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sábado, 28 de abril de 2012

Sociologia na visão de Florestan Fernandes

Uma das ciências humanas recentes que nos ajuda a ver o mundo e determinadas realidades, porém a primeira ciência social a se institucionalizar, antes mesmo da Ciência Política e da Antropologia.

O que estuda?
- Formação da sociedade ou pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações, costumes que interagem entre si constituindo uma comunidade;
- Comportamento humano, reações de um sistema dinâmico próprias do meio onde está inserido, em função dos processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições (indivíduo na singularidade é estudado pela psicologia).
- Fenômenos sociais, analisa o homem em suas relações de interdependência, a compreender a cultura, as diferenças, o convívio desde relações famíliar, organização das empresas, política e religião.

O Estado se interessa e financia a pesquisa nas diversas áreas do saber; para constituir nas pessoas compreensão do cotidiano e de si mesmas como seres sociais. Espanta saber que o mundo hoje muito mais integrado e pessoas crescentemente dispersas. Sociólogos querem entender o que unia os grupos sociais e desenvolver um "antídoto" para a desintegração.

Estatísticas falam de padrões nas divergência, ou desarranjos das raça, etnicidade, classe, gênero, família, crime, divórcio e relações interpessoais.

Florestan Fernandes abre horizontes para a reflexão teórica e a interpretação da realidade social com uma nova interpretação e um novo estilo de pensar o passado e o presente.

Revela a formação, os desenvolvimentos, as lutas e as perspectivas do povo brasileiro, formado por indígenas, portugueses, africanos, árabes e asiáticos. História baseada no escambo, escravidão, colonialismo e imperialismo, na urbanização e industrialização, por meio da qual se dá a formação da sociedade de castas e posteriormente, da sociedade de classes, lutas sociais, desde as revoltas de comunidades indígenas contra os colonizadores e lutas contra o regime de trabalho escravo.

No século xx, desenvolve-se com as lutas de trabalhadores do campo e da cidade a conquista de direitos e estruturas sociais. Contribuição encontrada nos livros: A organização social dos Tupinambá, A integração do negro na sociedade de classes, O negro no mundo dos brancos, Mudanças sociais no Brasil e A revolução burguesa no Brasil.

Obra fundamental nas correntes de pensamento, além do balanço crítico de diferentes contribuições teóricas com novas possibilidades de reflexão desenvolvida em seus escritos, dentre os quais sobressaem: Fundamentos empíricos da explicação sociológica, Ensaios de sociologia geral e aplicada e A natureza sociológica.

Uma parte importante concentra-se na pesquisa e interpretação das condições e possibilidades das transformações sociais, como desafio teórico ou como perspectiva prática. Alguns livros relacionados com esse tema: A sociologia numa era de revolução social, A revolução burguesa no Brasil, Da guerrilha ao socialismo: a revolução cubana.

Entram também problemas relativos à educação popular e às responsabilidades nas interpretações prevalecentes presente no problema indígena, escravatura e abolição, educação e sociedade, folclore e cultura, revolução burguesa, revolução socialista e outros temas da história brasileira e latino-americana.

O homem se constitui como ser social no mesmo processo por meio do qual se constitui a sociabilidade. Assim, as partes e o todo constituem-se reciprocamente, modificam-se no mesmo processo em que se formam. "Da mesma maneira que a sociedade produz ela própria o homem como homem, ela é produzida por ele" (Marx). Ou seja, "sociedade e indivíduos não denotam fenômenos separáveis, mas são simplesmente os aspectos coletivos e distributivo da mesma coisa" (Cooley).

As disparidades, desigualdades e contradições colocam-se, desde o começo, como momentos nucleares das relações, processos e estruturas de dominação política e apropriação econômica que produzem e reproduzem a sociabilidade burguesa. Assim se resgata a historicidade do social, que aparece de forma desenvolvida na revolução. Naturalmente essa ampla problemática envolve sempre um diálogo com os clássicos e modernos, inclusive do pensamento marxista.

As três matrizes clássicas do pensamento sociológico: o método funcionalista, sistematizado por Durkheim; o compreensivo, formulado por Weber; e o dialético, criado por Marx. Elas sintetizam e estabelecem os paradigmas ou estilos de pensar a realidade social, que exercem influência marcante em todo pensamento sociológico no século XX. Cada método lida de forma peculiar quanto à relação do real com o pensado e vice-versa.

A sociologia é uma forma de apropriação e constituição gerada por dissolução da comunidade, emergência da sociedade burguesa, dinâmica de uma sociedade fundada nas desigualdades social, econômica, política e cultural.

SOCIOLOGIA CLÁSSICA E MODERNA.
O diálogo com os principais sociólogos ou cientistas sociais provocou a interpretação da realidade social que se encontram no horizonte intelectual de Florestan Fernandes, pelas sugestões, desafios, temas, teorias e controvérsias dos:
- franceses: Comte, Durkheim, Lê Play, Simiand, Mauss, Gurvitch e Bastide
- alemães: Weber, Sombart, Simmel, Tönnies, Freyer
- austríaco Wiese
- ingleses: Spencer, Hobhouse, Radcliffe-Brown,
- italiano Pareto
- estadunidenses: Ginsberg, Cooley, Giddings, Park(brasilianista), Burgess, Parsons, Merton e Wright Mills
- húngaro Mannheim (sobressai dentre todos)
- polones Maliniwski

Segundo o pensamento marxista contínuo amplo e crescente no diálogo desde a tradução de Contribuição à crítica da economia política e a "Introdução"(1946) das obras de Marx, Engels, Lenin, Trotsky e Gramsci presente nas reflexões dos problemas sociológicos. Momento importante do debate com Merton (1953), sobre o funcionalismo inspirado na segunda tese de Marx sobre Feuerbach: "A questão de saber se ao pensamento humano cabe verdade objetiva não é uma questão de teoria, mas uma questão prática".

O pensamento dialético na escolha dos temas e no tratamento gera crítica, mas a reflexão sociológica abre horizontes e desafios nos movimentos sociais e políticos comprometidos com as lutas e classes populares desenvolvidos por Florestan Fernandes sobre a forma da revolução burguesa e a continuidade da contra-revolução burguesa. "Trata-se de converter a teoria em força cultural e política (ou em força real), fazendo-se com que ela opere a partir de dentro e através de ações concretas de grupos, classes sociais ou conglomerados de classes".

Em diferentes escritos e momentos, o diálogo explícito ou implícito com Euclides da Cunha, Lima Barreto, Manuel Bonfim, Astrogildo Pereira, Graciliano Ramos, Caio Prado Júnior e outros cientistas sociais que compõem a família intelectual para desafiar as lutas em diversos setores populares. Recuperam algumas condições de existência (vida e trabalho), do índio, caboclo, escravo, colono, seringueiro, peão, camarada, sitiante, operário e outros pretéritos e presentes.

Anos 40, a sociedade cria recria urbaniza industrializa e migra, movimentos sociais, políticos, governamentais, regimes, influências externas, Imprensa, Igreja, todos são levados a pensar e repensar sobre o jogo das forças sociais, revolução e contra-revolução. O agrário agora é industrial sem perder o jeito rural. Mudança contínua no cenário da história imperial, conciliação de partidos, intelectuais, grupos e classes dominantes, militares e eclesiais. Década intelectualmente consolidada quando se pensa em universidade;

Anos 50, década de auto-afirmação do conflito irremediável. Acontecimentos sociais, políticos, econômicos, culturais e outros levam o intelectual a rever sua sociedade e desmistificar a história. "Inclusive, foi possível levar o desmascaramento mais longe e constatar-se que a revolução de 30 foi uma revolução elitista, com ressonância popular, que o chamado 'populismo' foi antes uma manipulação demagógica do poder burguês do que uma autêntica abertura para as 'pressões de baixo para cima"‘.

A maioria do povo é compreendido pelos grupos e classes sociais, o panorama social e histórico sai do pensamento produzido pelas perspectivas dos dominantes. Negro/trabalhador braçal/índio/imigrante/colono/camarada/peão e outros (lavoura/indústria/) são “livres”. A presença do negro na historia social brasileira desvenda o ponto de vista crítico na sociologia, ciências sociais e de outras esferas do pensamento. Fontes principais embora breves da sociologia crítica fundada por Florestan Fernandes acrescentando outras inspirações, como: a militância política, a reflexão sobre ética e política, o convívio com o pensamento latino-americano de José Martí, José Carlos Mariátegui, Ernesto Che Guevara e assim por diante.

Estilo de pensar a realidade social a partir da raiz ultrapassando a timidez metodológica e teórica ingressando em uma etapa em que todas as implicações do sistema são assumidas no cotidiano de ensino e pesquisa abrindo horizontes da reflexão sobre a sociedade e a história. Assim torna possível re-voltar às raízes pretéritas e presentes para descortinar o futuro.

Octávio Ianni, sociólogo, é professor do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas (Unicamp).
Palestra feita pelo autor no Ato Presença de Florestan Fernandes, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados na Sala do Conselho Universitário da USP em 5 de outubro de 1995.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141996000100006  

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sobre o ateísta Flew

Antony Garrard Newton Flew filósofo inglês que defendeu o ateísmo por cinqüenta anos, faleceu em 2010 aos 87 anos. Muitos estudiosos e filósofos o comparavam ao mais famoso ateu da atualidade, Richard Dawkins. De repente: “Sim, eu mudei de opinião!” Longe do ambiente acadêmico na velhice tornou deísta.

Lá pelas tantas do livro “Deus existe” há um breve relato de como abandonou o ateísmo. Percebe-se questionamentos sobre: criacionismo; o que a ciência não explica; origem da vida; inteligência; as leis da natureza e a humanidade; coisas que surgiram do nada. Indaga ele, a menos que tenha sido criada. Pronto! Flew já crê na onipotência dando a entender que a religião, em particular a cristã, pode ser verdadeira. Também aceita a explicação da ressurreição como maravilhosa e encerra dizendo que “Deus é poderoso” e com “Amém”.

Bem! Dizem que o livro não foi escrito por Flew e sim pelo pastor que não é mencionado Bob Hostetler e pelo também criacionista, Roy Varghese. Tudo indica que Flew realmente se tornou deísta, no entanto, ninguém sabe ao certo, já que sempre mudava de opinião ou era contraditório em seus escritos.

Celebrado entre os ateístas, contudo nunca foi “fervoroso” ateu, nem tampouco “fervoroso” deísta. Explorado por cristão e atacado por ateus que o chamavam de caduco.

A cerca do livro, ele mesmo admitiu a um jornalista: “Isso é na verdade coisa do Roy”, disse Flew... “Ele mostrou para mim e eu disse tudo bem. Estou muito velho para esse tipo de trabalho!”.

Ateus inconformados disseram que o livro era de Varghese, porém foi atribuída a Flew a declaração: “Meu nome está no livro e ele representa exatamente minhas opiniões. Eu não colocaria meu nome em um livro cujo conteúdo eu não concordasse 100%. Eu precisei de alguém para escrevê-lo, pois eu estou com 84 anos e esta foi a tarefa de Roy Varghese. A idéia de que alguém me manipulou porque eu estou velho está completamente errada. Eu posso estar velho, mas é difícil me manipular. Este é meu livro e ele representa meu pensamento”.

Entre verdade e mentira uma coisa é certa: a veracidade de um ateu sempre é questionável!.
Segui a razão até onde ela me levou. E ela levou-me a aceitar a existência de um Ser auto-existente, imutável, imaterial, onipotente e onisciente”. Flew

http://scienceblogs.com.br/100nexos/2008/11/antony-flew-ex-ateu-garante-deus-existe/  
http://viveraluzdapalavra.blogspot.com.br/2012/02/um-ateu-garante-deus-existe-de-antony.html

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Mais leve que a pluma? A consciência!

Voz que Deus fala e quem O conhece entende.

O coração é o enérgico portador que acusa, mas também corrige. Na correria não se nota, mas na quietude percebe que ele dá o tempo que a pessoa precisa ter com ela mesma para tirar máscaras. Hora da avaliação em que humano e Divino precisam da harmonia no canal. O coração cobra duramente e faz com que o humano se autocondene pelas coisas, sonhos ou histórias, que não deram certo. Atitude contrária da misericórdia, nesta cabe arrependimento porque restaura o que se destrói e não a constante culpa, altamente nociva e não permite consertar erros. Realmente, a pior condenação vem de dentro, sendo que se aprende com os erros, ele ajuda a superar, a ir adiante, a avançar. Daí entra Deus neste cenário e modifica o recomeçar enchendo-o de esperança. Reavaliar o dia e saber o que não ficou bem aprendido desfaz a inimizade do coração porque é ele quem zelar pela felicidade e indica e conserta erros para a superação. Aliás, Deus quer todos satisfeitos.

Outra maneira de interpretar a fé.

Mi – Base: FM – Cps, 19/04/12

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Democracia - relembrar ao votar

A palavra vem do grego: demos = povo,  kratein = governar, que definimos: “Governo do povo, para o povo e pelo povo”. 

Governo que exerce o bem comum assegura perante a lei: igualdade, oportunidade, aquisição necessária, direitos e deveres a todos. Através do voto, de plebiscito, o povo legitima seu legislativo. Regime flexível se ajusta conforme necessidade e evolução do povo, sem atentar contra o bem comum. Na democracia o povo sente-se digno e responsável por progresso e fracasso, ele é juiz e fiscal dos governantes escolhidos para agirem conforme as Leis. Estado democrático descentralizado aproveita melhor o direito e a capacidades dos cidadãos. Assim é a democracia!

Base democrática
a) A democracia é contra o totalitarismo e a toda ideologia particular. Convicta de que os governos existem para preservar os direitos naturais que Deus deu ao Homem e que nenhuma autoridade humana pode infringir. É dever do Estado proteger e promover condições materiais, sociais e espirituais permitindo integralidade a todos.
b) Na democracia a soberania é popular, ninguém se apodera do governo pela própria força e o governo tem permissão do povo e do Poder para punir transgressores.
c) Característica da democracia. Homem dotado de razão pode exprimir através de seus representantes a opinião pública. Grupos ainda não capazes politicamente têm direito a educação para adquirir responsabilidade nas questões relativas ao bem comum.
d) Há na democracia valores espirituais e tem como razão Deus, por isso é contra doutrinas que suprimem e degradam a liberdade.

A verdadeira democracia concretiza comportamento exemplar na maioria dos cidadãos. Países democráticos têm a maior cultura política, se desenvolvem mais rápidos e são bem vistos que até regimes ou movimentos totalitários (povo obedece a minoria) se dizem democráticos.

A democracia é privilégio insuperável se o operário, o rico, o sábio e o mais humilde dos homens estiverem conscientes de seus deveres e direitos e se compreenderem o valor da política terão a colaboração de todos.

No Brasil consideramos legítimo e democrático o candidato mais votado. Mas na verdade há uma ditadura na falsa democracia. Parte do eleitorado sabe de seus deveres e responsabilidades, mas infelizmente a grande maioria vota pensando em interesses próprios contribuindo para a despreocupação do governante em não cumprir promessa feita e a nos dominar por conta do anonimato das massas.


 

Em regimes democráticos, onde o povo não entende a democracia, haverá limitações e governantes iguais os de regimes autocráticos.

 

Claro que estamos muito distante, mas já compreendemos o que é a maturidade política Mudanças não acontecem de um ano para o outro, nem de uma década para a outra. O bom é que podemos começar a qualquer instante e também podemos nos prometer um tempo melhor porque o mundo faz de tudo para que nos sintamos bem, só o Homem não sabe ainda.

 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Liberdade?

Talvez seja utopia a liberdade que dizemos ter.
A filosofia entende a liberdade humana, primeiro como independência, ausência de submissão, em seguida como autonomia, ou seja, aquele que governa a si mesmo.

Mas, o que dizem filósofos e pensadores sobre essa tal liberdade?

► Para os gregos, a liberdade é via de mão dupla: de um lado independência do outro, obediência (lei). Eles têm uma noção de liberdade ambígua: “liberdade pela lei, mas sujeição à lei”. A cidadania liberta com uma mão e com a outra exige obediência, obrigações.
► Conforme Erasmo há também a idéia cristã, da submissão à autoridade.
► Em Descartes deseja-se liberdade e essa vontade depende de muitos fatores.
► Para Spinoza ser livre é agir de acordo com a natureza. A liberdade realizada em sua totalidade implica saber assumir e responder tais consequências.
Lutero afirma que o cristão é livre e desobrigado de qualquer lei se viver na fé, a liberdade é espiritual, sem conotação política.
► Em Locke política e filosofia andam juntas na busca pela liberdade, um bem que devemos proteger. Ele associa liberdade e propriedade
► Segundo Rousseau o Homem só é livre quando obedece as leis, prática possível de realizar: "Um povo livre obedece, mas não serve; tem chefes e não senhores; obedece às leis, mas só obedece às leis; e é pela força das leis que não obedece aos homens." Para ele a solidariedade vem antes da liberdade.
Leibniz, senhor de um enorme intelecto e ricas observações, que tentou unir em vão católicos e protestantes, nos faz entender que desconhecemos os desígnios e a totalidade de Deus, mas sabemos da Sua onipotência e bondade. Isso assegura que o mundo contém o máximo de coisas boas. Deus prefere que conheçamos os reais motivos pelos quais vivemos. Assim temos livre-arbítrio para agir dentro da moral e da razão.
► Em Schopenhauer, a ação humana não é absolutamente livre. O homem não escolhe o que deseja. Logo, o que parece liberdade é uma ilusão ocasionada pela pressão exercida sobre o aspecto do caráter.
► A liberdade para Sartre revela-se na angústia. O homem angustia-se diante de sua condenação à liberdade, ele só não é livre para não ser livre. Está condenado a escolher e a responsabilidade de suas escolhas é tão opressiva. Então surgem escapatórias de má-fé que o isentem da responsabilidade de suas decisões. Em Sartre liberdade é uma penalidade. "O homem está condenado a ser livre".
► Para Pecotche, a liberdade é prerrogativa natural do ser humano. Já que nasce livre, embora não se dê conta até o momento em que sua consciência o faz experimentar a necessidade de exercê-la como único meio de realizar suas funções primordiais da vida e o objetivo que cada um deve atingir como ser racional e espiritual. O conhecimento é o equilíbrio das ações humanas e em consequência, ao ampliar os domínios da consciência, é o que faz o ser mais livre.
► Segundo Kant, liberdade é autonomia, direito do indivíduo racional, através do conhecimento das leis morais e não apenas pela própria vontade da pessoa. Para ele a liberdade é o livre arbítrio e não deve ser relacionado com as leis.
► Em Karl Marx a sociedade se divide em proletários e capitalistas assim sendo, a liberdade é a busca para se escapar da necessidade. "O reino da liberdade começa onde termina o reino da necessidade". Hoje, talvez a liberdade seja o tempo livre que não se vende.
Mikhail Bakunin fala da liberdade real baseada na educação e na condição material. No sentido negativo liberdade e autoridade, não se combinam.
► Conforme Guy Debord liberdade é uma ilusão. Na sociedade capitalista a única liberdade que existe é a liberdade de escolher qual mercadoria consumir impedindo que os indivíduos sejam livres na sua vida cotidiana. Temos que escolher sempre entre duas ou mais coisas pré-determinadas por outros.
► Para Philip Pettit no Estado há uma série de particularidades, dentre elas a existência e uso do monopólio do poder coercitivo cujos membros não se desvinculam. Como ser livre submetido ao poder do Estado? Enfim...
... pessoas sujeitas as regras não são livres, mas se forem esclarecidas têm sensação de liberdade e confortavelmente assumem que para se viver em sociedade as regras se fazem necessárias. A liberdade do outro termina onde começa a dele. Pode-se querer ir e vir, desde que (condição) não prejudique ninguém. Antes que o indivíduo tenha “liberdade”, a ética o ensina ter regra para não passar sobre princípios legais. Toda vontade será exercida nos limites da lei.

Conhecendo a natureza humana no mundo moderno é possível ser o homem totalmente dono de si? Evidente que sim! Mesmo sob tais regras é grande a possibilidade de se viver muito bem.

Carpe Diem expressão latina que significa a “colha o dia” ou “evite gastar o tempo com coisas inúteis”ou “aproveite o momento” tirada de um poema do poeta romano Horácio (65 - 8 AC), que interessado no epicurismo e no estoicismo ( nas suas Odes, I, 11, 8 “A Leuconoe”) tenta persuadir Leuconoe a aproveitar o agora e dele retirar todas as suas alegrias.
"Tu não indagues (é ímpio saber) qual o fim que a mim e a ti os deuses tenham dado, Leuconoé, nem recorras aos números babilônicos. Tão melhor é suportar o que será! Quer Júpiter te haja concedido muitos invernos, quer seja o último o que agora debilita o mar Tirreno nas rochas contrapostas, que sejas sábia, coes os vinhos e, no espaço breve, cortes a longa esperança. Enquanto estamos falando, terá fugido o tempo invejoso; colhe o dia, quanto menos confiada no de amanhã."  Horácio

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Palavras

Palavras são o que o espírito gera, são conceitos antes de serem metáforas e o gesto expressa. A linguagem é mesmo uma confusão, um tremendo labirinto é ela que nos expulsa ou nos aproxima uns dos outros. Colocar palavras sob contemplação melhora todo e qualquer posicionamento. Mas, o aquietamento é mesmo necessário para o sentido. A meditação redime as palavras e exalta a voz do silêncio, além de minimizar a ansiedade, devolve a alegria e a integridade.

Fácil de praticar?
Como é condição sine qua non no que se refere respeito ao outro.Vale a pena tentar!
"As palavras guardam os mistérios, as magias, o amor, as mudanças, até o mais feio e o belo. Todas as magias do silêncio se eternizam e se desfaz com uma palavra a menos ou a mais." Denise Portes
Mi – Base: FM – Cps, 0704/12

segunda-feira, 2 de abril de 2012

"um filho teu não foge à luta"



A música chama atenção àqueles que desconhecem a própria cultura, logo a renegam. O compositor se refere ao estrangeirismo que ofusca nossos costumes autênticos. Luta que iniciou em 22 com os Modernistas" e arrasta até hoje.

Mas, não é desta luta que quero falar agora.
Quais das inúmeras lutas falo então?
Da luta contra a corrupção e da luta pela educação em prol do Brasil!

Sou brasileira e me orgulho de ser, devido à grande quantidade de pessoas comprometidas com a honestidade, moral, respeito, gente que as mídias não mostram.

É obrigação evidentemente divulgar erros, assim como incentivar o que de bom se faz mesmo sendo obrigação. Há muitos brasileiros dignos por aqui lutando pelo significado da titânica Têmis. Dói ver a todo instante a minoria corrupta sem nenhum brio causar gigantesca destruição em nossas possibilidades.

Estamos sim mais conscientes e nossos desafios menos tímidos. São conquistas pequenas contra nocividades que nos assolam é bem verdade, não está fácil fazer que desleais entendam a definição da palavra vergonha.

Mas, “um filho teu não foge à luta”. Utopia? Certamente não! Há uma nova sociedade, tomara que com ela o país se orgulhe da bela nação que é.

A luta é pela antiga e boa educação como: um olá, um obrigado, por favor, o pedido de licença ou de desculpas que não temos visto nos mais variados lugares. Precisamos de grosserias só porque supostamente a modernidade diz ser necessária?

É determinante a responsabilidade da família em dar exemplos de disciplina, valores éticos, morais, respeito. Escolas também têm fundamental importância na contribuição de cidadãos do bem. A realidade social que nos rodeia tem bastante defeito e só a educação faz virtude prevalecer. Pessoas educadas agem com dignidade, verdade, justiça, honestidade. São princípios básicos.

O conhecimento liberta, a informação expulsa hábitos perniciosos e é nosso dever ser gente boa!

Mi – Base:FM?GC - CPs, 03/04/12

Artigos relacionados à música:
- http://pt.scribd.com/doc/48930405/QUERELAS-DO-BRASIL  
- http://tuliovillaca.wordpress.com/2012/02/01/discoteca-brasilica-brasil-querelas-do/