforo, assim como seu irmão Hésperos, é tido como sendo pai de Ceix, por Quione], e Dedalion. Outras fontes o citam como pai de Héspera, que junto de Atlas se tornou a mãe das Hesperides[. Variação de nomes - Eósforo/Fósforo é constantemente confundido com seu irmão Héspero, pois ambos representavam o Planeta Vênus respectivamente em seus estados matutino e vespertino. Mais tarde os gregos perceberam que Vênus se tratava de um mesmo corpo celeste, passando a identificá-lo com a deusa do amor, Afrodite, divindade esta que equivalia a mesma divindade que o representava para os babilônios, ou seja, Ishtar.Com o advento do Cristianismo, Heósforo foi identificado com Lúcifer, o anjo caido portador da luz, que segundo a Bíblia, devido a sua grande vaidade, quis ser superior a Deus.

5 • Éris a deusa que personifica a Discórdia romana. Seu oposto é a Harmonia, à Concórdia romana. Fontes literárias - Hesíodo (Os Trabalhos e os Dias e Teogonia) aponta Éris como a filha primogênita de Nix, a Noite, e mãe da Dor (Algea), da Fome (Limos), da Desordem (Dysnomia) e de outros flagelos. Já Homero, na Ilíada, refere-se a Éris como irmã de Ares e, portanto, presume-se, filha de Zeus e Hera. "Companheira e irmã do homicida Ares, a princípio se apresenta timidamente, mas que logo anda pela terra enquanto a fronte toca o céu."

A lenda mais famosa referente a Éris relata o seu papel ao provocar a Guerra de Tróia. As deusas Hera , Atena e Afrodite haviam sido convidadas, juntamente com o restante do Olimpo, para o casamento forçado de Peleu e Tétis, que viriam a ser os pais de Aquiles, mas Éris fora desdenhada por conta de seu temperamento controvertido - a discórdia, naturalmente, não era bem-vinda ao casamento. Mesmo assim, compareceu aos festejos e lançou no meio dos presentes o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada com a inscrição καλλίστη (kallisti, ou "à mais bela"), fazendo com que as deusas discutissem entre si acerca da destinatária. O incauto Páris, príncipe de Tróia, foi designado por Zeus para escolher a mais bela. Cada uma das três deusas presentes imediatamente procurou suborná-lo: Hera ofereceu-lhe poder político; Atena, habilidade na batalha; e Afrodite, a mais bela mulher do mundo, Helena, esposa de Menelau de Esparta. Páris elegeu Afrodite para receber o Pomo, condenando sua cidade, que foi destruída na guerra que se seguiu. Derivações - A palavra "erística", em português, vem do nome da deusa grega da discórdia. Significa a arte da disputa argumentativa no debate filosófico, desenvolvida sobretudo pelos sofistas, e baseada em habilidade verbal e acuidade de raciocínio (Houaiss).Também leva o nome Éris um planeta anão no disco disperso do sistema solar (com a designação oficial 136199 Éris). Seu satélite natural chama-se Disnomia (segundo os antigos gregos, uma das filhas da Éris). Os discordianos idolatram Éris como uma deusa. Planetas anões - Um planeta anão é um corpo celeste muito semelhante a um planeta, dado que orbita em volta do Sol e possui gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbrio hidrostático (aproximadamente esférica), porém não possui uma órbita desimpedida. Um exemplo é Ceres que, localizado na cintura de asteróides, possui o caminho de sua órbita repleto daqueles pequenos astros. Atualmente conhecem-se cinco planetas anões no sistema solar, são eles: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, sendo os quatro últimos do tipo plutóide, ou seja, planetas-anões que orbitam para além da órbita de Netuno, nos recônditos do sistema solar. Plutão e a sua principal lua, Caronte, considerado um planeta por 76 anos, foi reclassificado como um planeta anão em 2006 devido à questão do domínio orbital e ao seu tamanho. Domínio orbital - A distinção entre os planetas anões e os outros oito planetas baseia-se na inaptidão dos primeiros em limparem a vizinhança das suas órbitas, isto é, removerem pequenos corpos cujas órbitas os levem a colidir, capturar ou sofrerem perturbações gravitacionais. O conceito é combinado com uma noção de domínio orbital medido em termos de raio da massa de um candidato planetário com a massa total combinada de todos os outros corpos celestes na sua vizinhança. Considera-se que os planetas anões são demasiado pequenos, em termos de massa, para alterar significativamente o seu ambiente da forma que um planeta faria. Os astrónomos S. Alan Stern, chefe da missão New Horizons a Plutão, e Harold F. Levison encontraram um fosso de ordem 5 de magnitude em Λ entre os planetas telúricos menores e entre os maiores asteróides e transneptunianos. No entanto, Alan Stern discordou publicamente que Plutão seja visto como corpo celeste distinto de um planeta e fez notar que ele e sua equipe irão referir-se a Plutão como o nono planeta. Note-se que será através das páginas da NASA e da equipe de Stern que chegarão futuramente informações e as primeiras fotografias de Plutão.

Mercúrio/Vénus/Terra/Marte/Ceres/Júpiter/Saturno/Urano/Netuno/Plutão/Haumea/Makemake/Éris. Novos planetas anões - O termo planeta anão poderá vir a ser aplicado a outros doze corpos do Sistema Solar (3 asteróides e 9 transneptunianos) que estão na lista de possíveis planetas anões da União Astronômica Internacional e que aguardam mais estudos para que possam ser categorizados como "planetas anões" ou "corpos menores do Sistema Solar", entre os quais está Sedna. São eles = Orco/Sedna/Quaoar/2002 TC302/Varuna/2002 UX25/2002 TX300/Ixion/2002 AW197

6 • Hécate é uma divindade, filha dos titãs Perses e Astéria. Hécate, em grego, significa "a distante" (embora alguns atribuam a origem do nome à palavra egípcia Hekat que significaria "Todo o poder", já que supostamente Hécate teria se originado em mitos do sudoeste asiático que fora assimilada para a religião greco-romana mais tarde) mas era conhecida como a mais próxima de nós, pois se acreditava que, nas noites de lua nova, ela aparecia com sua horrível matilha de cachorros fantasmas diante dos viajantes que por ali cruzavam. Ela enviava aos humanos os terrores noturnos e aparições de fantasmas espectros. Também era considerada a deusa da magia e da noite, mas em suas vertentes mais terríveis e obscuras. Era associada a Ártemis, mas havia a diferença de que Ártemis representava a luz lunar e o esplendor da noite. Também era associada à deusa Perséfone, a rainha dos infernos, lugar onde Hécate vivia. Dada a relação entre os feitiços e a obscuridade, os magos e bruxas da Antiga Grécia lhe faziam oferendas com cachorros e cordeiros negros no final de cada lua nova. Era representada com três corpos e três cabeças, ou um corpo e três cabeças. Levava sobre a testa o crescente lunar (tiara chamada de pollos), uma ou duas tochas nas mãos e com serpentes enroladas em seu pescoço. Os romanos assimilaram Hécate a Trívia, deusa das encruzilhadas, embora a relação dada entre ambas não seja tão perfeita como em outros casos da mitologia. Os marinheiros consideravam-na sua deusa titular e pediam-lhe que lhes assegurasse boas travessias. Hécate era uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha. Hécate casou primeiro com Fórcis e foi mãe do monstro Cila e depois com Aestes, de quem gerou a feiticeira Circe. Em outros mitos, Cila era uma ninfa que foi transformada por Circe num monstro marinho. O cipreste estava associado a Hécate. Seus animais eram os cachorros, lobos e ovelhas negras. Suas três faces simbolizam a virgem, a mãe e a senhora. Ela transmite o poder de olhar para três direcções ao mesmo tempo. Esta deusa sugere que algo no passado está amarrando o presente e prejudicando planos futuros. Com o fim do matriarcado na Grécia, Hécate se tornou a senhora dos ritos e da magia negra. As três faces passaram a simbolizar seu poder sobre o mundo subterrâneo, onde morava, ajudando à deusa Perséfone a julgar os mortos; a terra, onde rondava nas luas novas; o mar, onde tinha seus casos de amor. Esse tríplice poder de Hécate é comparável ao tríplice domínio sobre o mar, a terra e o céu. Nos mitos, seu papel foi sempre secundário. Participou da Titanomaquia ao lado de Zeus, ajudou Deméter a procurar sua filha Perséfone quando esta foi raptada por Hades e combateu Hércules quando ele tentou enfrentar Cérbero, seu cão de companhia no mundo subterrâneo. Outra definição - Hecate ou Hécate é uma deusa correspondente a Ártemis. Segundo Hesíodo, é filha de Astéria (deusa estelar) e Perses, deus da destruição. Astéria, também conhecida por Ortígia, é irmã de Leto, mãe de Apolo e Ártemis (Astéria é filha dos Titãs Céos e Febe. Perses é filho do Titã Créos e de Euríbia; e Euríbia é filha de Pontos e Gaia). Nesta versão Hécate descende da geração de Urano, Gaia e Pontos, tornando-se uma deusa do Céu, da Terra e do Mar. Mas também aparece como filha de Nyx, deusa da Noite escura. Já acreditaram que Hécate fora outrora uma das Erínias, pois seus símbolos são idênticos (tochas, serpentes, sombras etc). Também já a citaram como uma das Moiras, pois tanto Hécate, quanto sua filha Circe, podem intervir nos fios do Destino. Permanece muito misteriosa, caracterizada mais por suas funções e atributos que pelas lendas em que intervém. É, portanto, independente das divindades do Olimpo. Zeus conservou seus privilégios antigos e inclusive os aumentou. Hécate espalha sua benevolência por todos os homens, concedendo as graças a quem as pede. Dá nomeadamente a prosperidade material, o dom da eloqüência na política, a vitória nas batalhas e nos jogos. Proporciona peixe abundante aos pescadores e faz prosperar ou definhar o gado conforme quer. Seus privilégios se estendem a todos os campos em vez de se limitarem a alguns, como acontece em geral com as divindades. É invocada também particularmente como "deusa que nutre" a juventude, em pé de igualdade com os gêmeos Ártemis e Apolo. É igualmente uma deusa protetora das crianças, e enfermeira e curandeira de jovens e mulheres. São estas as características de Hécate na época antiga. Pouco a pouco, a deusa foi adquirindo uma especialização diversa. Foi considerada como deusa que preside à magia e aos feitiços. Está ligada ao mundo das sombras. Surge aos magos e às feiticeiras com um archote em cada mão, ou na forma de diversos animais: égua, cadela, loba etc. É a ela que se atribui a invenção da feitiçaria, e a lenda a incorporou à família dos magos por excelência: Circe, Eetes e Medéia. Com efeito, tradições tardias dizem que Circe é filha de Hécate e ora mãe, ora tia de Eetes e Medéia. Medéia se diz sacerdotisa de Hécate, e sempre está no altar da deusa, em suas invocações. Hécate era uma divindade misteriosa, às vezes identificada com Ártemis (deusa da Lua - esplendor na noite de Lua cheia; e as trevas e seus horrores) -, às vezes com Perséfone (Hécate é a deusa dos espectros e fantasmas). É a deusa da bruxaria e do encantamento, e acreditava-se que vagava à noite pela terra, vista somente pelos cães, cujo latido indicava sua aproximação. Hécate, nesses passeios, estava sempre acompanhada por seu séquito de espectros, entre eles Empusa.Como feiticeira, Hécate preside às encruzilhadas, que são lugares preferidos da magia. Ali se ergue sua estátua, na forma de uma mulher com três corpos ou três cabeças. Essas estátuas eram abundantes nos campos da antiguidade e junto delas colocavam-se oferendas. É também a deusa dos caminhos, dando à humanidade novos caminhos a serem seguidos. Deusa forte e poderosa por excelência. Mãe também de Skylla ou Cila, com Fórcis, que Circe transformara em monstro terrível. Hécate é conhecida como "deusa tríplice", pois domina nos céus, na Terra e no mar (e também no mundo dos mortos, pois era rainha do Érebo, na ausência de Perséfone). Com Perséfone e Deméter é uma das grandes deusas dos mistérios de Elêusis. Dizem que na versão hesiódica Hécate é o ressurgimento da grande Febe.

7 • Hebe é a deusa da juventude, filha legítima de Zeus e Hera. Por ter o privilégio da eterna juventude, representava a donzela consagrada aos trabalhos domésticos. Assim, cumpria no Olimpo diversas obrigações: preparava o banho de Ares, ajudava Hera a atrelar seu carro e servia néctar e ambrosia aos deuses. Um dia, quando executava essa tarefa, caiu numa posição inconveniente. Segundo uma versão, os olímpicos puseram-se a rir sem parar e a jovem, envergonhada, negou-se a continuar servindo-os. Foi substituída pelo mortal Ganimedes. Hebe dançava com as Musas e as Horas, ao som da lira de Apolo. Esposou Héracles (ou Hércules), quando o herói, após sua morte, foi admitido entre as divindades.









8 . Hélios um deus, filho dos titãs Hipérion e Téia (ou Tia), irmão de Eos e Selene. Era associado ao Sol e representado como um jovem com a cabeça coroada com uma auréola de raios dourados, carregando um chicote e conduzindo, no céu, um carro de fogo puxado pelos cavalos Pírois, Eoo, Éton e Flégon (nomes relacionados com o fogo e com a luz). Ele surgiu do oceano no crepúsculo para conduzir sua biga pelo céu, carregando o sol e descendo à noite a oeste. Via tudo e sabia de tudo, sendo freqüentemente convocado por outros deuses para servir como testemunha. Era o rei do controle do tempo e as deusas do dia, do mês, das estações e do ano o serviam. Duas de suas amantes mortais foram transformadas em plantas heliotrópicas (plantas cujas flores viram-se para o sol) e em olíbanos. Aquelas plantas eram sagradas para Hélio. Os seus animais sagrados eram o galo e a águia. O Colosso de Rodes foi uma estátua de Hélios, deus grego do sol, construída entre 292 a.C. e 280 a.C. pelo escultor Carés de Lindos. A estátua tinha trinta metros de altura, 70 toneladas e era feita de bronze. Tornou-se uma das sete maravilhas do mundo antigo – foi construído em sua homenagem, pois era casado com Rodes, filha de Posídon. Uma embarcação que chegasse à ilha grega de Rodes, no Egeu por volta de 280 a.C. passaria obrigatoriamente sob as pernas da estátua de Hélios, protetor do lugar. É que o colosso tinha um pé em cada margem do canal que dava acesso ao porto. Com 30 metros de altura, toda de bronze e oca, a estátua começou a ser esculpida em 292 a.C. pelo escultor Carés, que a concluiu doze anos depois. Na mão direita da estátua havia um farol que orientava as embarcações à noite. Era uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não conseguiria abraçar seu polegar. O povo de Rodes mandou construir o monumento para comemorar a retirada das tropas do rei macedónio Demétrio, que promovera um longo cerco à ilha na tentativa de conquistá-la. Demétrio era filho do general Antígono, que herdou de Alexandre, uma parte do império grego. O material utilizado na escultura foi obtido da fundição dos armamentos que os macedônios ali abandonaram. A estátua ficou em pé por apenas 55 anos, quando um terremoto atirou-a para o fundo da baía de Rodes, onde ficou esquecida até à chegada dos árabes, no século VII, pois os habitantes de Rodes não o reconstruíram (isso deveu-se ao fato de que eles visitaram um oráculo próximo dali, e esse recomendou-lhes não reconstruírem o colosso). Os árabes, então, venderam-na como sucata. Para ter-se uma ideia do volume do material, foram necessários novecentos camelos para o transportar. Aquela estátua, considerada uma obra maravilhosa, levou Carés a suicidar-se logo após tê-la terminado, desgostoso com o pouco reconhecimento público. Recentemente, em 2008, uma arqueóloga alemã contestou a localização da estátua. Baseada na falta de evidências submersas de fragmentos da estátua na região do porto, a arqueóloga supôs que a estátua estivesse totalmente em terra firme, numa montanha próxima.

9 Hésperos (o romano:“vespertino”, “tarde”, “oeste”), A Estrela Vésper, é o filho da deusa da Alvorada, Eos (Equivalente ao romano: Aurora) e irmão de Eósforos (o romano: Lúcifer= “luz”, “portador da luz”), A Estrela d’Alva. O pai de Héspero foi Céfalo, um mortal, enquanto Eósforos foi o deus das estrelas Astreu. Variações de nome - Héspero é a personificação da “Estrela Vespertina”, o planeta Vênus ao entardecer. Seu nome, ás vezes, é confundido com o de seu irmão que é a personificação do planta ao amanhecer, Eósforos, a “Estrela Matutina”, já que ambos personificam o mesmo planeta, Vênus. Inicialmente pensava-se que Eósforos (Vênus ao amanhecer) e Héspero (Vênus ao anoitecer) eram dois corpos celestes distintos. Mais tarde os gregos aceitaram a visão babilônica de que os dois eram os mesmos, e a identificação babilônica com os deuses maiores, dedicando a “Estrela Errante” (Planeta) à Afrodite (Vênus para os romanos), que era o equivalente à Ishtar. Héspero e Eósforo é tido como sendo pai de Ceix, e Dedalion., Algumas fontes também o citam como pai das Hespérides. "Hesperos é Eósforos" é uma famosa frase na Filosofia da linguagem (ver, por exemplo, nome próprio). Gottlob Frege utilizou a expressão "estrela da tarde" e "estrela da manhã" para ilustrar a distinção entre o seu sentido (Sinn) e referência (Bedeutung), e filósofos posteriores mudaram o exemplo para "Hésperos é Eósforos", então passando a utilizar Nomes Próprios. Saul Kripke usou a frase para demonstrar que o conhecimento de algo necessário (neste caso, a identidade do Hésperos e Fósforos), poderia ser descoberto e não conhecidos a priori.

10 • Hipnos (deus do sono, da atividade a dormir, mas não dos sonhos em si) representado como uma pessoa nova, nuvem dorada ou um homem de olhos e cabelos dorados. Filho de Nix (a noite, a escuridão acima de Gaia) e Érebo (As Trevas Primordiais, "a escuridão profunda que se formou no momento da criação"). Hipnos vive no palácio construído dentro de uma caverna grande decorada com flores no oeste distante, onde o sol nunca chegou, porque ninguém tinha um galo que acordasse do seu mundo, nem gansos ou cães, de modo que vive sempre em tranquilidade, em paz e silêncio. Do outro lado de todo este lugar peculiar passava Lete, o rio do esquecimento, e nas margens, outras plantas cresciam colaborando com murmuro liso de águas limpidas do rio a dormir. No meio do palácio estava uma cama bonita de ébano, cercada pelas cortinas pretas em que Hipnos descansa em penas macias com um sonho calmo flagelado das histórias. Seu filho, Morfeu tomou cuidado de que ninguém o acordasse. Outros filhos Icelos (ou Forberto), Fantaso, os mil Onírios (todos eles deuses dos sonhos e suas variedades), e Fantasia, sua única filha (deusa do devaneio). Hipnos gerou sozinho todos eles e podia dominar assim muito deuses a respeito dos mortais. Histórias que passam em nossos pensamentos, representada por Morfeu. Segundo Homero, Hipnos vive em Lemmos casado com a Grácia Pasitea, que Hera lhe concedeu em agradecimento por préstimos realizados. Tem forma humana, mas se torna uma ave antes de dormir. Outras vezes é representado como um jovem com asas que toca uma flauta na frente dos homens para fazê-los dormir, e que tem um rastro de névoa.
Sobre seus filhos (os Oneiroi):
- Morfeu tem a habilidade de assumir qualquer forma humana e aparecer nos sonhos das pessoas como se fosse a pessoa amada por aquele determinado indivíduo. A droga morfina tem seu nome derivado de Morfeu, visto que ela propicia ao usuário sonolência e efeitos análogos aos sonhos. Quando uma pessoa vai deitar-se a outra diz: vá para os braços de Morfeu, significa dormir bem.
- Ícelo, filho ou irmão de Hipno, e um dos Oniros. Seu nome real era usado apenas pelas demais divindades, sendo conhecido também pelo nome de Fobetor. É o responsável pelos pesadelos e aparece nos sonhos na forma de animais ou monstros.
- Fântaso, nas mitologias greco-romana, o irmão (ou filho) de Hipnos, e um dos Oniros. Aparecia nos sonhos, na forma de objetos inanimados. Seus dois irmãos o auxiliam nos sonhos; Morfeu toma conta dos sonhos plausíveis, enquanto Fobetor dos pesadelos.

Embora Hipnos visitasse o mundo real em algumas ocasiões, não teve nehum culto desde os tempos da Grécia Clássica. Nos territórios de Hipnos, é adorado por determinadas criaturas não humanas. Na ciência - Hipnos deu nome a terapia psiquiátrica da Hipnose, ou tratamento da Hipnoterapia. Influência - Na série Cavaleiros do Zodíaco de Masami Kurumada, Hypnos é o nome de um dos deuses mensageiros de Hades.

Hipnos tem muitos irmãos, entre os quais seu irmão gêmeo Tânatos, a morte. Os seus outros irmãos nasceram apenas da vontade de Nix, ou da ajuda de Érebos, alguma forma diferente da concepção dos gêmeos. Os seus irmãos eram:
- Tânatos “a morte”, enquanto Hades (ou Plutão na versão romana) reinava sobre os mortos no mundo inferior, Tânatos também tem a sua: Orco criatura que aparece nos contos (Morte). Era conhecido por ter o coração de ferro e as entranhas de bronze. Diz-se que Tânatos nasceu em 21 de agosto sendo a sua data de anos o dia favorito para tirar vidas.Tânatos filho de Nix, a noite, e Érebo, a noite eterna do Hades e irmão gêmeo de Hipnos. Tânatos tem um pequeno papel na mitologia, sendo eclipsado por Hades. Habita nos campos elísios junto com seu irmão. - Mito - Sísifo despertou a raiva de Zeus, pois havia se metamorfesado em águia e sobrevoado seu reino com Egina, filha de Asopo, quando Asopo perguntou a Sísifo se havia visto Egina, ele contou em troca de uma fonte de água. Então Zeus enviou Tânatos para levá-lo ao Hades. Porém Sísifo conseguiu enganar Tânatos, elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar, o colar, na verdade, era uma coleira, com a qual Sísifo manteve a morte aprisionada ao mesmo tempo evitando que qualquer outra pessoa ou ser vivo morresse. Desta vez Sísifo arranjou encrenca com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava da morte para consumar as batalhas.Tão logo teve conhecimento, Hades libertou a “morte” e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para o seu mundo. Conta-se que o rei Admeto recebe em seu palácio o herói Héracles (Hércules em Roma). Porque Alceste, esposa de Admeto, estava morrendo e então Tânatos é enviado para pegar a alma dela, mas Héracles o expulsa de lá.

Cultura popular:

- Uma animação russa "ГЕРАКЛ У АДМЕТА", dirigida por Anatoly Petrov, de 1986, narra o conto de Tânatos e Admetos. Pode ser visto no Youtube.
- O personagem da DC Comics Mister Bones é traduzido como Tânatos no Brasil.
- Em '''Os Cavaleiros do Zodíaco''' na Saga de Hades, aparecem Thanatos (Saint Seiya) junto com Hypnos (Saint Seiya) nos Campos Elísios.
- No novo mangá de '''Os Cavaleiros do Zodíaco: The Lost Canvas''' ambientada no século 18, Thanatos aparece junto com Hypnos planejando as próximas manobras do exército de Hades, sendo derrotado e selado posteriormente por Manigold de Câncer e o Sage de Câncer.

Na ciência:
- Em Parapsicologia, Tânatos (psicologia) é um impulso urgente e inconsciente de morrer.
- Para a Psicanálise, Tânatos é a personificação mítica da Pulsão de Morte, um impulso instintivo e inconsciente que busca a morte e/ou a destruição. Esse conceito aparece desenvolvido nos livros "Mais além do princípio do prazer" e "Mal-estar na civilização", de Sigmund Freud.
- Éter, a luz, "queimar", a personificação do conceito de "céu superior", o "céu sem limites", diferente de Urano. Era o ar elevado, puro e brilhante, respirado pelos deuses, contrapondo-se ao ar obscuro, que os mortais respiravam, sendo deus desconhecido da matéria, em consequência as moléculas de ar que formam o ar e seus derivados. Tem por irmã Hemera com quem casou e gerou seres não antropomorfizados: Tristeza, Cólera, Mentira, etc.

Por Higino é atribuido os filhos: Oceano, Témis, Briareu, Giges, Estérope, Atlas, Hiperião, Saturno, Ops, Moneta, Dione e as três Fúrias.

Por Cícero é atribuido a paternidade sobre Júpiter e Celo, ou seja, Urano.

Assim como Érebo, que personifica as trevas superiores, tem como seu correspondente Nix, as trevas superficiais (e, em algumas versões, este aparece como filho daquela), pode ser interpretado que Éter tem seu correspondente em Urano (de quem ora aparece como filho, ora como pai). Etimologia - do verbo aítho, "queimar", "fazer brilhar", era usado na Hélade genericamente para "queimado de sol". Desse modo, conforme o contexto, poderia significar tanto "fazer brilhar" quando "tornar-se escuro como fuligem". Éter estaria entre Urano e o ar. Por personificar o céu superior, considera-se sua camada mais pura que aquela próxima da terra. Entretanto, Éter é luz que queima ao iluminar. Há uma tensão no verbo do qual deriva. Significa tanto "fazer luzir" quanto "escurecer", conforme o contexto. Em Urano, esta dinâmica específica está ausente.

Junito Brandão faz a aproximação com o sânscrito i-n-ddhé, "ele inflama", édha, "floresta incendiada", e com o latim aedes, "lareira", aestas, "verão, estio", aestus, "ardor", "calor ardente".

Carlo Rusconi relaciona o étimo à origem da palavra Etiópia: ahithou, "arder", remontando a raiz aidh, que em grego seria aith.
- Éris, deusa romana Discórdia. Seu oposto é a Harmonia, correspondente à Concórdia romana.Ja dito que: A lenda mais famosa referente a Éris relata o seu papel ao provocar a Guerra de Tróia. As deusas Hera , Atena e Afrodite haviam sido convidadas, juntamente com o restante do Olimpo, para o casamento forçado de Peleu e Tétis, que viriam a ser os pais de Aquiles, mas Éris fora desdenhada por conta de seu temperamento controvertido - a discórdia, naturalmente, não era bem-vinda ao casamento. Mesmo assim, compareceu aos festejos e lançou no meio dos presentes o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada com a inscrição καλλίστη (kallisti, ou "à mais bela"), fazendo com que as deusas discutissem entre si acerca da destinatária. O incauto Páris, príncipe de Tróia, foi designado por Zeus para escolher a mais bela. Cada uma das três deusas presentes imediatamente procurou suborná-lo: Hera ofereceu-lhe poder político; Atena, habilidade na batalha; e Afrodite, a mais bela mulher do mundo, Helena, esposa de Menelau de Esparta. Páris elegeu Afrodite para receber o Pomo, condenando sua cidade, que foi destruída na guerra que se seguiu. A palavra "erística", em português, vem do nome da deusa grega da discórdia. Significa a arte da disputa argumentativa no debate filosófico, desenvolvida sobretudo pelos sofistas, e baseada em habilidade verbal e acuidade de raciocínio (Houaiss).Também leva o nome Éris um planeta anão no disco disperso do sistema solar (com a designação oficial 136199 Éris). Seu satélite natural chama-se Disnomia (segundo os antigos gregos, uma das filhas da Éris).Os discordianos idolatram Éris como uma deusa.
- Hemera, o dia; filha de Nix (a noite) com Erebo (deus da escuridão) – era personificação do dia (a deusa é interligada ao fato mitológico de poder ter sido a primeira deusa a representar o sol). Teve um romance com seu irmão Éter e com ele teve uma filha, Tálassa. Unida a este, também gerou seres não antropomorfizados: Tristeza, Cólera, Mentira, etc. A lista de Higino lhe atribue como filhos: Oceanus, Témis, Briareu, Giges, Estérope, Atlas, Hipérios, Saturno (Pierre Grimal coloca a versão latina ao invés de Cronos), Moneta, Dione e as três Fúrias. Hemera personificava a luz do dia e o ciclo da manhã. Nasceu junto de Ether e das Hespérides. Era personificação do dia como divindade feminina. Algumas tradições colocam Éter e Hemera como pais de Urano e de Gaia — logo como a semente de quase todos os deuses gregos. Mais tarde, passou a compor o séquito de Hélios ao lado das Hespérides. Era também guardiã das fronteiras, entre o mundo onde chegava a luz e o mundo das sombras.

Segundo Hesíodo, Hemera habita junto com sua mãe além do Oceano, no extremo do Ocidente. Lá, um grande muro separa as portas do Inferno do Mundo visível. Atrás do muro há o grande palácio onde ambas residem, mas nunca as duas estão juntas. Quando Hemera sai, sua mãe espera até a hora de lançar a noite sobre o mundo. Quando Hemera retorna cruza por sobre o muro e cumprimenta sua mãe que saia para correr pelo Mundo. Como diz Hesíodo: "Nunca o palácio fecha ambas". Segunda outras tradições, Hemera junto de Éter concebeu Urano e Gaia. Segundo a mitologia, momentos antes de Hemera conceber Urano e Gaia, ouviam-se grandes estrondos por todo Universo, como se o céu estivesse sendo influenciado pela deusa (é citado que isso se deve ao fato de Hemera ter uma forte ligação com Éter).

- Hespérides, a tarde; As Hespérides eram três jovens deusas gregas, filhas de Nix e de Erebo. Eram Egle, Erítia e Hespera. Eram deusas que personificam a tarde e junto de Nix e Hemera formam cada dia, Hemera traz o dia, as Hespérides trazem o entardecer e Nix fecha o dia com a noite.

As Hespérides possuem atributos semelhantes aos das Cárites (graças) e também às Horas. Também são deusas primaveris e guardiãs das fronteiras celestes, entre o céu a terra e o mundo subterrâneo. Possuem também o dom de controlar a vontade de feras selvagens e sempre estão juntas de uma enorme serpente e um poderoso dragão. As Hespérides são donas dos jardins mais famosos da mitologia grega, onde existe uma enorme macieira que nasce pomos de ouro. Os jardins das Hespérides foi alvo de um dos trabalhos de Hércules. Do jardim das Hespèrides saiu o famoso "pomo da discórdia", pelo qual Atena, Hera e Afrodite se submeteram ao julgamento de Páris. Hespérides, são dois grupos distintos de divindades. As mais antigas são as Deusas Hespérides, filhas de Nix (Noite) e Erebo (escuridão), e que personificam a luz da tarde; e o ciclo do entardecer. Nascidas juntas de Eter (luz celeste) e Hemera (luz do dia). O outro grupo, o das Ninfas Hespérides, ou Ninfas do poente, são filhas do Titânio Atlas com a Deusa Hespéride "Hespera". São confundidas com as Ninfas do Eridano, filhas de Zeus e Têmis. Também já a descreveram como filhas de Fórcis e Cetó. E também como uma única Hespéride filha do Astro Héspero, e esta filha com Atlas deu à luz sete ninfas Hespérides.

Semelhantes às Deusas Horas, pode-se dizer que tinham funções analogas a eras primitivas, quando ainda não se existia estas divindades. As Hespérides, também tinham atributos semelhantes as Cárites; pois juntas cantavam em coro, junto das nascentes sussurrantes que exalam ambrósia, tinham todas a voz encantadora, se ocultavam por súbitas metamorfoses. Junto de Helios, as Deusas Hespérides e Hemera maestram a dança das Horas. As Deusas do entardecer ou da luz da tarde; são sempre mostradas em número de três; são filhas de Erebo (escuridão) e Nyx (Noite); nasceram juntas de Hemera (luz do dia; o Dia) e de Eter (luz celeste ou o "AR"). Hemera, as Deusas Hespérides e Nyx determinam os ciclos diários (Dia, tarde e noite). Hemera e Hespérides alternam com sua mãe para não cansá-la de seu passeio. Elas passeiam pelos céus, se encarregando de iluminar todo o mundo com a luz da tarde. Com o nascimento das Horas, Hemera e as Hespérides, se tornaram companheiras destas Deusas, iluminando o palco por onde as Horas dançavam. Todas estas divindades, compunham o séquito do Deus Helios, da Deusa Eos e da Deusa Selene.

Eram sempre em número de três:- Egle - "Radiante" - Deusa da luz avermelhada da tarde
- Erítia - "Esplendorosa" - Deusa do esplendor da tarde
- Hespéra - "Crepuscular" - Deusa do Crepusculo vespertino.

As Deusas Hespérides são também guardiãs das fronteiras entre o dia e a noite. E também guardam as fronteiras entre os mundos (Terra, paraíso e mundo subterrâneo). As Hespérides moravam num palácio com um maravilhoso jardim, onde existiam árvores com pomos de ouro. O pomar de Ouro das Hespérides, é um jardim comum, compartilhado tanto pelas Deusas Hespérides como pelas Ninfas Hespérides. Tal jardim era composto pelas árvores mágicas de onde nasciam Pomos de Ouro. Estas árvores eram as árvores do fruto da juventude eterna. Foi um presente de Gaia a Hera quando esta se casou com Zeus. O jardim das Hespérides é o jardim dos imortais.

E para chegar até lá, havia muitos obstáculos (a gruta das Gréias, a Gruta das Górgonas, o Pântano de Equídina). A primeira referência às Hespérides surge na "Teogonia" de Hesíodo. Aqui se diz que as Hespérides, filhas da Nyx, guardavam o seu jardim no extremo ocidental do mundo. Plínio e Solino relatam apenas dois mortais (Heróis) que encontraram os jardins das Hespérides; Perseu quando fora enfrentar Medusa; e Héracles em seus célebres 12 trabalhos. Diodoro Sículo relata que uma das Deusas Hespérides governavam as Amazonas do ocidente, e que elas haviam expulsado as outras Górgonas de seus arredores. Isidoro de Sevilha considera o reino das Hespérides povoado de monstros que as protegiam. Landom, o dragão de 100 cabeças filho de Tífon e Equídina e outro dragão filho de Fórcis e Cetó são exemplo destes monstros. O mito do jardim das Hespérides, tem as suas descrições literárias mais precisas na Teogonia de Hesíodo (que refere os "formosos, áureos pomos") e nas odes corais de Eurípides (que menciona as "nascentes de ambrósia" daquela "terra divina, geradora de vida" e a "serpente de fulvo dorso", guardiã dos pomos de ouro). Entre as penínsulas itálica e ibérica, por exemplo, este jardim é situado, ao tempo da expansão portuguesa, por João de Barros, Duarte Pacheco Pereira e, com determinante autoridade, pelo Camões épico, no arquipélago de Cabo Verde. As Deusas Hespérides são também primitivas deusas primaveris e do espírito fertilizador da natureza. Regem a "luz vespertina" dos ciclos diários. São deusas do espírito da vegetação. São também guardiãs dos limites dos céus, e das fronteiras entre os mundos. Seriam análogas às Horas e às Cárites. São guardiãs da ordem natural, e dos tesouros dos Deuses. Ninfa - Habitam o extremo Ocidente, não longe da ilha dos bem aventurados, nas margens do Oceano. São também chamadas de Ninfas do Poente. Tinham o dom da profecia e da metamorfose. Eram belas, jubilosas e sempre brincavam juntas. Simbolizavam a fertilidade do solo, e eram as Ninfas dos jardins dos Deuses. Habitavam um lindo palácio (o das Deusas Hespérides), localizado à frente do jardim das árvores dos Pomos de Ouro.

À medida que o mundo Ocidental foi sendo mais bem conhecido, precisou-se a localização do país da Hespérides : Junto ao monte Atlas. A função essencial destas Ninfas era vigiar, com a ajuda de Landon (o dragão de 100 cabeças), o jardim dos Deuses, onde cresciam o pomar dos Pomos de Ouro (Presente de casamento de Gaia para Hera). A paternidade destas Ninfas é muito variável: Hespero, o astro da tarde, teria tido uma filha a Hespéride, que junto de Atlas, deu à luz as Ninfas Hespérides. Outra versão diz que elas são filhas de Fórcis e Cetó. A interpretação evemerista diz que são sete donzelas :

- Aretusa (Hesperaretusa = Aretusa do ocidente) / Hespéria / Hespéris / Egéria / Clete / Ciparissa (não confundir com Afrodite) / Cinosura Alguns autores misturam o nome das Deusas e as descrevem como ninfas, na verdade, devido a desinformação da Latinização Helênica.

As Ninfas, estão ligadas ao ciclo de Perseu e de Héracles. Em Héracles, é junto delas, que este foi buscar o fruto da imortalidade, e sua busca pelas maçãs de ouro é já, a perfiguração de sua apoteose.

Estas Ninfas possuíam grandes rebanhos de carneiro (mediante um jogo de palavras a respeito do termo grego que tanto pode significar "MAÇÃS" como "CARNEIROS"). O rei do Egito, Busíris, seu vizinho, tinha enviado bandidos para devastar-lhe os rebanhos e raptar as Ninfas. Quando Héracles chegou ao país, matou os bandidos, arrebatou-lhe os despojos, libertou as Hespérides e entregou-as a Atlas. Este, como recompensa, entregou ao Herói "o que ele vinha buscar" (não se sabe se eram as maçãs, ou os carneiros) e, além disso, ensinou-lhe a Astronomia, (pois na interpretação evemerista, de Atlas, ele é considerado uma divindade da Astronomia, e primeiro Astrônomo). Outra tradição diz que Héracles recebeu o conselho das Ninfas do Eridano (filhas de Zeus e Têmis) de que deveria pedir a ajuda de Prometeu. Héracles, parte ao monte Cáucaso, arrebata o Abutre e liberta Prometeu. O Titânio aconselha Héracles a pedir ajuda a Atlas, pois por ser o pai das Hespérides, é o unico que pode chegar ao jardim das maças de ouro sem problemas, pois conhece bem os caminhos e os obstáculos. Héracles então, troca de lugar com Atlas, e suporta o peso do firmamento enquanto o Titã busca os Pomos de Ouro. Atlas traz os pomos, ameaça não distrocar com Héracles, porém este o lembra ser filho de Zeus, e que, o Titã seria castigado se não o ouvisse. Atlas então volta a suportar o peso do firmamento.
- Apáte, era um espírito feminino que personificava o engano, o dolo e a fraude. Foi, junto com o seu correspondente masculino Dolos (o espírito das ardilosidades), um dos espíritos que saíram da caixa de Pandora. Ambos eram filhos de Érebo e Nix, ou de Nix sozinha, e estavam acompanhados pelos pseudologos (as mentiras). Ela tinha como espírito oposto a Aleteia, a verdade. A astuta Apate morava nas colinas que cercavam a cidade de Arnisos, pois tinha predilação pelos cretenses, famosos embarcadores. Gostava especialmente de estar próxima da tumba falsa de Zeus que havia ali.
- Filótes, a amizade; era um espírito (daimon) que personificava a amizade, o carinho e a ternura, podendo também ser o carinho físico, o sexo. Era filha de Nix, e seus opostos eram os Neikea, os espíritos das disputas.
- Geras, a velhice;
- Lissa, a loucura; era o daimon (espírito) que personificava a ira frenética, a fúria (sobretudo na guerra) e a loucura produzida pela raiva. Nasceu de Nix engendrada pelo sangue que verteu de Urano ao ser castrado, embora Higino a cite entre os filhos de Éter e Gaia. Eurípedes a descreve com serpentes na cabeça e olhos cintilantes. Em sua Heracléia, relata como a vingativa Hera ordenou a Lissa, através de sua mensageira Íris, que enlouquecesse o herói Herácles, de quem era inimiga mortal. O espírito tentou dissuadir Íris sem êxito algum e, contra a sua vontade, se introduziu em Herácles incitando-lhe a matar sua mulher e seus filhos. Por suas atribuições, estava relacionada com Mania, a deusa das loucuras.
- Momo, o escárnio; (em grego Μωμος - Mômos - burla, culpa; em latim Momus) era a personificação do sarcasmo, das burlas e de grande ironia. Era o deus dos escritores e poetas, um espírito mal-intencionado e um crítico injusto. Hesíodo contava que Momo era um filho de Nix, a Noite (Teogonia, 214). Luciano de Samosata recordava (no diálogo ampliado Hermotimus, 20) que este arengou crítica e ironicamente a Hefesto por haver fabricado para os homens a mulher sem uma porta em seus peitos para que se pudesse ver seus pensamentos. Também ironizava de Afrodite, ainda que tudo quanto dela pudesse dizer era ser tagarela e que usava sandálias que rangiam (Filóstrato), Epístolas). Devido a suas constantes críticas, foi exilado do Monte Olimpo. Era representado com uma máscara que levantava para exibir seu rosto, e com um boneco numa das mãos, simbolizando a loucura. Nas festas de Carnaval de várias cidades da Espanha são rendidas homenagens ao deus Momo, com diversos atos.Em Cádiz, a queima de um boneco representando ao deus Momo encerra as festas do Carnaval a cada ano.No Carnaval do Brasil e ainda em Barranquilla (Colômbia), um dos principais personagns dos festejos é o chamado Rei Momo, nome baseado nesta deidade.
- Oniro, deus grego dos sonhos e conhecido por ser deus da legião dos sonhos.
- Ênio, deusa da carnificina, da mitologia grega, (em grego Ένυώ, 'horror') (ou Bellona na mitologia romana) era uma antiga deusa conhecida pelo epíteto de «Destruidora de Cidades» e freqüentemente representada coberta de sangue e levando armas de guerra. Com frequência é retratada junto a Fobos e Deimos como acompanhante de Ares, o deus chefe da guerra, e dizia-se que era tanto sua mãe como sua irmã. Irmão das Górgonas e das Gréias, filho de Forci e Ceto, um dos acólitos de Ares junto com Éris ( a discórdia ); Quere ( a devastação ), Fobos ( o medo ) e Deimos ( o terror ) era Ênio ( o grito de guerra ). Em Tebas e Orcômeno se celebrava um festival chamado Όμολώϊα em homenagem a Zeus, Deméter, Atena e Enio, e dizia-se que Zeus havia recebido o epíteto Homoloios de Homolois, uma sacerdotisa de Enio (Suidas Homolois). Uma estátua de Enio, feita pelos filhos de Praxíteles, encontrava-se no templo de Ares em Atenas (Pausanias i.8§5). Além de tudo isso, ela apaixonou-se perdidamente por Oberon ,deus da escuridão, filho de Hades.
- Caronte, o barqueiro; (em grego, o brilho) era uma figura mitológica do mundo inferior grego (o Hades) que transportava os recém-mortos na sua barca através do Aqueronte, rio que delimitava a região infernal, até o local no Hades que lhes era destinado. Era costume grego colocar uma moeda, chamada óbolo, sob a língua do cadáver, para pagar Caronte pela viagem. Se a alma não pudesse pagar ficaria forçosamente na margem do Aqueronte para toda a eternidade, e os gregos temiam que pudesse regressar para perturbar os vivos. Caronte era muitas vezes retratado com uma máscara de bronze na qual ocultava sua verdadeira face macabra que faria os recém-mortos repensarem em entrar na barca caronte recebeu esta tarfa após ter tentado roubar a caixa de pandora,surpreendido por Zeus ele foi mandado para o Erebus onde deveria cumprir sua tarefa
- Oizus, o deus da miséria;
- Lete, odeus do esquecimento; ou Lethe (em grego antigo λήθη; [ˈlεːt̪ʰεː], grego moderno: [ˈliθi]) literalmente significa "esquecimento". Seu oposto é a palavra grega para "verdade" - alétheia (αλήθεια). Lete é um dos rios do Hades. Aqueles que bebessem de sua água experimentariam o completo esquecimento e é também uma das náiades, filha da deusa Eris, senhora da discórdia, irmã de Algos, Limos, Horcus e Ponos. O Rio Lete (do grego Λήθη Lếthê, "olvido" ou "ocultamento") é um rio do Hades onde quem bebia esquecia-se de seu passado. Logo o Lete passou a simbolizar o esquecimento. A sua localização no Hades é contraditória, em algumas versões o lete está nos Campos Elísios, seus habitantes ficariam no paraíso por 1000 anos até apagar-se tudo de terreno neles, depois disto bebendo do lete esqueciam toda a sua vida e reencarnavam ou realizavam metempsicose - reencarnar em animais. Em outras versões o lete ficava em um "campo" no Hades, um local de melancolia, onde os mortos não sofriam tormentos. Apesar de ser mais aceita sua localização nos Campos Elísios. A Divina Comédia de Dante Alighieri envolve tradições gregas e católicas. Na segunda parte da obra, Purgatório, o Lete aparece como um rio de cujas águas os pecadores tinham de beber para apagarem seus pecados e entrarem no Céu. Outros rios no Hades: Aqueronte / Cócito / Estige / Flegetonte.
- Até, o erro; era a da ruína, filha de Éris.
- Nêmesis, a ética; Némesis (português europeu) ou Nêmesis (português brasileiro) (em grego, Νέμεσις), deusa grega da segunda geração era, segundo Hesíodo, uma das filhas da deusa Nix (a noite). Pausânias citou-a como filha dos titãs Oceano e Tétis. Autores tardios puseram-na como filha de Zeus e de Têmis. Apesar de Nêmesis nascer na familia da maioria dos deuses trevosos, vivia no monte Olimpo e figurava a justiça divina. Nêmesis era a deusa da ética. Nasceu ao mesmo tempo em que Gaia concebeu Têmis. Gaia, preocupada com a infante Têmis, que poderia vir a ser vítima da loucura de Urano, entregou-a a Nix. Esta, cansada de tanto gerar por esquizogênese, entregou as deusas aos cuidados das moiras, deusas do destino. Assim, Nêmesis e Têmis foram criadas como irmãs e educadas por Cloto, Láquesis e Átropo. Segue daí que as deusas, além de possuírem atributos comuns, tiveram educação em comum. Têmis tornou-se a personificação da ética e Nêmesis a personificação da retribuição e da justiça distributiva. Em Ramnunte localizava-se o templo de Nêmesis, e onde havia uma estátua das duas deusas juntas, atribuída a Fídias (as mais belas estátuas de Têmis e de Nêmesis). Em Ramnunte, pequena cidade da Ática não muito longe de Maratona, na costa do estreito que separa a Ática da Eubéia, Nêmesis tinha um templo célebre. A estátua da deusa foi esculpida por Fídias num bloco de mármore de Paros trazido pelos persas e destinado a fazer um troféu. Os persas tinham-se mostrado demasiado seguros da vitória (sinal de desmesura - Hibrys) e nunca tomaram Atenas, pois Nêmesis tomou partido em favor de Atenas. Nêmesis encorajou o exército ateniense de Maratona. Nêmesis representa a força encarregada de abater toda a desmesura (Hibrys), como o excesso de felicidade de um mortal, ou o orgulho dos reis, etc. Essa é uma concepção fundamental do espírito helênico: “Tudo que se eleva acima da sua condição, tanto no bem quanto no mal, expõe-se a represálias dos deuses. Tende, com efeito, a subverter a ordem do mundo, a pôr em perigo o equilibrio universal e, por isso, tem de ser castigado, se se pretende que o universo se mantenha como é”. Nêmesis castigou o rei Creso da Lídia. Creso, demasiado feliz com suas riquezas e seu poder, é levado por Nêmesis a empreender uma expedição contra Ciro II da Pérsia, o que acabou por lhe trazer a ruína e a desgraça. Narciso, demasiado contente com sua própria beleza, desprezava o amor. As jovens desprezadas por Narciso pediram vingança aos céus. Nêmesis ouviu-as e causou um forte calor. Depois de uma caçada, Narciso debruçou-se sobre uma fonte para se dessedentar. Nela viu seu rosto tão belo, e admirou-se até morrer. Nêmesis era tão bela como Afrodite, geralmente representada na forma alada. Certa vez Zeus sentiu uma paixão enorme perante a beleza de Nêmesis e resolveu possuí-la de todas as formas. Nêmesis procurou evitar a união com o deus transformando-se numa gansa, mas Zeus metamorfoseou-se em cisne e uniu-se a ela. Nêmesis pôs um ovo, fruto dessa união, e o abandonou. Alguns pastores o encontraram e entregaram à então rainha Leda, para esta chocá-lo junto aos dela (fruto da união de Zeus na forma de cisne e de Leda). E do ovo posto por Nêmesis nasceu Helena de Esparta e Pólux. Nêmesis é também chamada "a inevitável". Atualmente, o termo némesis é usado para descrever o pior inimigo de uma pessoa, normalmente alguém ou algo que é exatamente o oposto de si mas que é, também, de algum modo muito semelhante a si. Por exemplo, o Professor Moriarty é frequentemente descrito como a Nêmesis de Sherlock Holmes. É algo como o seu arquiinimigo, algo que o anula, mas nutre-lhe um grande respeito e admiração.
- Kera, o deus que representava o destino do homem em seus momentos finais;
- Moro, o quinhão, sorte que cada homem receberá em vida; era o deus das sortes e dos destinos, filho de Nix e do Caos. É conhecido como Destino. Representado como uma entidade cega, O Destino seria filho do Caos e de Nix, a Noite. Sem ver a quem reservava no futuro, seu caráter era o da inevitabilidade. Todos, deuses e mortais, e tudo, estava a ele subordinado. Imaginavam-no como tendo aos pés a Terra e nas mãos as estrelas e um cetro, a demonstrar sua superioridade. Noutras alegorias, era uma roda, presa por uma corrente, sob uma rocha e com duas cornucópias - ilustrando sua inflexibilidade e sorte. Representando a própria fatalidade, o Destino ditava os acontecimentos, e até mesmo Zeus não o poderia evitar. Suas leis encontravam-se escritas num livro, cujo acesso era possível, e mesmo assim de forma obscura, pelos oráculos. Seu nome de verdade era Moros e o consideravem marido de Ananke e pai das Moiras (Parcas em Roma). Para representá-lo, os gregos tinham as Moiras, a quem consultavam os deuses - sem sucesso, posto que o Destino é imutável...
- Limos, a fome; era uma das três Queres (agentes da morte)

11 Métis a deusa da prudência, filha de Tétis e Oceanus. Foi a primeira esposa de Zeus, que forneceu-lhe a bebida que fez Cronos regurgitar todos os filhos que havia engolido. Quando Métis estava grávida da deusa Atena, Gaia profetizou que seu filho iria destronar seu pai, Zeus. Este, temendo que isto acontecesse, engoliu a deusa viva, tendo depois como fruto dessa relação Atena saída já adulta de sua cabeça.






12 • Morfeu o deus dos sonhos tem a habilidade de assumir qualquer forma humana e aparecer nos sonhos das pessoas como se fosse a pessoa amada por aquele determinado indivíduo. Seu pai é o deus Hipnos, do sono. Os filhos de Hipnos, os Oneiroi, são personificações de sonhos, sendo eles Icelus, Phobetor, e Phantasos. Morfeu foi mencionado no Metamorphoses de Ovídio como um deus vivendo numa cama feita de ébano numa escura caverna decorada como flores.A droga morfina tem seu nome derivado de Morfeu, visto que ela propicia ao usuário sonolência e efeitos análogos aos sonhos. Quando uma pessoa vai deitar-se a outra diz: vá para os braços de Morfeu, significa dormir bem.

13 • Orfeu poeta e músico, filho de Apolo, e da musa Calíope. Era o músico mais talentoso que já viveu. Quando tocava sua lira, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens perdiam o medo. As árvores se curvavam para pegar os sons no vento. Ganhou a lira de Apolo. Alguns dizem que Eagro, rei da Trácia, era seu pai.Foi um dos cinquenta homens que atenderam ao chamado de Jasão, os argonautas, para buscar o Velocino de Ouro. Acalmava as brigas que aconteciam no navio com sua lira. Durante a viagem de volta, Orfeu salvou os outros tripulantes quando seu canto silenciou as sereias, responsáveis pelos naufrágios de inúmeras embarcações. Orfeu apaixonou-se por Eurídice e casou-se com ela. Mas Eurídice era tão bonita que, pouco tempo depois do casamento, atraiu um apicultor chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a picou e a matou. Por causa disso, as ninfas, companheiras de Eurídice, fizeram todas as suas abelhas morrerem. Orfeu transtornado de tristeza levou sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro Caronte a levá-lo vivo pelo rio Estige. A canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava os portões. Seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados. Finalmente Orfeu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado ao ver que um vivo tinha entrado em seu domínio, mas a agonia na música de Orfeu o comoveu, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua esposa, a deusa Perséfone, implorou-lhe que atendesse o pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu seu desejo. Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma única condição: que ele não olhasse para ela até que ela, outra vez, estivesse à luz do sol. Orfeu partiu pela trilha íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então se virou, para se certificar de que Eurídice o estava seguindo. Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma (ou em outras versões uma estátua de sal), seu grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos. Ele a havia perdido para sempre. Em desespero total, Orfeu se tornou amargo. Recusava-se a olhar para qualquer outra mulher, não querendo lembrar-se da perda de sua amada. Posteriormente deu origem ao Orfismo, uma espécie de serviço de aconselhamento baseado na doutrina espírita, ele ajudava muito os outros com seus conselhos , mas não conseguia resolver seus próprios problemas, até que um dia,furiosas por terem sido desprezadas, um grupo de mulheres selvagens chamadas Mênades caíram sobre ele, frenéticas, atirando dardos. Os dardos de nada valiam contra a música do lirista, mas elas, abafando sua música com gritos, conseguiram atingi-lo e o mataram. Depois despedaçaram seu corpo e jogaram sua cabeça cortada no rio Hebro, e ela flutuou, ainda cantando, "Eurídice! Eurídice!" Chorando, as nove musas reuniram seus pedaços e os enterraram no monte Olimpo. Dizem que, desde então, os rouxinóis das proximidades cantaram mais docemente que os outros. Pois Orfeu, na morte, se uniu à sua amada Eurídice. Quanto às Mênades, que tão cruelmente mataram Orfeu, os deuses não lhes concederam a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra, em triunfo, sentiram seus dedos se espicharem e entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam. Suas pernas se tornaram madeira pesada, e também seus corpos, até que elas se transformaram em carvalhos silenciosos. E assim permaneceram pelos anos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu, até que por fim seus troncos mortos e vazios caíram ao chão. Algumas interpretações deste mito, dizem que as pessoas que se dedicam a ajudar os outros, (Psicologia, psiquiatria, assistente social e até mesmo aqueles que fazem muita caridade), são pessoas que reconhecem que sofrem ou sofreram algum problema grave e agora buscam estas áreas tentando evitar que os outros, sofram o que eles sofreram, ou seja, é aquele que cura mas que não consegue se auto curar.Dizem ainda que no fundo essas pessoas estão se auto enganando, pois evitar que os outros sofram, não vai apagar o que eles mesmos sofreram.

14 • Nêmesis a deusa da ética. Segunda geração era, segundo Hesíodo, uma das filhas da deusa Nix (a noite). Pausânias citou-a como filha dos titãs Oceano e Tétis. Autores tardios puseram-na como filha de Zeus e de Têmis. Apesar de Nêmesis nascer na familia da maioria dos deuses trevosos, vivia no monte Olimpo e figurava a justiça divina.








15 • Pã (Lupércio ou Lupercus em Roma) era o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores na. Residia em grutas e vagava pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. Era representado com orelhas, chifres e pernas de bode. Amante da música, trazia sempre consigo uma flauta. Era temido por todos aqueles que necessitavam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que eram atribuídos a Pã; daí o nome pânico.Os latinos chamavam-no também de Fauno e Silvano. Tornou-se símbolo do mundo por ser associado à natureza e simbolizar o universo. Em Roma, chamado de Lupércio, era o deus dos pastores e de seu festival, celebrado no aniversário da fundação de seu templo, denominado de Lupercália, nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro. Pã foi associado com a caverna onde Rômulo e Remo foram amamentados por uma loba. Os sacerdotes que o cultuavam vestiam-se de pele de bode. Nos últimos dias de Roma, os lobos ferozes vagavam próximos às casas. Os romanos então convidavam Lupercus para manter os lobos afastados. Pã apaixonou-se pela ninfa Arcadiana Syrinx, que rejeitou com desdém o seu amor, recusando-se a aceitá-lo como seu amante pelo fato de ele não ser nem homem, nem bode. Pã então perseguiu-a, mas Syrinx, ao chegar à margem do rio Ladon e vendo que já não tinha possibilidade de fuga, pediu às ninfas dos rios, as náiades, que mudassem a sua forma. Estas, ouvindo as suas preces, atendem o seu pedido a transformando em bambu. Quando Pan a alcançou e a quis agarrar, não havia nada, excepto o bambu e o som que o ar produzia ao atravessá-lo.Quando, ao ouvir este som, Pã ficou encantado, e resolveu então juntar bambus de diferentes tamanhos, inventando um instrumento musical ao qual chamou syrinx, em honra à ninfa. Este instrumento musical é conhecido mais pelo nome de Flauta de Pã, em honra ao próprio deus.Pã teria sido um dos filhos de Zeus com sua ama de leite, a cabra Amaltéia. Seu grande amor no entanto foi Selene, a Lua. Em uma versão egípcia, Pã estava com outros deuses nas margens do Rio Nilo e surgiu Tífon, inimigo dos deuses. O medo transformou cada um dos deuses em animais e Pã, assustado, mergulhou num rio e disfarçou assim metade de seu corpo, sobrando apenas a cabeça e a parte superior do corpo, que se assemelhava a uma cabra; a parte submersa adotou uma aparência aquática. Zeus considerou este estratagema de Pã muito esperto e, como homenagem, transformou-o em uma constelação, a que seria Cápricórnio.

16 • Perséfone ou Coré corresponde à deusa romana Proserpina ou Cora. Era filha de Zeus e da deusa Deméter, da agricultura, tendo nascido antes do casamento de seu pai com Hera. Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a levando-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha. Sua mãe inconsolada acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Deméter, junto com Hermes, foram buscá-la ao mundo dos mortos (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo (uma semente de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Coré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas. Perséfone é normalmente descrita como uma mulher de cabelos claros, possuidora de uma beleza estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles, Pírito e Adônis. Foi por causa deste último que Perséfone se tornou rival de Afrodite, pois ambas disputavam o amor do jovem, mas também outro motivo era porque Afrodite tinha inveja da beleza de Perséfone. Embora Adônis fosse seu amante, o amor que Perséfone sentia por Hades era bem maior. Os dois tinham uma relação calma e amorosa. As brigas eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa chamada Menthe, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos mortos. Entre muitos rituais atribuídos à entidade, cita-se que ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo dos mortos lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa fogueira em honra à deusa infernal. A ela, eram imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia reencontrar objetos perdidos. Conta-se, ainda, que Zeus, o pai da Perséfone, teve amor com a própria filha, sob a forma de uma serpente. Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai Zeus, tais como Ares, Hermes, Dionísio, Atena, Hebe, Apolo, entre outros, por parte de sua mãe Deméter, tinha um irmão, Pluto, um deus secundário que presidia às riquezas. É um deus pouco conhecido, e muito confundido como Plutão, o deus romano que corresponde a Hades. Tinha também como irmã, filha de sua mãe, uma deusa chamada Despina, que foi abandonada pela mãe de ambas ao nascer. Por isso ela tinha inveja da deusa do mundo dos mortos, até porque Demeter se excedia em atenções para a rainha. Em resposta, a filha rejeitada destruia tudo que Perséfone e sua mãe amavam, o que resultaria no inverno.Preciosas informações retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho e uma filha com Zeus: Sabázio e Melinoe era de uma habilidade notável, e foi quem coseu Baco na coxa de seu pai. Com Heracles, teve Zagreus. A rainha é representada ao lado de seu esposo, num trono de ébano, segurando um facho com fumos negros. A papoula foi-lhe dedicada por ter servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu rapto. O narciso também lhe é dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada por Hades. Perséfone, com Hades, é mãe de Macária, deusa de boa morte.

17 • Selene a deusa da lua, filha de Hipérion e Tea, tendo como irmãos, a deusa Eos , e o deus Hélios. Um de seus melhores mitos sabidos envolve um simples, mas belo pastor, cujo nome era Endymion. A deusa da lua se apaixonou por este mortal, um caso que, conseqüentemente resultou no nascimento de cinqüenta filhas. Mas Endymion era, aliás, ser humano, e assim suscetível ao envelhecimento e eventualmente à morte. Selene não podia carregar o pensamento deste fato cruel. Então, assegurando que Endymion permanecesse eternamente jovem, fez com que o belo jovem dormisse para sempre. Desta maneira, Endymion viveria sempre, dormindo com a mesma aparente idade. Associada á Artemis, ou Hécate, mas vale lembrar, que esta deusa representa todas as fases da Lua, e é a pura personificaçao deste astro sendo seu nome romano Lua ou Luna... Tradicionalmente ela é celebrada no dia 7 de fevereiro.

18 • Tânatos a personificação da morte, enquanto Hades reinava sobre os mortos no mundo inferior. Assim como Hades para os gregos tem uma versão romana (Plutão), Tânatos também tem a sua: Orco (Orcus em latim) ou ainda Morte (Mors). Era conhecido por ter o coração de ferro e as entranhas de bronze. Já dito...








19 • Éter o ar elevado, puro e brilhante, respirado pelos deuses, contrapondo-se ao ar obscuro, que os mortais respiravam, sendo deus desconhecido da matéria, em consequência as moléculas de ar que formam o ar e seus derivados. Já dito...