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domingo, 27 de março de 2011

Angústia x Bom Humor

Sempre me agradam brincadeira, sorriso e alegria, mas ao ficar só, que não é o meu caso, muita gente se angustia. Mesmo porque deparamos com pessoas que escondem seus conflitos atrás do bom humor. 

E isso é bom! Já que nunca vamos sair vivos da vida, logo é bom levá-la com muita leveza.

Sartre fala que a angústia surge quando o homem percebe a irrevogável liberdade, mas diante de várias possibilidades sente-se angustiado ao saber que quem escolhe é ele. Freud disse que vivemos um profundo mal-estar e ao analisar nosso psíquico viu nele o conflito interno entre três instâncias psíquicas fundamentais ao equilíbrio do ser: a vontades (id) atrita com o instinto repressor (superego).

Não temos tudo o que queremos logo o conflito entre o id e o superego gera angústia e outros distúrbios emocionais, tais como cansaço físico-mental, abaixamento da auto-estima e comportamentos nada adequados.

Em outras palavras Cecília Meireles completa com sua Obra: "Motivo"

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.
Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:— mais nada.
Elvis era assim - http://is.gd/xFqiA6
Mi - Cps, 27/03/11

sexta-feira, 25 de março de 2011

A Vitória da Vida

Pobre de ti se pensas ser vencido!
Tua derrota é caso decidido.
Queres vencer, mas como em ti não crês,
tua descrença esmaga-te de vez.
Se imaginas perder, perdido estás.
Quem não confia em si, marcha pra trás;
A força que te impele para a frente
é a decisão firmada em tua mente.
Muita empresa esboroa-se em fracasso,
inda muito antes do primeiro passo;
Muito covarde tem capitulado,
antes de haver a luta começado;
Pensa em grande, e os teus feitos crescerão;
pensa em pequeno, e irás depressa ao chão.
O querer é o poder arquipotente.
É a decisão firmada em tua mente.
Fraco é aquele que fraco se imagina;
olha ao alto o que ao alto se destina;
A confiança em si mesmo é a trajetória,
que leva aos altos cimos da vitória.
Nem sempre o que mais corre a meta alcança,
nem mais longe o mais forte o disco lança,
Mas o que, certo em si, vai firme e em frente,
com a decisão firmada em sua mente…”
Bastos Tigre

Triste humanidade que acha que as diferenças se resolvem com a força

Sobre Emmanuel Levinas

Emmanuel Levinas
(Kaunas30/11/1906 /Paris, 25/12/1995)
Filósofo francês de família judaica na Lituânia.

[... "O 'egoísmo' da ontologia mantém-se mesmo quando, ao denunciar a filosofia socrática como já ouvidador do ser e como já a caminho da noção do 'sujeito' e do domínio técnico, Heidegger encontra, no pré-socratismo, o pensamento como obediência à verdade do ser, ... como toda a história ocidental, concebe a relação com outrem como cumprindo-se no destino dos povos sedentários, possuidores e edificadores de terra. A posse é a forma por excelência sob a qual o Outro se torna o Mesmo, tornando-se meu"....]

Na sua obra Autrement qu’etre (1974) traz a inquietação dos seis milhões de judeus assassinados durante o Holocausto (Shoah), marcado pela dominação do homem sobre o outro homem. Em 30 anos viu duas guerras mundiais, os totalitarismos de direita e esquerda, hitlerismo, stalinismo, Hiroshima, o goulag, genocídios de Auschwitz e do Cambodja. Século que finda estes nomes bárbaros, com sofrimento e mal impostos de maneira deliberada, mas que nenhuma razão limitava na exasperação da razão tornada política e desligada de toda a ética.

Ele fala do pensamento ocidental, que a partir da filosofia grega, desenvolveu-se como discurso de dominação. O Ser dominou a Antigüidade e a Idade Média substituído depois pelo eu da época moderna, até hoje. Sempre sob o mesmo sinal: a unidade unificadora e totalizante que exclui o confronto e a valorização da diversidade, entendida como abertura para o Outro. A obra alerta para uma emergência ética de se repensar a filosofia com um novo olhar em direção ao Outro. Inspiração buscada na sabedoria bíblico-judaica.

Confrontando a filosofia ocidental, dialoga constantemente com os pensadores da tradição, como Platão, Descartes, Kant, Hegel e Bergson. Estão sempre presentes em sua obra, Husserl e Heidegger seja partindo deles, seja já tentando superá-los e afirma: “quase sempre, começo com Husserl ou em Husserl, mas o que digo já não está em Husserl” e, em outro lugar: “Apesar do horror que um dia veio associar-se ao nome de Heidegger — e que nada poderá dissipar — nada conseguiu desfazer em meu espírito a convicção de que Sein und Zeit, de 1927, é imprescritível”.

De Descartes guarda a descoberta da idéia do infinito, tomada como orientação metafísica para a sua ética. Contudo, segundo Levinas é com Franz Rosenzweig que comunga suas maiores intuições, autor esse "presente demais para ser citado".

Autrement qu’etre fala de uma sociedade que alcança nossos dia, onde a competição, falta de solidariedade, constante subjugação e que coloca à margem a maioria de seus integrantes. Uma humanidade egoisticamente ambígua que torce pela paz e pela guerra. Enfoca um Império ancorado no egoísmo, na imposição e no controle do Eu sobre o Outro e do Eu sobre outrem. A partir da Alteridade, coloca a Ética para uma reflexão crítica da Benevolência como uma não superação do egoísmo, na realização do Eu. Onde compreendemos uma específica crítica à sociedade contemporânea.

ALTERIDADE EM LÉVINAS - Egoísmo, a própria e exclusiva subjetividade, que sustenta o pensamento ocidental, característica da "filosofia do poder". O Eu que se basta em si mesmo, uma realidade definitiva que marca o ego como reduto do ser ao ente: o eu-em-mim-mesmo.

O Ser fechado nega a exterioridade, a transcendência, numa mesmicidade ontológica. Para Lévinas a exterioridade, o Infinito da pessoalidade se dá no encontro com outrem e nos faz sair da unidade para a multiplicidade ressaltando a importância do encontro com o Outro, onde determina o acolhimento e conduz para a igualdade.
[... "No acolhimento que é já a minha responsabilidade a seu respeito e em que por conseqüência, ele me aborda a partir de uma dimensão de altura e me domina...” ... “O Rosto de outrem clama e na Alteridade o fechamento rompe e conduz a um novo eu: de um eu-em-si-mesmo, para um eu-com-o-outro, na exterioridade, em uma relação Eu-Outro, na qual não há negação da individualidade do Mesmo, nem tão pouco do Outro; há compartilhamento de convivência, há intersubjetividade...” ..."a relação assimétrica com o Outro, que infinito, abre o tempo, transcende e domina a subjetividade...” ..."o outro passa a ter primazia sobre o mesmo, isto é, sobre o Eu que se fixa na sua identidade e não reconhece nada além de si...” ..."esta se dá de forma concreta, numa história e numa política".]

IMPÉRIO - como um elemento motivado e inerente à centralidade e fechamento do Eu, situa-se como a expressão máxima do egoísmo, onde o ser, motivado e conduzido exclusivamente por uma subjetividade centrada e fechada em si mesmo, impõe-se ou visa se impor sobre outrem.

Esta imposição, para Lévinas, tem sua origem e fundamento desde já na compreensão realizada pelo próprio, pelo Mesmo na ontologia: "a ontologia como filosofia primeira é do poder". O Eu através da ontologia se basta a si mesmo e impor-se frente ao Outro, frente ao mundo e às outras pessoas. Segundo Lévinas: "A mediação fenomenológica serve-se de uma outra via em que o "IMPERIALISMO ONTOLÓGICO" é ainda mais visível. É o ser do ente que é o médium da verdade" que leva à "filosofia do poder, a ontologia, que não põe em questão o Mesmo, é uma filosofia da injustiça".

Refletindo a partir da fenomenologia, mas utilizando-se de uma ótica filosófica singular, ele critica a filosofia ocidental, mostrando ainda que a filosofia de Heidegger sustenta e conduz exatamente a uma conduta de Império, uma vez que "a ontologia heideggeriana que subordina a relação com Outrem à relação com o ser em geral mantém-se na obediência do anônimo e leva fatalmente a um outro poder, à DOMINAÇÃO IMPERIALISTA, à tirania".

O Império, através da ontologia, da filosofia ocidental, expressa a busca pelo domínio e pelo poder, pela submissão do Outro aos interesses e motivações do Eu.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Como explicamos os céus hoje?

O Kepler foi lançado em 2009 - Primeria missão da Nasa capaz de encontrar
planetas do tamanho da Terra e talvez menores em torno de estrelas.
O universo é bem maior do que imaginávamos. Estimam-se 2bilhões de Planetas iguais a Terra em nossa Galáxia. Dados que foram transmitido em Fevereiro/11 pelo Telescópio Kepler ao Laboratório de Propulsão a Jato da NASA na Califórnia, onde reúnem cientistas de todo o mundo. O universo abrigaria 50 bilhões de outras Galáxias iguais a Via Lacta (gigantesca área que sabemos até hoje inserir o Sistema Solar e os Planetas incluindo o nosso). Segundo as novas descobertas, mais de 100 Estrelas iguais ao Sol estão espalhadas em uma área de alguns milhões de km da Terra.


NASA – Centro de Controle - Mais de 50 anos após o início da corrida

espacial, 54 missões exploratórias ajudam o homem a

entender o que faz da Terra um lugar tão especial

Cientistas sugerem que entre 1,4% e 2,7% das estrelas parecidas com o Sol possam ter planetas com tamanho entre 0,8 e 2 vezes o da Terra. A maioria deve estar na chamada zona habitável – a distância da estrela que permite a presença de água líquida, considerada condição essencial à vida. Mas, o publicado no “Astrophysical Journal”, a quantidade de “gêmeas” nas redondezas pode aumentar.
Ilustração de Corot-7b, o primeiro planeta rochoso encontrado
fora do Sistema Solar, achado por sonda europeira
Outro tipo de estrela gigante avermelhada também pode abrigar esses planetas. Em Astros mais antigos o suprimento de gás hidrogênio já esgotaram e a detecção é mais complexa, então cientistas pretendem localizar os planetas pela força gravitacional que eles exercem e não por alterações no brilho da estrela, como no telescópio Kepler.

Como estrelas desse tipo são bem mais comuns do que as do tipo do Sol é muito provável que possam existir ainda mais Terras por ai. Com um número tão grande de planetas com tamanho parecido com o nosso, há chance de existir vida em alguns deles.

Isso anima o cientista astrônomo da Nasa José Catanzarite, um dos responsáveis pela pesquisa ao ser entrevistado pelo site Space.com

Obs. - Jornal da Cultura de 23/03/2011 - 2º Bloco, os minutos, de 06:18 à 07:26 - http://is.gd/tH5WOs

Folha SP, 23 mar 11http://is.gd/QBP9eA

sexta-feira, 18 de março de 2011

ESCOLHIDOS e PREDILETOS

Enquanto líderes religiosos são severos com os fiéis impondo-lhes condições, o DEUS de Amor usa de infinita misericórdia com Seus rebeldes filhos:
Noé se embriagou;
Abraão e Sara não acreditaram na promessa, por isso nasceu Ismael;
Isaac era medroso;
Jacó trapaceiro e mentiroso;
Moisés era gago, incapaz de falar em público e virou reclamão;
Gideão duvidou que Deus o teria escolhido;
Sansão só se envolvia com as filistéias (inimigas do seu povo);
Jeremias e Timóteo eram jovens demais;
Davi assassinou o marido de sua amante;
Elias era suicida;
Isaías pregava nu;
Jonas desobedeceu a Deus;
Raabe era uma prostituta;
Jó queria ser perfeito como Deus;
João Batista um excêntrico;
Maria Madalena possuía 7 demônios;
Noemi incentivou Rute a dormir com um homem;
Paulo era religioso fanático;
Pedro negou Cristo;
Os Discípulos adormeceram na mais importante vigília;
Marta era impaciente e invertia valores;
Tomé era incrédulo;
A samaritana namorava maridos alheios;
Zaqueu um ladrão que roubava nos impostos;
Lázaro era leproso no tempo em que a lepra vinha através de pecados;

Enfim, todos eles eram prediletos de DEUS! Deus quer frutos espirituais, não intolerâncias religiosas. Se orarmos Deus cuida das demais coisas e principalmente do Verdadeiro Encontro.


Enviado por Roy Lacerda do blog MomentoBrasil (http://momentobrasilcom.blogspot.com/)

Deus e a Ciência

Textos Sagrados e Ciência não são contraditórias e nem inimigas, elas se completam nas diferentes formas de nos fazer entender a realidade. Por exemplo:
- http://is.gd/cJ4qjx

- http://is.gd/5iknQ8

[... "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos. Porque eu quero misericórdia, e não o sacrifício; conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos."...] Oséias 4

Minhas crianças!

Chalita, sempre faz brilhantes reflexões sobre violência. Então aproveito para falar sobre pais que agridem e matam a formação de seus filhos. Um convite a compreender o que não se compreende. Filhos que mais parecem hoje brinquedos e quando pais se cansam ou se sentem impedidos de viverem suas vidas guardam-nos num canto alheio a qualquer hora ou qualquer coisa assim.
Pais verdadeiros sabem quando o filho vai sentir frio, fome, sono e insegurança. Respeitam seus horários, alimentação, higiene, deveres escolar e ainda querem que filhos tenham o melhor dentro de suas possibilidades. Por incrível que possa parecer, não é o que tenho presenciado e o que vejo de comum são pais delegando responsabilidade ao outro. Beijinhos e abraços são importantes, mas não são determinantes na educação infantil. Pessoas infelizes revoltadas que não se consegue entender o porquê de filhos. Jogos de projeções e de expectativas estão socializados? Dai a assertiva sartreana de que "o inferno são os outros". O outro se transforma "no meu inferno" quando eu projeto nele a responsabilidade para minha felicidade. Revoltante ver o descaso com os princípios, que se respeitados fariam toda a diferença na humanidade e pais tendem a ignorá-los. Pais violentam demasiadamente o emocional dos filhos quando se agridem fisicamente, verbalmente em suas presenças. É a própria existência cotidiana empobrecida através da falta de educação e de sentimento.
Estou indignada por saber que isso tudo está tão próximo de mim e não consigo mudar nem uma vírgula para estancar este processo. Tento participar efetiva e afetivamente sem sucesso. Meu Deus! Como o mundo se desviou!

Abaixo está o artigo do Chalita na íntegra.


Uma cidade educada


A EDUCAÇÃO ESTÁ NA BASE DOS COMPORTAMENTOS COTIDIANOS E É NO DIA A DIA QUE SE APLICA A TEORIA DA ÉTICA E DO RESPEITO


16 de Março de 2011 às 17:03


Gabriel Chalita


Invariavelmente, discute-se educação sob o foco da relação de ensino–aprendizagem em salas de aula. Teorias pedagógicas tentam acompanhar as mudanças tecnológicas e comportamentais e as habilidades que precisam ser desenvolvidas. A educação, entretanto, transcende a sala de aula. O desafio é a construção de uma cidade educada.

Não é novidade a assertiva de que a educação começa em casa. Os pais são as referências iniciais de seus filhos, são modelos a serem seguidos. E, como o comportamento provém do hábito, atitudes corretas ou incorretas começam a ser observadas desde a mais tenra idade.

Pais agressivos podem gerar filhos agressivos, pais mal-educados podem gerar filhos mal-educados. Consideremos alguns exemplos cotidianos: um pai que joga papel no chão, uma mãe que fura fila, um pai que trata com arrogância outras pessoas, uma mãe incapaz de cumprimentar o porteiro do edifício em que mora, um pai que não sabe dizer “muito obrigado”, uma mãe que trata preconceituosamente outra pessoa, um pai que tenta sempre levar vantagem. Cenas do dia a dia das cidades que influenciam outras pessoas a agir da mesma maneira.

O Rio de Janeiro fez uma enorme campanha no carnaval para que os foliões não urinassem nas ruas. É necessário fazer uma campanha dessa natureza? As pessoas não sabem o local adequado para urinar? Infelizmente, o que parece óbvio não é. Será que precisamos de outras campanhas que ensinem a dizer “por favor”, “muito obrigado”, “pois não”, “por gentileza”? E de uma campanha para ensinar que o lugar do lixo é no lixo? E de outra para mostrar que o planeta água começa a sofrer com a ausência de água e que, portanto, seu uso deve ser racional? E de outra, ainda, para mostrar que todos devem “tratar o outro como gostariam de ser tratados”?

A educação está na base desses comportamentos cotidianos. Ser elegante melhora o humor, melhora a convivência entre as pessoas. Um líder deve corrigir seus liderados, mas com elegância. Um professor precisa impor limites aos seus alunos, mas com elegância. É assim que se constrói uma cidade educada. A partir de famílias educadas, de escolas educadas, de empresas e organizações educadas. É no dia a dia que se aplica a teoria da ética e do respeito. E sem esperar que a iniciativa seja do outro. Se cada um fizer a sua parte, conviver será uma experiência muito menos penosa. Ou melhor, profundamente agradável.

Gabriel Chalita é deputado federal e escritor

quarta-feira, 16 de março de 2011

GÍRIAS e JARGÕES

GÍRIAS
Em nosso cotidiano enfatizamos pensamentos, explicações e significados. Revelamos formas de encarar o mundo e identificamos culturalmente pessoas no tempo, meio, classe, profissão e etc. Linguagem entre grupo restrito (idade, ocupação), para excluir estranhos ou identificar os pertencentes. Aí a gíria entra para permitir que só o grupo específico entenda. Ex:
- boca (breakdown) significa local onde são vendidas drogas ilícitas;
- fossa significa tristeza, dor de cotovelo.

Definições:
- no sentido lato (amplo largo) é língua dum grupo social ou clã profissional;
- no sentido restrito, língua caracterizada por deformações intencionais, criações anômalas, transformações semânticas, de caráter burlesco, jocoso ou depreciativo.
- no sentido técnico (politécnica) léxico ligado a um grupo de vida fechada, ou secreta (dos malfeitores) que protege mercadores, comerciantes.

Formação:
Tornam gírias a língua codificada, abreviações e metáforas que também indicam pressa em comunicar.
Transição: do grupo para o vocábulo, volta ao grupo, desgasta vai para língua comum ou desaparece. Alguns pensadores achavam que a língua caminhava para uma definição absoluta. Equivocaram! Elas surgem rápidas, mas têm vida curta (transformam ou desaparecem). Cada língua possui gírias próprias muitas vezes intraduzíveis, como vemos nas traduções de livros e filmes, que perdem significados e estilos narrativos devido às diferenças na formação da língua.
Em outras palavras, novos jeitos eletrizantes de falar, que se propagam velozmente:
- o “interessante” virou “legal” “da hora” “irado”
- o sonhar alto é “viajar na maionese”;
- delirar “delirar na goiabada”
- pirar “pirar na batatinha”
- “chutar o pau da barraca” é “descontrolar”.

Quem as inventa:

● Presos
Por não ficarem tão isolados, do carcereiro, advogado, médico, jornalista etc. Então se servem de código exclusivo, ao ser decifrado cai no uso da sociedade, logo inventam outros.
- Fazer uma fita: assaltar
- Passar um pano: acobertar alguém
- Berro/cano: revolver
- Homens, Justa, Tira, Meganha, Cana dura, Kojak: policial
- Delega, Doutor, Delerusca: delegado- homem da lei
- Vagulino, Vagaba, Crocodilo, Corujão: vagabundo de quinta
- Aço no abdômem, Eco: tiro
- Mato sem cachorro/pintou sujeira: flagrante
- Presunto: defunto - comida de piranha
- Cabrito importado, muamba: produto ilegal
- Boca ou língua nervosa: entregador – delator ou falador
- Dedo de anzol, Língua de tamanduá, Dedo duro, Dedo de seta, Dedo de cimento armado - Língua maldita, Língua de sabão: - delator ou alcagüete
- Um cinco um, Gato mestre, Quatorze: – gato, ladrão
- Um sete um: falsário – mentiroso - golpista
- Cento e cinqüenta e sete (artigo157 do Código Penal): – assalto à mão armada
- Artigo doze, Dois oito um (artigo 12 e 281 do Código Penal): - tráfico de drogas
- Dezesseis (artigo 16 do Código Penal): - vício de drogas
- Grampeado: – preso
- Boca isolada – lugar
- Pintou sujeira, Sinal vermelho – delator na área
- Tubarão, Mestre tubara – ladrão de gravata

● Surfistas:
Abar: -"filar" coisas no surf, rango, parafina...
Aloha: - Saudação havaiana de boas vindas.
Big rider – o bom que pega ondas grandes.
Bóia: - demorar na água; ser ultrapassado pela galera nas ondas, ficar boiando...
Brother: - cumprimento. (Fala, Brother!)
Cabrerão: - medroso, frouxo, bundão.
Cabuloso: - doideira, esquisito, estranho.
Caldo: - cair da prancha.
Casca grossa: - bom em situação difícil.
Colocar Pilha/Pilhar: - incentivar fazer pressão / Aborrecer.
Do Surf: - quem é do surf/ massa, doideira, legal.
Free surfer: - que não compete. Surfa por puro prazer e de preferência, longe do crowd.
Grommett: - que tem entre 10 a 12 anos de idade.
Haole - de fora do Hawaii/ que não é do local onde está surfando.
Inside: - arrebentação.
Jaca: - ficar horas para pegar uma onda e quando consegue leva um caldo.
Jojolão: - vacilão, cabaço, prego.
Kaô: - mentiroso (mó kaô= maior papo furado).
Larica: - súbita fome e ou algo que mate a fome rápido.
Localismo: - rincha dos surfistas, disputas por ondas. Os surfistas locais (moradores) pensam que têm mais direito ao oceano.
Mar Gordo: - onda larga, difíceis de pegar.
Marola: - parte rasa do mar com ondas menores.
Maroleiro/Merrequeiro: - que gosta de ondas pequenas.
Merreca: - Onda "péssima"; sem condições de fazer um belo Surf.
Me Quebrei: - Me dei mal.
Mormaço: - surfistas trapalhões, nas ondas vêm para cima de você.
Pangas do Pântano: - mora na praia (caiçara), tem tudo para surfar e tem medo do mar.
Paraíba: - banhista que lota a praia e atrapalha manobra no inside (arrebentação).
Pico/Point: - parte mais alta de uma onda ou lugar/local considerado interessante.
Pipocar: - amarelar, ficar com medo de um mar grande ou similar.
Prego: - que não pega onda muito bem.
Pro: - Surfista profissional, competidor que ganha dinheiro.
Rabear/Raberar: - surfista entra na frente da onda de outro surfista, está dropando e quebrar o lip.
Rabuda: - rouba onda.
Ramado: - do lugar.
Rip: - em forma.
Secret Point - local secreto.
Show/Stryle: - coisa boa; mar show.
Sufrista: - não sabe surfar, mas se acha o melhor da água; fala demais e surfando nada.
Tá Gringo: - mar excelente.
Tocossauro: - prancha velha, amarelada, pesada, escabufada.
Trip: - Viajar para lugares de altas ondas.
Vaca/Wipe Out: - tombo; queda.
Varrer - onda grande, ou série dela que pega todos desprevenidos no inside.

● Estudantes:
Vivem em grupo têm o mesmo gosto, logo criam sua linguagem vinda de uma novela, seriado, filme, internet ou deles próprios:
Animal: - muito mal
Azaração: - paquera
BV: - boca virgem
BFF=Best Friens Forever: - melhor amiga para sempre
Bolado: - chateado
De Lei: - é assim
Irado: - muito bom
MP: - mente poluída
Selva: - festa em que todo mundo pega todo mundo
SOS (só o olho salva): - cara muito feio
Zoar: - bagunça, brincadeira

● Época
Outro fato que muda e influencia gírias é o tempo, com o passar dos anos mudam. Algumas persistem até os dias de hoje e fazem parte do nosso vocabulário habitual, como é o caso de “legal” (interessante) ou “caramba” (surpresa). As antigas voltam, não por saudosismo, nem revival da linguagem. É que traduzem melhor e de forma mais compreensível, algo que uma palavra clássica acabaria por complicar e as apagadas pelo tempo ganharam substitutos atuais.

● Região
Histórias de Jorge Amado e Érico Veríssimo tratam de assuntos universais, amor e família. O que as diferenciam são as gírias regionais, que conferem um caráter verossímil à história. Não se imagina personagens de Guimarães Rosa falando como um urbanista. Despersonalizaria as criaturas. Cada lugar mostra a maneira como seus habitantes vêm o mundo. Nordestino e gaúcho utilizam signos distintos para um mesmo referente. Exemplos clássicos de regionalismos lingüísticos:
- Manihot esculenta, conhecido por mandioca, aipim e macaxeira;
- Prostituta pode ser quenga, messalina, chinoca. As gírias regionais são utilizadas por políticos em campanha para parecerem próximos dos eleitores. Aparentado viver na mesma realidade com a falsa impressão que ambos pertencem a um mesmo mundo. Quando palavras são criadas, todo um mundo se cria junto com elas e desse mundo só faz parte quem é capaz de entender o significado delas.

● Nível Social
Décadas de 1960/70, a linguagem marginalizada encontrava grande espaço nas peças teatrais de Plínio Marcos. Hoje, o cinema (Cidade de Deus de Fernando Meireles e Carandiru de Hector Babenco), a televisão (Cidade dos Homens) e a música (Negra Li e Marcelo D2) representam esta sociedade excluída com seu modo de falar têm alcançado grande sucesso e repercussão da mídia e do público. O livro (Abusado) de Caco Barcelos que relata a favela e o crime, semelhante à verdade e retratam de forma fiel o linguajar realidade social, para identificar o lugar e o neologismo é escudo protetor reafirmado valores e cultura da periferia, contra a sociedade que os oprime. Para entender o que eles falam é necessário o background, ou seja, compreender o universo em que as gírias são faladas, uma vez que o consenso do que é dito vem dos costumes, da cultura e do lugar. A conseqüência é a diferença entre línguas, cada uma constrói sua própria maneira de enxergar o mundo realizando recorte simbólico na massa indiferenciada, enxergando aspectos diferentes sobre o mesmo. E na diferença, há outra diferenciação realizada através da gíria. Se para Fernando Pessoa a língua constituía o valor mais importante na sua formação "Minha pátria é a língua portuguesa", as gírias criam pequenos "estados" dentro da pátria. Grupos que rejeitam costumes, regras ou maneiras do seu meio, criam identidades próprias, através do mesmo vocábulo. A gíria, muitas vezes escolhida por questões de âmbito emocional. Exemplo da frase com ênfase: “Meu, desencana disso!” e “Esqueça”.
Vocabular e a escolha que se faz para o mundo através da linguagem, enxergamos utilizando palavras, mas através delas, selecionamos o que e como seremos, mesmo que muito do que se construa esteja além do que elas possam explicar.

● Futebol:
- Todo mundo sabe que o jogador Edmundo, atende por “animal”. Osmar Santos o primeiro a chamá-lo assim contagiando a imprensa e a galera, hoje de nada adianta o ex-craque fingir que não é com ele. Mas, não é invenção brasileira. Dizem que na Alemanha, a palavra “animal” (tier) é muito empregada para retratar a vitalidade de um atleta em qualquer esporte “animal” do latim anima que se refere à alma, à garra, e também de animales, o ser de instinto muito forte.
- Há também o caso do Vagner Love que no dia de uma concentração foi pego com uma mulher no banheiro do vestiário, quando o Milton Neves se referira sobre ele chamava-o de Vagner Love
Exemplos:
- Maria Chuteira: mulher que só namora jogador de futebol
- Pro chuveiro: ser expulso do jogo
- Onde a coruja faz o ninho: canto superior da trave onde a bola entra de modo indefensável
- Ta no filó: gol, bola na rede
- Carregador de piano: jogador que não aparece na mídia, mas é essencial para o time.
- Perna de pau: sem habilidade
- Juiz caseiro: Juiz que favorece o time da casa

● Mídia
Os meios de comunicação de massa (televisão e o rádio) são inventores, mas seu principal papel é o de propagar os novos vocábulos por toda a sociedade. As expressões que a mídia cria fica na boca do povo:
Filmes:
A Cidade de Deus:
- Aspira: inexperiente
- Zero Um: primeiro a desistir
- Fanfarrão: aquele que comete um deslize ou diz uma besteira
- Meu coração te escolheu: estou apaixonado por você
- Meu nome agora é Zé Pequeno: auto-afirmação
Tropa de Elite: - perdeu boy! A casa caiu!
Novelas: - é mole não! / to certo ou to errado!
Seriados: - Cala boca Magda!
Comercias: - bela camisa Fernandinho!
Humor: - deixa dilsso, para cuisso! Oh da poltrona!
Músicas: - É o amoooor!

● Malandro Malandrez ou Malandrês
Das ruas e dos morros são divulgadas pelos usuários de droga, traficantes, moradores de favela etc. Em, “Alô malandragem, Maloca o Flagrante”. Dois amigos malandros autênticos representantes da malandragem carioca deixam bem claro que suas obras são muito diferentes:
- Moreira da Silva inventou o samba de breque, seu jeito malandro é um personagem muito bem vestido de terno branco que nunca banca o otário. Moreira pega leve com sua geração. Vigora o paco, célebre conto do vigário, o sonho com o milhar do bicho, o amigo urso que pede emprestado e não devolve. No máximo esvai-se em sangue, em slow motion humorístico, o vagulino de Na Subida do Morro, aquele que “bateu numa mulher que não era sua” e acabou esfaqueado anatomicamente – “Duodeno, vesícula biliar, faço-lhe uma tubagem – Protesto no máximo contra a inadimplência dos devedores do BNH (Inadimplente).
- Bezerra da Silva é recolhido nos morros do Rio e da Baixada Fluminense e pega pesado. Tiros, sirenes de polícia, profissão de cadáveres e muita picardia saem de seu disco. Os dedos-duros, Línguas de Tamanduá, são impiedosamente vergastados, assim como os otários e corujões (curioso alcagüete).
“Conversa de bambas, o confronto dos malandros” - Moreira e Bezerra
Da era do malandro alinhado, chapéu de panamá, camisa de malha de seda, que no máximo prometia deixar o rival “todo cortado’, a artilharia pesada atual, do tempo do malandro rife, não apenas as armas e as gírias, mas também os costumes mudaram. O que se segue, mais do que um glossário comparativo, seria um hipotético diálogo de gerações, situações e cacoetes da marginalidade carioca.
- Tarik de Souza - JB de 23/04/1986
Trecho da música do Mc X e Cássia Eller (Acústico MTV)
“… não curto isso aí, mas to ligado na parada que domina por aqui, fumando um baseado, curtindo de leve, no pagode lá na área to esperto, no movimento que se segue, segue e vai. Eu vou levando eu vou curtindo até não dar mais. Tudo prossegue normal até onde eu sei, enquanto isso é melhor cerveja que vem, leva essa traz mais uma põe na conta, to sem dinheiro ta valendo to à pampa..”
- As pampas: - satisfeito demais
- Atrás da muralha: - estar preso
- Pequena: mulher - criança
- Encanado: - preocupado / preso / grampeado
- Ripar: - castigar / surrar
- Peixeira: - faca
- Matraca: - quem fala muito / falador / metralhadora
- Zé mane: - otário / bobo / quem marca bobeira
- Rango/Ciscante/Galeto assado: - refeição
- Buteco: - botequim / bar / boca isolada
- Dar pinote/corcovear/saltar de banda/sair batido/desguiar na carreira: - fugir correndo
- Pendura: - sair sem pagar
- Ficar miudinho: – preparar para a briga
- Cachanga: – barraco, casa
- Muvuca: – muita gente
- Dividida: – troca de tiro com os “homens” polícia
- Malandro rife: – boa gente, gente fina
- Fraga/Fragoroso: – flagrante
- Antena: – chifre na cabeça dos outros
- Bater pra alguém: – avisar
- Esperto demais/Malandro demais: – otário
- Gavião/Ricardão: – paquerador
- Uns e outros: – a pessoa de quem se fala
- Cara de boi/chifrudo/Touro/Vinte e um: – marido traído
- Lubiza, Dois é de caifaz, Coisa ruim, Forma de fazer capeta, Espírito mau, Forma de fazer lubisomem, Forma de fazer pomba gira: – capeta

● Tribos ou populares
Todos falamos ou conhecemos e fazem parte do nosso cotidiano:
- A preço de banana: - muito barato
- Busão: - ônibus
- Canhão, dragão: - mulher feia
- Comer pelas beiradas: - chegar de mansinho
- Vai indo que eu já vou: - jeito brasileiro de expressar o tabu da morte
- Abotoou o paletó de madeira: - fechou-se o caixão
- Bateu a caçoleta: - morreu
- Bateu o cachimbo: - os vícios morreram
- Morte de mau-sucesso: - morrer no parto
- Terra dos pés juntos: - alusão ao hábito de atarem os pés do defunto.
- Bateu a bola: “bola” é cabeça, crânio.
- Bruce/Caô: - enganar
- Esticou os cambitos: - morreu (cambito é perna fina, forquilha da canga do boi).
- To lascado/danado: - com azar.
- Rasgado: – bravo
- Vuco-vuco: - bagunça
- Chique de doer: - bonito
- Mina: - namorada
- Poia: - melhor amiga
- Goma: - casa

● As antigas:
Bodega: coisas
Mequetrefe: sem valor
Bafafá: confusão. Do árabe bafaf quer dizer bolo.
Pindaíba: sem dinheiro. Do tupi, “pinda” significa anzol e “aiba”, ruim.
Xilindró: prisão. Da língua banto dos escravos brasileiros significa esconderijo no mato.
Patavina: nada. Na IM aluno ridicularizava o ensino de latim, pelo autor Titus Livius Patavinus.
Arco da velha: muito antigo.
Araque: sem valor. Bebida árabe; conversa vira de “araque” por beber muito e não saber o que se diz.

● As músicas:
Cantora/autora da MPB, a carioca Dora Lopes de Freitas prestigiada na época do rádio emplacou sucessos, como: Toalha de Mesa, Ponto de Encontro, Samba na Madrugada e Pó de Mico, em 1983, aos 62 anos morreu esquecida.
Sua inclusão entre os primeiros militantes da bossa nova deveria ser obrigação, especialmente pela faixa Tostão Não É Troco. Um breve scat singing: "você é quadrado/ você não casa no meu sincopado / você é todo na pauta / eu sou improviso / eu sou bossa nova / você é muito implicante / o meu beijo é dissonante".
No mais, autores como: Ary Monteiro, Cesar Cruz, Zeca do Pandeiro, Arthur Montenegro, Franco Ferreira, Aldacyr Louro trazem no requebro de gafieira gírias de época:
- Bom Mulato "Manera a raça e joga recuado/ tenteia que afobado come cru / vai ao local do desacerto e diz a umas e outras";
- Galã Continental "Micha essa banca de galã continental / você não é batom pra estar em tudo que é boca";
- Em Falso Cabrito é um boogie woogie: "neca de transviado, neca de rock’n’ roll, isso tudo é de araque, o negócio é teleco-teco"... (um certo Arnaldo é criticado por andar atrás das ninfetas)"...Quem gosta de broto é cabrito".
- Na Baiúca do Leleco quem faz gracinha "leva um teco".
- Diploma de Otário: "No seu bolso falta sempre 90 centavos pra um cruzeiro".
- Conversando na Gíria demanda um Aurélio datado do ramo: "uns e outros não gostam da sua chinfra/ pode ser mão de cinza / aperta seu passo major / vá lá na muvuca / faz a pedida na hora maior".
Podemos achar mais em: Dicionário da gíria, Engolobada, Banca de brabo, Nega Odete, Ninando muriçoca
Entre outras temos também Wilson Simonal: “Nem Vem Que Não Tem Nem vem de garfo Que hoje é dia de sopa” (convencer/enganar)
Vinícius de Moraes/Toquinho: “Eu caio de bossa Eu sou quem eu sou Eu saio da fossa... ...A tonga da mironga do kabuletê.

● Jargão Gírias usadas por profissionais da mesma área efetivamente, ou palavra técnica ou científica. Sofreu alterações desde a Idade Média. No início descrevia o gorjeio das aves e a fala incompreensível, um gargarejo: "jargon"(francês), "gargle"(inglês). Ao espalhar de uma língua para outra, o termo ganhou o sentido de gíria a partir do século 19, com as novas profissões, novos especialistas começaram a marcar seus territórios temáticos, criando jeitos próprios de falar. O cuidado com jargão Qualquer neologismo ou termo técnico não deve ser usado abusivamente para mostrar que se tem cultura, que se é superior aos outros. Nesse sentido, o jargão é uma linguagem condenada porque passa uma idéia de superioridade, dá à pessoa que fala certa autoridade, poder, status. Seu uso pode funcionar como pedantismo e não como cultura.

Da proibição do uso de “estrangeirismo”, a críticas ao “gerundismo” e a linguagem usada pelos profissionais de Direito recomendou-se aos profissionais da área, por exemplo:
- evitar a ordem indireta na construção de enunciados, bem como emprego de palavras arcaicas ou em desuso. Polêmica que merece considerações dependendo da situação:
- o que é dito e para quem é dito. Imagine um advogado dizendo a outro: “a sentença transitou em julgado”. Como os dois são da mesma área nenhum problema. Falando a um leigo, seria mais adequado dizer que a decisão do juiz não pode mais ser contestada e é definitiva.
Observe que é comum o emprego de termos técnicos com o uso de palavras arcaicas. Imagine agora um advogado dizendo a outro, a respeito de um cliente: “o réu vive de espórtula tanto que é notória sua cacosmia”. Seria muito mais fácil compreender a mensagem se, em lugar de “espórtula” o advogado dissesse que o réu dependia de donativos; e, em vez de “cacosmia”, afirmasse que vivia em ambiente miserável.
Alguns exemplos:
1- Cártula chéquica: folha de cheque
2- Alvazir: juiz de primeira instância
3- Ergástulo público: cadeia, presídio
Curiosidades
Nós conhecemos apenas o homicídio, veja agora alguns nomes curiosos que são usados para discriminar o assassinato de uma pessoa, por seu grau de parentesco.
Nomes do crime:
Sororicídio: morte de irmã
Mariticídio: morte de marido
Uxoricídio: morte de ex-esposa
Patruicídio: morte de tio paterno
http://www.jorwiki.usp.br/gdnot07/index.php/G%C3%ADrias_e_Express%C3%B5es:_A_Palavra_como_Identidade_Cultural?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Apresentação da Ivone

Nossa Comum
Quem atendeu o culto deste domingo (06/03/11), foi o Ancião da cidade de Ermelino Matarazzo chamado David Sanches Motollo. Estava na companhia de sua esposa Ir.Susi e de seus tios Ir.Eliane com o esposo Ir.Ailton para congregar em Nossa Comum, especialmente para fazer a apresentação.


● Hino de Abertura




● Hino 247


● Hino 224 - (só o 224)


● 1ª Oração – feita pelo Ancião…, ...

● Testemunho
Este tempo foi destinado à apresentação e testemunho do Ancião. Em seguida nos falou sobre o principal motivo de sua vinda aqui: - apresentar a Ivone à Igreja. Depois a chamou para que entregasse as saudações das Irmandades dos EUA.

● Hino 386



● A Palavra
Isaías 14: 01-23
1 Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó, e ainda escolherá a Israel e os porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com eles os estrangeiros, e se achegarão à casa de Jacó.
2 E os povos os receberão, e os levarão aos seus lugares, e a casa de Israel os possuirá por servos, e por servas, na terra do SENHOR; e cativarão aqueles que os cativaram, e dominarão sobre os seus opressores.
3 E acontecerá que no dia em que o SENHOR vier a dar-te descanso do teu sofrimento, e do teu pavor, e da dura servidão com que te fizeram servir,
4 Então proferirás este provérbio contra o rei de babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!
5 Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores.
6 Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir.
7 Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando.
8 Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar.
9 O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações.
10 Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós.
11 Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão.
12 Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
14 Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
15 E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.
16 Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
17 Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?
18 Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada.
19 Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado.
20 Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada.
21 Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades.
22 Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR.
23 E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o SENHOR dos Exércitos.
Exortação
(... "Além de saber que vou te libertar ainda te amo, Eu conheço teus erros, mas tenho compaixão de ti e teu nome está escrito no livro da vida. Família é bom, mas quem te guarda sou Eu... ”
Formamos o jardim do Senhor. Como a vassoura que hora junta coisas boas para nossos corações, outra hora tira as impurezas de dentro de nós, assim faz o Senhor, que não despreza lixos, pois de lá Ele extrai preciosidade. Também nos alertou sobre: soberba; que devemos acolher o outro do jeito que ele é ou estiver; que  não devemos desejar o lugar alheio, porque foi a cobiça que derrubou o belo príncipe de luz ... )


● 2ª Oração - feita pelo Ir. Paulo ... ... ...

● Hino de encerramento 316 (só o 316)



● Encerramento...
O Ancião fechou o culto dizendo ter se alegrado com a comunhão da Igreja que ouviu atentamente as Obras que o Senhor fez.

Obs.
A foto abaixo foi tirada em 17/01/11 dia em que a Ivone se batizou.
Com ela estão o Ancião local Ir.Jorge, meu táto Lú, o Ancião que a batizou Ir.David e sua esposa Susi.

Igreja de Maryland - EUA

terça-feira, 8 de março de 2011

Acolhimento


Alma povoada de dúvida, indagava por um grão de esperanças. Pois aquela utopia é hoje realidade! A linguagem defendida como verdade absoluta, de que contém alegria na santidade, de fato o é!
Para o desafio de não permitir que ação farisaica determine a gênese de conflitos, Deus capacita pessoas em sensibilidade e em grande poder de discernimento para cuidar, acolher e jamais espantar.
Cooperar para que pequenos descuidos não gerem grandes tragédias é sem dúvida um nidificador divino e ainda, nos conscientiza de que estamos em construção, isso nos enche de possibilidades!
Impossível descrever o que foi o evento deste domingo, de lá prá cá, o hoje vem com sabor de novidade àquela curiosidade inquieta.
Uma prosa acolhedora e descontraída entre amigos, repleta de descoberta, leveza e simplicidade. Ficou difícil acreditar que o encontro deu-se pela primeira vez, assim sendo, um divisor de água se estabeleceu em nossas vidas. Eu sentia que as coisas vinda de Deus deveriam ser sempre assim, como tenho escrito neste blog(http://is.gd/2Dhrby).
Só nunca vi principalmente partindo de um Servo a quem o Senhor confiou tamanha responsabilidade para proferir Sua Palavra transformadora aos corações. E este Servo profere com tanta alegria e amor que esta Palavra me encontrou e me acolheu!

APDD à todos e obrigada pela vinda!

Mi - Cps, 08/03/11

sexta-feira, 4 de março de 2011

Justiça tardia!

Wilson Simonal um dos melhores cantores brasileiros de formação jazzística vindo da segunda fase da bossa-nova à improvisação rítimica.



A mistura de bossa, jazz e suingue resultou na ginga brasileira.



No final de 60 já não gozava da mesma popularidade que tinha, mas cantou no quadro do Especial de Elis sobre malandragem a música de Dorival Caymmi "Rosa Morena".



Há muitas pessoas injustiçadas neste mundo e essas pessoas partem sem conseguir provar a verdade. Infelizmente a justiça é tardia e falha.



Mas, seus filhos não foram omissos em divulgar tal inocência.



O projeto dos irmãos Max de Castro e Simoninha é de homenagear o pai.



E estão conseguindo!


Mi – Cps, 10/11/2010