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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Aos meus irmão


A Palavra - Salmos 13: 1  Até quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
2  Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?
3  Atende-me, ouve-me, ó SENHOR meu Deus; ilumina os meus olhos para que eu não adormeça na morte;
4  Para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem vindo eu a vacilar.
5  Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação se alegrará o meu coração.
6  Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.



EXORTAÇÃO

[... Vou empurrar fora a tua tristeza, enquanto isso, louve, cante, dê Glórias para ter força, não te ouço cantar, pois então louve, que virei com a tua libertação através do louvor. Nunca deixei de ir a tua casa e sempre guardo tua vida e de teus filhos. Vejo tudo e Eu que Sou o Juiz. Santifique-se mais um pouco, note os pequenos milagres a tua volta e fique em paz. Sigo teus passos, porque Eu te comprei, Eu te remi (resgatei). Alegra-te!... ]

Fechamento: - O irmão encerrou o culto assim: “A Palavra de Deus chega longe com os recursos tecnológico. Use e profetize!


Atendeu um irmão de Minas chamado Joaquim.

APDD!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Neve no Brasil

Panalto de Stª Catarina - Município de Urubici
Não tanto quanto no exterior!

Mais quase, porque há relatos de que este fenômeno já fazia parte do nosso território sulista.

Mas para São Paulo cabe o espanto!

Se bem que papai falava de um grande frio quando ele era menino, que nós nunca teríamos como imaginar.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Neve_no_Brasil

Mi - Cps, 28/12/10

Curiosidade do d’Hermon


Ao norte de Israel
O Monte Hérmon do hebraico Har Hermon: "montanha sagrada" está localizada na porção terminal sul da cordilheira do Antilíbano, na fronteira entre Síria e Líbano. Com 2.814 metros de altitude, o seu pico está quase sempre coberto de neve, enquanto as terras ao redor queimam pelo sol de verão.

O d'Hérmon foi chamado também de Baal-Hermon. Achamos em:
- Josué 11:3/17, 12:1/5, 13:5/11;
- Juízes 3.3;
- I Crônicas 5.23;
- Salmos 41:7, 88:13, 132:3;
- Cânticos dos cânticos 4:8;
- Amós 4:3).

Talvez tenha sido o "alto monte ou o monte da transfiguração " de:
- Mateus 17.1;
- Lucas 9.28.

O orvalho d’Hermon desce lá dos céus, nos fertiliza abençoa e vivifica nossos corações.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

História do Natal digital

Cada uma que aparece...

Do e-mail que recebi dos amigos Laura/Dércio

O nascimento de Jesus na era tecnológica:

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Renovar para renascer

A existência humana se dá a partir das contradições, a experiência humana é o território delas. Nosso desafio está em diminuí-las, o problema é quando não conseguimos mais reconhecê-las em nossas vidas. Vivemos contexto de contradição, às vezes percebemos que não temos nada a ver com os nossos atos, nem somos capazes de realizar o bem que queremos.

Este é o momento em que descobrimos nossa inadequação. Como nos livrar das contradições? Situação difícil, mas a época sugere minimizar o poder que elas exercem, se atentarmos para nós mesmos. Renovemo-nos então!

Porque o processo de ontem não nos serve para hoje e muito menos para amanhã, afinal Deus nos quer em constante evolução. A reflexão ajuda a nos conhecermos melhor e este posicionamento elimina muito das nossas contraditoriedades.

Saudar é um ato de felicidade e ser feliz é estar satisfeito conosco, porque nos corrigimos de maneira certa ao desejar que o outro o seja igualmente. Quando o desejamos ao outro, não podemos nos contradizer nem tampouco querer que seja apenas para um momento. O nosso desejo tem que ser para sempre!

Entre humanos Ele nasceu os anjos saíram pelos campos O anunciando aos pobres pastores que apascentavam suas ovelhas nas noites frias de inverno dizendo: Nascido é o Rei de Israel. Eles olharam para cima e viram a estrela brilhando no oriente e para toda a terra estendeu-se a grande Luz concedendo à alma o direito de sentir-se renascida e quero que sintamos assim! Os melhores dos presentes como: o amor, paz, solidariedade, mansidão e docilidade já nos foi dado e devemos usá-los.

Sempre que renovarmos estes gestos Jesus renasce!

Mi - Base: FM - 23/12/10

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Táta! Bom passeio!

Tá longe de mim a táta!
Na despedida percebo sempre o mesmo drama: nem sempre leva o que quer (eu, lógico!). Mas, na estrada que te leva, há outra estrada que te faz ficar que eu bem sei. Partir é apenas um modo de você dizer, que só sabe permanecer! Nessa hora inevitavelmente mensuramos as sofridas ausências.

O poeta cantou: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Bem sabemos que os poetas sempre têm razão!

A partida feliz nos lembra quem deixamos e a distância nos mostra espaços chamados saudades. Partidas e chegadas revelam quem somos, o que amamos e indicam a essencialidade para continuarmos sendo.

É ai que camufla o encanto da viagem e isso é bom!

Viajar é se apresentar ao mundo que vemos, que não o conhecemos pessoalmente, mas que nos pertence! Sentir falta é conseqüência natural que faz o coração querer voltar e faz com que se vá igualmente e o tempo é mesmo paradoxal às nossas vontades. Enquanto a ida passou rápida e a volta é muito lenta para quem fica, para quem esperou, a chegada demorou e a volta já chegou.

As regras da vida são as mesmas para as viagens, os excessos de ausências pesam e impedem de encontrar o outro da maneira que o coração deseja.

Então amada táta merecidamente viaje leve, bem leve! Se leve, mas se traga...

Minha táta não é Zé da Silva, mas é Ivone da Silva e outros tanto.



A despedida Deixa-me perdida Com a alma sentida E de tua vida sumida.” (Ruth Rossini)

Mi – Base: FM – Cps, 18/12/10

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sagrado e Profano


A criação de Adão - Michelangelo

Sagrado = Sentimentos pertencentes ao domínio religioso. Inspirar profundo cumprimento do respeito, veneração absoluta e não pode ser infringido ou violado. Sempre que o homem entra em contacto com o sagrado (o divino, o transcendente) está perante um tipo particular de experiência religiosa.

Profano = do latim pro (diante de) e fanum (espaço sagrado). Não pertence à classe eclesiástica e é estranha às coisas da religião; pessoa não iniciada nos conhecimentos de uma arte, ciência e a determinada seita, classe, associação. Pode ser contrário ao respeito que é devido às coisas sagradas. Também identifica-se com o mundo em que vivemos, apontado como banal e visto inferior em relação ao Sagrado. Algo natural ao ser humano.

O Sagrado está relacionado a Deus. Entretanto não significa que o profano seja pecado, mas que não foi consagrado.

Duas categorias utilizadas pelos antropólogos para analisar símbolos sociais:
- O sagrado seria anormal, especial, do outro mundo.
- O profano seria normal, quotidiano, deste mundo.

Dois exemplos corriqueiros:
- a consagração de um cavaleiro pela Rainha da Inglaterra;
- a consagração do padre.
Dá-se aí então que o sagrado toca o profano e este se sacraliza.

Ainda temos Sagrado e profano andando lado a lado:
[... Os dias estão mudados Que grande decepção
O Profano e o Sagrado Trocaram de posição
O inferno foi levantado E o “céu” ficou no chão...].
[... Esse verso de cordel É pra igreja Mundial
Que juntou sua Babel Com o paraíso carnal
Veja agora esse bordel No Jornal Nacional]... :

[... Não pensei que existisse Coisa tão descomunal
A sessão do descarrego Até parece natural
Mas igreja e motel Eu já acho bacanal...]
[... Igreja ao lado de motel simboliza nosso tempo
no motel você bacaneia na igreja toma santa ceia
O crentinho não sabe então pra que lado ele vai
gosta tanto da igreja mas do mundão ele não sai
é penitência, oração é jejum e pagar preço
mas no fundo gosta mesmo é de pecar de todo jeito
e nessa vida muito doida vive crise existencial
no espírito é do bem mas na carne é do mal...]
Fonte: - http://is.gd/iYDmg

Na verdade igrejas devem se modernizarem e acabar com a  rigidez.
Deus tem que chegar aonde quer que esteja o povo.



E o padre Fábio de Melo representa bem e com tamanha responsabilidade este caminho.
Visitou a quadra da Beija-Flor e cantou um samba de sua autoria.



O Sagrado costuma se esconder no aparente profano, só para ser acolhido. Belo conceito!

Mí - Cps, 18/12/10

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Os mitos em nossas vidas

Joseph Campbell
O problema é o fato de pessoas não se familiarizarem com a literatura. Elas até se interessam por notícias do dia e problemas práticos do momento. Antigamente havia estímulos na vida interior para dar o real sentido à vida.

As literaturas e a Bíblia costumavam fazer parte da educação das pessoas. Hoje supridas, por uma sociedade industrial, onde se exige disciplina para um mercado de trabalho mecanicista, toda uma tradição de informação mitológica se perdeu e efetivamente nada substituiu.

Informações, provenientes de tempos antigos, sempre deram sustentação à vida humana, construíram civilizações e formaram religiões através dos séculos e têm tudo a ver com os profundos problemas interiores, mistérios e limiares que perpassam pela vida. Se não soubermos interpretá-los ao longo do caminho, o faremos sem base alguma.

Histórias nos ensinam a entrar em contato com o mundo e a adaptarmos à sua realidade. Ha grandes romances excepcionalmente instrutivos, por ser a única maneira de descrevermos verdadeiramente o ser humano através de suas imperfeições.

O ser humano perfeito é desinteressante. É o que Thomas Mann chamava "ironia erótica", o amor por aquilo que você mata com a sua palavra cruel. É por essa razão que algumas pessoas têm dificuldade de amar a Deus, nele não há imperfeição alguma. Você pode sentir reverência, respeito e temor, mas isso não é amor.

Mitos dão pistas para as potencialidades espirituais da vida humana, daquilo que somos capazes de conhecer e experimentar interiormente. A mente racional, analítica, o lado esquerdo do cérebro se ocupa do sentido, da razão das coisas.

Qual é o sentido de uma flor? Dizem que um dia perguntaram isso ao Buda, e ele simplesmente colheu uma flor e a deu à pessoa. Apenas um homem compreendera o gesto. Racionalmente, não fazia sentido esse gesto. Ora, mas podemos fazer a mesma pergunta para algo maior: qual é o sentido do universo? A única resposta realmente válida está exatamente ali, no existir.

Qualquer formulação racional nos dá uma idéia linear da coisa, mas mata a beleza da coisa. Estamos tão empenhados em realizar determinados feitos, com o propósito de atingir objetivos de outro tipo de valor e preferimos nos acomodar aos papeis de uma vida burguesa adaptada ao sistema capitalista, deixando para outros tomarem as decisões mais complexas por nós.

Longe da vibração da vida, nos esquecemos do valor genuíno, o prodígio de estar vivo e é o que de fato conta.

Por isso que as grandes questões filosóficas, embora sejam de fundamental importância à todos, seja a preocupação de apenas uma ínfima minoria. A curiosidade infantil é a mesma curiosidade do filósofo.

Bem! Como podemos resgatar nosso grande potencial humano? Lendo mitos, eles ensinam como podemos nos internalizar e entender as suas mensagens e perceber que alguns enredos são universais. Por exemplos:

● A busca dos Cavaleiros do Rei Arthur pelo Graal
Entendemos que seja o caminho espiritual que devemos fazer e que se estende entre pares de opostos, perigo, o bem e o mal, pois não há nada de importante na vida que não exija sacrifícios e algum perigo. A história do Graal diz que a terra está devastada, e só quando ele for reencontrado poderá haver a cura da terra.

E o que caracteriza a terra devastada?
É a terra em que todos vivem uma vida inautêntica, fazendo o que os outros fazem, fazendo o que são mandados fazer, desprovidos de coragem para uma vida própria. Esquecem-se que são seres únicos, cada indivíduo é diferente das demais. A beleza de uma terra rica está exatamente na convivência dos diferentes, não na mistura deles. Se tivermos um lugar ou uma era em que todos se alienam e fazem a mesma coisa, teremos a terra devastada.

"Lutamos para fazer as coisas da nossa maneira, mas quase sempre fazemos aquilo que nos mandam. Novamente é um Admirável Mundo Novo."

O Graal (cálice sagrado) simboliza o receptáculo das realizações das mais altas potencialidades da consciência humana.

O rei que inicialmente cuidava do Graal, por exemplo, era um jovem adorável, mas, por ainda ser muito jovem e cheio de anseios de vida, tomou atitudes que não combinavam com a posição de rei do Graal. Ele partiu do castelo com o grito de guerra "Amor!", próprio da juventude, mas longe da postura de rei do Graal. Enquanto cavalgava, um muçulmano não cristão, surgiu da floresta (a floresta representando o nível desconhecido do nosso psiquismo).

Ambos erguem as lanças e se atiram um contra o outro. A lança do rei Graal mata o pagão, mas a lança do pagão castra o rei Graal - separação que os padres da igreja fizeram entre matéria e espírito já que Jesus sempre se referia ao Reino como um campo em que um semeador saiu a semear; uma rede atirada ao mar; uma festa de núpcias; as aves do céu e os lírios do campo. Está claro que esta divisão pré-cartesiana foi fruto da mentalidade patriarcal dos pais da igreja, não do Cristo, entre dinamismo da vida e o reino do espírito, entre a graça natural e a sobrenatural. Na verdade castrou a natureza. E a mente e a vida européia, têm sido emasculadas por essa separação.

A verdadeira espiritualidade, que resultaria da união entre matéria e espírito, tal como era praticada pelos Druidas, foi morta. O que representava, então, o pagão? Era alguém dos subúrbios do Éden. Era um homem que veio da floresta, ou seja, da natureza mais densa, e na ponta de sua lança estava escrita a palavra "Graal" quer dizer que a natureza aspira ao Graal.

A vida espiritual é o buquê, o perfume, o florescimento e a plenitude da vida humana, e não uma virtude sobrenatural imposta a ela). Desse modo, os impulsos da natureza são sagrados e dão autenticidade à vida. Esse é o sentido do Graal: Natureza e espírito anseiam por se encontrar uma ou outro, numa atitude holística. E o Graal, procurado nestas lendas românticas, é a reunião do que tinha sido divido, o seu encontro simboliza a paz que advém da união. Graal que é encontrado se tornou o símbolo de uma vida autêntica, vivida de acordo com sua própria volição, de acordo com o seu próprio sistema de impulsos, vida que se move entre os pares de opostos, o bem e o mal, a luz e as trevas.

Uma das versões da lenda do Graal começa citando um breve poema: "Todo ato traz bons e maus resultados". Todo ato na vida desencadeia pares de opostos em seus resultados. O melhor que temos há fazer é pender em direção da luz, na direção da harmonia entre estes pares, e que resulta da compaixão pelo sofrimento, que resulta de compreender o outro. É disso que trata o Graal. É isso o que Buda quis dizer por tomar o caminho do meio. É isso o que significa estar crucificado entre o bom e o mal ladrão e ainda orar ao Pai...

Histórias ou contos de fadas são histórias com motivos mitológicos desenhadas especialmente para as crianças. Elas frequentemente falam de uma menininha no limiar da passagem da infância para a descoberta da sexualidade:

Chapeuzinho vermelho
Algo nela exige o percurso pela floresta (nosso lar de origem, onde se esconde nossos instintos), até chegar à casa da vovó (cultura tradicional que devemos respeitar). Chapeuzinho está em fase de transição e a capa vermelha lembra menstruação. A jovem é algo muito atraente para o Lobo. Ainda hoje dizemos que um homem desejoso por uma mulher é um lobo. E ela não evita conversa com o Lobo no meio do caminho, pois ele a atrai também. Na história original, chapeuzinho se transforma numa loba, para que sinta o que deseja.



Bela Adormecida
Ao completar dezesseis anos, hesita diante da crise da passagem da infância à idade adulta e se sente atraída a furar o dedo na roca que a fará adormecer. Enquanto dorme, o príncipe ultrapassa todas as barreiras que ela, sem querer, levantou contra a sua maturação e vem oferecer a ela uma boa razão para aceitar crescer. O beijo mostra que crescer, tem seu lado agradável. Todas aquelas histórias coletadas pelos irmãos Grimm representam a menininha paralisada. Todas aquelas matanças de dragões e travessias de limiares têm a ver com a ultrapassagem da paralisação, com a superação dos demônios internos.

Os rituais das "primitivas" cerimônias de iniciação têm sempre uma base mitológica e se relacionam ou à eliminação do ego infantil quando vem à tona o adulto, ou visa à por a prova o iniciado aos próprios medos e demônios internos. No primeiro caso, a coisa é mais dura para o menino, já que para a menina a passagem se dá naturalmente. Ela se torna mulher quer queira ou não, mas o menino, primeiro, tem de se separar da própria mãe, encontrar energia em si mesmo, e depois seguir em frente.

Odisséia
Telêmaco vive com a mãe. Quando completa vinte anos, Atena vem a ele e diz: "Vá em busca de seu pai". Este é o tema em todas as histórias. Pode ser um pai místico, ou, como na Odisséia, um pai físico.

O tema fundamental nos mitos é e sempre será a da busca espiritual.

Vemos que nas vidas dos grandes Mestres espirituais da Humanidade sempre nascem lendas e mitos ligados a eles, figuras históricas reais.




Guerra nas Estrelas - Filme de George Lucas o vilão Darth Vader 
George Lucas

Representa uma figura arquetípica. Ele é um monstro porque não desenvolveu a própria humanidade. Quando ele retira a sua máscara, o que vemos é um rosto informe, de alguém que não se desenvolveu como indivíduo humano. Ele é um robô. É um burocrata, vive não nos seus próprios termos, mas nos termos de um sistema imposto. Este é o perigo que hoje enfrentamos como ameaça às nossas vidas. O sistema vai conseguir achatá-lo e negar a sua própria humanidade, ou você conseguirá utilizar-se dele para atingir seus propósitos humanos, relacionar com o sistema de modo a não o ficar servindo compulsivamente. É preciso é aprender a viver no tempo que nos coube viver, como verdadeiros seres humanos. E isso pode ser feito mantendo-se fiel aos próprios ideais, como Luke Skywalker no filme, rejeitando as exigências impessoais com que o sistema pressiona. Ainda que você seja bem sucedido na vida, pense um pouco: Que espécie de vida é essa? Que tipo de sucesso é esse que o obrigou a nunca mais fazer nada do que quis, em toda a sua vida? Vá aonde seu corpo e a sua alma desejam ir. Não deixem que escolham por você. Quando você sentir que encontrou um caminho, que é por ali, então mantenha-se firme no caminho que você escolheu, e não deixe ninguém desviá-lo dele.

Podemos até pensar que isso não acontece em nossas vidas. Errado! Acontece.
Como nos comportar e quais os valores segundo os quais deveríamos viver? Temos potencialidade para correr e salvar uma criança. Está no interior de cada um a capacidade de reconhecer os valores da vida, para além da preservação do corpo e das ocupações do dia-a-dia.

Os mitos estimulam a tomada de consciência da nossa perfeição possível, a plenitude da nossa força, a introdução da luz solar no mundo. Destruir monstros é destruir coisas sombrias. Os mitos os apanham, no fundo de nós. Quando criança os encaramos de um modo. Mais tarde, os mitos nos dizem mais e mais e muito mais. Quem quer que tenha trabalhado seriamente com idéias religiosas ou míticas sabe que, quando crianças, nós as aprendemos num certo nível, mas depois outros níveis se revelam. Os mitos estão muito perto do inconsciente coletivo, e por isso são infinitos na sua revelação.

Base: Joseph Campbell
Fonte: http://www.geocities.com/Vienna/2809/mitos.html

Sobre eutanásia, distanásia, ortotanásia e mistanásia

Eutanásia (do grego "boa morte"ou "morte apropriada"), interromper a vida (desligar aparelho). Termo proposto por Francis Bacon, em 1623, na sua obra "Historia vitae et mortis", como "tratamento adequado em doenças incuráveis e sofridas" ao doente fraco e debilitado. Forma de evitar mais sofrimento desnecessário que só prolonga o período de doença.

Na ética (justificativa da ação), não há diferença entre eutanásia e o suicídio assistido (quando o próprio paciente de maneira consciente não agüenta mais sofrer e pede para morrer). São distintos nas decisões de retirar ou deixar de implantar um tratamento sem eficácia e desconfortável, para prolongar tal vida do paciente e não a cura.

Ao contrário da eutanásia e do suicídio assistido, a retirada ou não implantação de medidas consideradas fúteis, não agrega outra causa que conduz à morte do paciente.

A Associação Mundial de Medicina, desde 1987, na Declaração de Madrid, considera a eutanásia um procedimento eticamente inadequado.

Distanásia: Morte lenta ou prolongar vida ansiosa de muito sofrimento. Para alguns autores etimologicamente a distanásia é o antônimo da eutanásia. Se a distanásia significar o prolongamento do sofrimento ela se diverge da eutanásia a qual abreviar esta situação. Porém, no conteúdo moral, ambas se convergem. Eutanásia e distanásia são eticamente inadequadas.

Ortotanásia: morrer certo, correto, com dignidade, frente à morte. É a abordagem adequada diante de um paciente que está morrendo. A ortotanásia só se confunde com a eutanásia, nos cuidados paliativos adequados adotados aos pacientes nos momentos finais de suas vidas.

Mistanásia: a eutanásia social. Leonard Martin sugeriu o termo para denominar a morte miserável, fora e antes da hora em três situações:
1 - a grande massa de doentes e deficientes que, por motivos políticos, sociais e econômicos, não chegam a ser paciente por não ingressarem efetivamente no sistema de atendimento médico;
2 – doentes ou pacientes vítimas de erro médico.
3 - pacientes vítimas de má-prática por motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos.
A mistanásia é o sério fenômeno da “maldade humana" no mau atendimento, negligência que leva à morte. A grande maioria das vítimas são pessoas pobres, vítimas da exclusão social e econômica. Vidas precárias, desprovidas dos cuidados de saúde morrem antes do tempo. Comprovado frequentemente na Central de Urgência e Emergência, onde se pode presenciar a agonia de pacientes que sofrem junto a seus familiares a espera de leitos vagos nas UTIs.

Curiosidades da eutanásia

Ela nos acompanha há milhares de anos. Não sabemos exatamente como surgiu, mas era muito praticada por povos primitivos. A mitologia nos lembra que a palavra resulta do casamento entre “Eu” (bem) e “Thanatos” (morte) = boa morte ou morte sem sofrimento.

Considerada ilegal no Brasil, cujas leis sequer prevêm a prática. Não há menção no Código Penal Brasileiro, que data de 1940, nem na Constituição Federal. Legalmente falando, o Brasil não tem nenhum caso de eutanásia - quando algo semelhante acontece, recebe o nome de homicídio ou suicídio. Mas chegou a ter uma iniciativa parlamentar a favor da eutanásia, no projeto de lei 125/96, de autoria do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que pretendia liberar a prática em algumas situações. Submetida à avaliação das comissões parlamentares em 1996, a proposta não prosperou e foi arquivada três anos depois. O deputado Osmâmio Pereira (PTB-MG) propôs em 2005 um projeto de lei, 5058, também arquivado, que proibisse claramente e prática no país, definindo-a, como crime hediondo.

As Igrejas são contra. Mas há instituições brasileiras que a defendem. Uma delas é a organização não-governamental (ONG) Católicas pelo Direito de Decidir (CDD), formada por militantes feministas cristãs, dissidentes das encíclicas e de outros documentos elaborados pela cúpula da igreja e ligados à Teologia da Libertação.

Polêmica que reúne muitos prós e contras. Para os defensores é uma saída honrosa diante da longa e dolorosa agonia. Essa é a posição do ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) “Não pode haver dignidade com uma vida vegetativa. Reduzir esse sofrimento seria então um ato de solidariedade e compaixão. Os casos em que o paciente pudesse decidir por sua morte seriam ainda concretizações do princípio da autodeterminação da pessoa” disse ele a VEJA.

Saúde Pública. Também podem entrar na discussão, no que tange o custo de manter vivos pacientes sem chance de voltar à plena consciência. Para os oposicionistas, isso não é desculpa, o estado tem o dever de preservar a vida humana a todo custo, assim como o médico, cuja ética não pode abrir mão.

Uruguai. Talvez tenha sido o primeiro país a legislar sobre o assunto. Seu Código Penal remete à década de 1930, que não penaliza quem pratica “homicídio piedoso”, desde que tenha “antecedentes honráveis” e que pratique a ação mediante súplicas da vítima.

Europa, continente mais posicionado em relação ao avanço da eutanásia e hoje a prática é considerada legal desde 2002 na Holanda e Bélgica; Luxemburgo em vias de legalização; Suécia autoriza a assistência médica ao suicídio. Na Suíça, Alemanha e Áustria, o médico pode administrar dose letal a um doente terminal, com o consentimento do paciente.

Saudar a vida é um exercício teológico, escatológico, eclesiológico e cristológico  http://is.gd/iN4Pb

Mi – Cps, 1415/12/10
Fonte: http://is.gd/iN1oR