Houve um suave aviso no dia de hoje e eu não soube
identificá-lo, porque a data é importante e agora tornou especial. Enfim, a
notícia de que uma querida e amada se foi. Não me acostumo a condição de
finitude mesmo sendo regra universal para tudo que se existe. Entretanto, a dicotomia
da vida ameniza e ajuda a transgredir permitindo às horas, aos dias. A
contrição é um descanso que toda alma merece, por isso, autoriza ao olhar
chorar dolorosamente os excessos da alma. Parte dos meus já se foi e isso me
ensinou a ter certa convivência com as ausências e agora parece que quero
desaprender. Todavia, a saudade segundo a vida é ressurreição.
O dia me deixou sonolenta, para que o impacto da
despedida fizesse com que eu revisse o filme de minha vida. Na comunhão da
existência, o estreito choro mostra que o amor de quem perdi me tocou
eternamente e fez diferença em minha vida.
Tia Rosaria de vida abençoada, de
belas atitudes, de belos exemplos e de gestos divinos. Sentia que cuidava de
mim agradeço pelo seu amor, por sua paciência quando eu atravessei minha mais plena
adolescência. Obrigada por deixar que eu compartilhasse minha vida contigo.
Deus agia através de seus atos.