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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Feliz solteira? Claro!

Flávio Gikovate conta em seu livro “Uma história de amor... com final feliz”, que já vai longe o tempo onde os versos nas canções retratavam o amor dos sonhos, daqueles que buscam por final feliz. Hoje o ideal de amor que predomina o imaginário está minguando.

Gikovate apresenta uma proposta interessante para conservar a individualidade ou vínculos superficiais. Conforme ele, o “ficar” pode ser um bom método para atingir a maturidade em relacionamentos imaturos.

Segundo o autor, a relação na modernidade preserva a individualidade, o respeito e o prazer da companhia, sem responsabilizar o outro pelo seu bem-estar. Relacionamentos não sobrevivem quando uma das partes se sente sufocada.

A pessoa que aniquila a terrível idéia de que o amor tradicional seja remédio para a incompletude trabalha a sua individualidade e consegue viver bem sozinha. O sonho de casar ainda existe, mas o amor idealizado modificou. A independência da mulher anda criando maturidade na relação afetiva ainda que superficial.

A modernidade confirma muitos divórcios e muitos solteiros levando uma vida serena sem conflitos resolvendo suas vidas sem ajuda, ocupam mais tempo naquilo que gostam, cultivam bons amigos, boas leituras, fazem o que querem, driblam a solidão, têm planos, sonham, enfim existem.

Geralmente solteiros que sonham com um amor romântico típico modelo dos séculos passados que precisam do outro para ser feliz, ou ainda pensam como os pais e imaginam ter o casamento eterno, acabam tristes e deprimido(a)s. Sabemos muito bem que ninguém preserva esta fusão romântica diante de tantas possibilidades entendidas agora.  Utopia é associar amor+casamento+completude=felicidade.


Baseado em seus pacientes, Gikovate relata que só 5% dos casados são felizes. Nos outros 95%, um manda e o outro acata. Padrão que leva ao ressentimento, mágoa, sofrimento, mentira, traição e etc., por esperar que o outro lhe dê felicidade. Amor nunca foi sinônimo de casamento feliz até que a morte separe.


Frase do autor:
"Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre o amor e a individualidade, opte pelo segundo."
[... “O individualismo corresponde a um crescimento emocional. Quando a pessoa se reconhece como uma unidade, e não como uma metade desamparada, consegue estabelecer relações afetivas de boa qualidade. Por tabela, também poderá construir uma sociedade mais justa. Conhecem melhor a si próprio e, por isso, sabem das necessidades e desejos dos outros. O individualismo acabará por gerar frutos muito interessantes e positivos no futuro. Criará condições para um avanço moral significativo. ”...]
Impressionante como o Gikovate fala exatamente aquilo que eu sou! Moderna.
Mi - Cps, 09/03/12
http://is.gd/6g5x8t