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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Aos meus irmão


A Palavra - Salmos 13: 1  Até quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
2  Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?
3  Atende-me, ouve-me, ó SENHOR meu Deus; ilumina os meus olhos para que eu não adormeça na morte;
4  Para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem vindo eu a vacilar.
5  Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação se alegrará o meu coração.
6  Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.



EXORTAÇÃO

[... Vou empurrar fora a tua tristeza, enquanto isso, louve, cante, dê Glórias para ter força, não te ouço cantar, pois então louve, que virei com a tua libertação através do louvor. Nunca deixei de ir a tua casa e sempre guardo tua vida e de teus filhos. Vejo tudo e Eu que Sou o Juiz. Santifique-se mais um pouco, note os pequenos milagres a tua volta e fique em paz. Sigo teus passos, porque Eu te comprei, Eu te remi (resgatei). Alegra-te!... ]

Fechamento: - O irmão encerrou o culto assim: “A Palavra de Deus chega longe com os recursos tecnológico. Use e profetize!


Atendeu um irmão de Minas chamado Joaquim.

APDD!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Neve no Brasil

Panalto de Stª Catarina - Município de Urubici
Não tanto quanto no exterior!

Mais quase, porque há relatos de que este fenômeno já fazia parte do nosso território sulista.

Mas para São Paulo cabe o espanto!

Se bem que papai falava de um grande frio quando ele era menino, que nós nunca teríamos como imaginar.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Neve_no_Brasil

Mi - Cps, 28/12/10

Curiosidade do d’Hermon


Ao norte de Israel
O Monte Hérmon do hebraico Har Hermon: "montanha sagrada" está localizada na porção terminal sul da cordilheira do Antilíbano, na fronteira entre Síria e Líbano. Com 2.814 metros de altitude, o seu pico está quase sempre coberto de neve, enquanto as terras ao redor queimam pelo sol de verão.

O d'Hérmon foi chamado também de Baal-Hermon. Achamos em:
- Josué 11:3/17, 12:1/5, 13:5/11;
- Juízes 3.3;
- I Crônicas 5.23;
- Salmos 41:7, 88:13, 132:3;
- Cânticos dos cânticos 4:8;
- Amós 4:3).

Talvez tenha sido o "alto monte ou o monte da transfiguração " de:
- Mateus 17.1;
- Lucas 9.28.

O orvalho d’Hermon desce lá dos céus, nos fertiliza abençoa e vivifica nossos corações.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

História do Natal digital

Cada uma que aparece...

Do e-mail que recebi dos amigos Laura/Dércio

O nascimento de Jesus na era tecnológica:

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Renovar para renascer

A existência humana se dá a partir das contradições, a experiência humana é o território delas. Nosso desafio está em diminuí-las, o problema é quando não conseguimos mais reconhecê-las em nossas vidas. Vivemos contexto de contradição, às vezes percebemos que não temos nada a ver com os nossos atos, nem somos capazes de realizar o bem que queremos.

Este é o momento em que descobrimos nossa inadequação. Como nos livrar das contradições? Situação difícil, mas a época sugere minimizar o poder que elas exercem, se atentarmos para nós mesmos. Renovemo-nos então!

Porque o processo de ontem não nos serve para hoje e muito menos para amanhã, afinal Deus nos quer em constante evolução. A reflexão ajuda a nos conhecermos melhor e este posicionamento elimina muito das nossas contraditoriedades.

Saudar é um ato de felicidade e ser feliz é estar satisfeito conosco, porque nos corrigimos de maneira certa ao desejar que o outro o seja igualmente. Quando o desejamos ao outro, não podemos nos contradizer nem tampouco querer que seja apenas para um momento. O nosso desejo tem que ser para sempre!

Entre humanos Ele nasceu os anjos saíram pelos campos O anunciando aos pobres pastores que apascentavam suas ovelhas nas noites frias de inverno dizendo: Nascido é o Rei de Israel. Eles olharam para cima e viram a estrela brilhando no oriente e para toda a terra estendeu-se a grande Luz concedendo à alma o direito de sentir-se renascida e quero que sintamos assim! Os melhores dos presentes como: o amor, paz, solidariedade, mansidão e docilidade já nos foi dado e devemos usá-los.

Sempre que renovarmos estes gestos Jesus renasce!

Mi - Base: FM - 23/12/10

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Táta! Bom passeio!

Tá longe de mim a táta!
Na despedida percebo sempre o mesmo drama: nem sempre leva o que quer (eu, lógico!). Mas, na estrada que te leva, há outra estrada que te faz ficar que eu bem sei. Partir é apenas um modo de você dizer, que só sabe permanecer! Nessa hora inevitavelmente mensuramos as sofridas ausências.

O poeta cantou: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Bem sabemos que os poetas sempre têm razão!

A partida feliz nos lembra quem deixamos e a distância nos mostra espaços chamados saudades. Partidas e chegadas revelam quem somos, o que amamos e indicam a essencialidade para continuarmos sendo.

É ai que camufla o encanto da viagem e isso é bom!

Viajar é se apresentar ao mundo que vemos, que não o conhecemos pessoalmente, mas que nos pertence! Sentir falta é conseqüência natural que faz o coração querer voltar e faz com que se vá igualmente e o tempo é mesmo paradoxal às nossas vontades. Enquanto a ida passou rápida e a volta é muito lenta para quem fica, para quem esperou, a chegada demorou e a volta já chegou.

As regras da vida são as mesmas para as viagens, os excessos de ausências pesam e impedem de encontrar o outro da maneira que o coração deseja.

Então amada táta merecidamente viaje leve, bem leve! Se leve, mas se traga...

Minha táta não é Zé da Silva, mas é Ivone da Silva e outros tanto.



A despedida Deixa-me perdida Com a alma sentida E de tua vida sumida.” (Ruth Rossini)

Mi – Base: FM – Cps, 18/12/10

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sagrado e Profano


A criação de Adão - Michelangelo

Sagrado = Sentimentos pertencentes ao domínio religioso. Inspirar profundo cumprimento do respeito, veneração absoluta e não pode ser infringido ou violado. Sempre que o homem entra em contacto com o sagrado (o divino, o transcendente) está perante um tipo particular de experiência religiosa.

Profano = do latim pro (diante de) e fanum (espaço sagrado). Não pertence à classe eclesiástica e é estranha às coisas da religião; pessoa não iniciada nos conhecimentos de uma arte, ciência e a determinada seita, classe, associação. Pode ser contrário ao respeito que é devido às coisas sagradas. Também identifica-se com o mundo em que vivemos, apontado como banal e visto inferior em relação ao Sagrado. Algo natural ao ser humano.

O Sagrado está relacionado a Deus. Entretanto não significa que o profano seja pecado, mas que não foi consagrado.

Duas categorias utilizadas pelos antropólogos para analisar símbolos sociais:
- O sagrado seria anormal, especial, do outro mundo.
- O profano seria normal, quotidiano, deste mundo.

Dois exemplos corriqueiros:
- a consagração de um cavaleiro pela Rainha da Inglaterra;
- a consagração do padre.
Dá-se aí então que o sagrado toca o profano e este se sacraliza.

Ainda temos Sagrado e profano andando lado a lado:
[... Os dias estão mudados Que grande decepção
O Profano e o Sagrado Trocaram de posição
O inferno foi levantado E o “céu” ficou no chão...].
[... Esse verso de cordel É pra igreja Mundial
Que juntou sua Babel Com o paraíso carnal
Veja agora esse bordel No Jornal Nacional]... :

[... Não pensei que existisse Coisa tão descomunal
A sessão do descarrego Até parece natural
Mas igreja e motel Eu já acho bacanal...]
[... Igreja ao lado de motel simboliza nosso tempo
no motel você bacaneia na igreja toma santa ceia
O crentinho não sabe então pra que lado ele vai
gosta tanto da igreja mas do mundão ele não sai
é penitência, oração é jejum e pagar preço
mas no fundo gosta mesmo é de pecar de todo jeito
e nessa vida muito doida vive crise existencial
no espírito é do bem mas na carne é do mal...]
Fonte: - http://is.gd/iYDmg

Na verdade igrejas devem se modernizarem e acabar com a  rigidez.
Deus tem que chegar aonde quer que esteja o povo.



E o padre Fábio de Melo representa bem e com tamanha responsabilidade este caminho.
Visitou a quadra da Beija-Flor e cantou um samba de sua autoria.



O Sagrado costuma se esconder no aparente profano, só para ser acolhido. Belo conceito!

Mí - Cps, 18/12/10

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Os mitos em nossas vidas

Joseph Campbell
O problema é o fato de pessoas não se familiarizarem com a literatura. Elas até se interessam por notícias do dia e problemas práticos do momento. Antigamente havia estímulos na vida interior para dar o real sentido à vida.

As literaturas e a Bíblia costumavam fazer parte da educação das pessoas. Hoje supridas, por uma sociedade industrial, onde se exige disciplina para um mercado de trabalho mecanicista, toda uma tradição de informação mitológica se perdeu e efetivamente nada substituiu.

Informações, provenientes de tempos antigos, sempre deram sustentação à vida humana, construíram civilizações e formaram religiões através dos séculos e têm tudo a ver com os profundos problemas interiores, mistérios e limiares que perpassam pela vida. Se não soubermos interpretá-los ao longo do caminho, o faremos sem base alguma.

Histórias nos ensinam a entrar em contato com o mundo e a adaptarmos à sua realidade. Ha grandes romances excepcionalmente instrutivos, por ser a única maneira de descrevermos verdadeiramente o ser humano através de suas imperfeições.

O ser humano perfeito é desinteressante. É o que Thomas Mann chamava "ironia erótica", o amor por aquilo que você mata com a sua palavra cruel. É por essa razão que algumas pessoas têm dificuldade de amar a Deus, nele não há imperfeição alguma. Você pode sentir reverência, respeito e temor, mas isso não é amor.

Mitos dão pistas para as potencialidades espirituais da vida humana, daquilo que somos capazes de conhecer e experimentar interiormente. A mente racional, analítica, o lado esquerdo do cérebro se ocupa do sentido, da razão das coisas.

Qual é o sentido de uma flor? Dizem que um dia perguntaram isso ao Buda, e ele simplesmente colheu uma flor e a deu à pessoa. Apenas um homem compreendera o gesto. Racionalmente, não fazia sentido esse gesto. Ora, mas podemos fazer a mesma pergunta para algo maior: qual é o sentido do universo? A única resposta realmente válida está exatamente ali, no existir.

Qualquer formulação racional nos dá uma idéia linear da coisa, mas mata a beleza da coisa. Estamos tão empenhados em realizar determinados feitos, com o propósito de atingir objetivos de outro tipo de valor e preferimos nos acomodar aos papeis de uma vida burguesa adaptada ao sistema capitalista, deixando para outros tomarem as decisões mais complexas por nós.

Longe da vibração da vida, nos esquecemos do valor genuíno, o prodígio de estar vivo e é o que de fato conta.

Por isso que as grandes questões filosóficas, embora sejam de fundamental importância à todos, seja a preocupação de apenas uma ínfima minoria. A curiosidade infantil é a mesma curiosidade do filósofo.

Bem! Como podemos resgatar nosso grande potencial humano? Lendo mitos, eles ensinam como podemos nos internalizar e entender as suas mensagens e perceber que alguns enredos são universais. Por exemplos:

● A busca dos Cavaleiros do Rei Arthur pelo Graal
Entendemos que seja o caminho espiritual que devemos fazer e que se estende entre pares de opostos, perigo, o bem e o mal, pois não há nada de importante na vida que não exija sacrifícios e algum perigo. A história do Graal diz que a terra está devastada, e só quando ele for reencontrado poderá haver a cura da terra.

E o que caracteriza a terra devastada?
É a terra em que todos vivem uma vida inautêntica, fazendo o que os outros fazem, fazendo o que são mandados fazer, desprovidos de coragem para uma vida própria. Esquecem-se que são seres únicos, cada indivíduo é diferente das demais. A beleza de uma terra rica está exatamente na convivência dos diferentes, não na mistura deles. Se tivermos um lugar ou uma era em que todos se alienam e fazem a mesma coisa, teremos a terra devastada.

"Lutamos para fazer as coisas da nossa maneira, mas quase sempre fazemos aquilo que nos mandam. Novamente é um Admirável Mundo Novo."

O Graal (cálice sagrado) simboliza o receptáculo das realizações das mais altas potencialidades da consciência humana.

O rei que inicialmente cuidava do Graal, por exemplo, era um jovem adorável, mas, por ainda ser muito jovem e cheio de anseios de vida, tomou atitudes que não combinavam com a posição de rei do Graal. Ele partiu do castelo com o grito de guerra "Amor!", próprio da juventude, mas longe da postura de rei do Graal. Enquanto cavalgava, um muçulmano não cristão, surgiu da floresta (a floresta representando o nível desconhecido do nosso psiquismo).

Ambos erguem as lanças e se atiram um contra o outro. A lança do rei Graal mata o pagão, mas a lança do pagão castra o rei Graal - separação que os padres da igreja fizeram entre matéria e espírito já que Jesus sempre se referia ao Reino como um campo em que um semeador saiu a semear; uma rede atirada ao mar; uma festa de núpcias; as aves do céu e os lírios do campo. Está claro que esta divisão pré-cartesiana foi fruto da mentalidade patriarcal dos pais da igreja, não do Cristo, entre dinamismo da vida e o reino do espírito, entre a graça natural e a sobrenatural. Na verdade castrou a natureza. E a mente e a vida européia, têm sido emasculadas por essa separação.

A verdadeira espiritualidade, que resultaria da união entre matéria e espírito, tal como era praticada pelos Druidas, foi morta. O que representava, então, o pagão? Era alguém dos subúrbios do Éden. Era um homem que veio da floresta, ou seja, da natureza mais densa, e na ponta de sua lança estava escrita a palavra "Graal" quer dizer que a natureza aspira ao Graal.

A vida espiritual é o buquê, o perfume, o florescimento e a plenitude da vida humana, e não uma virtude sobrenatural imposta a ela). Desse modo, os impulsos da natureza são sagrados e dão autenticidade à vida. Esse é o sentido do Graal: Natureza e espírito anseiam por se encontrar uma ou outro, numa atitude holística. E o Graal, procurado nestas lendas românticas, é a reunião do que tinha sido divido, o seu encontro simboliza a paz que advém da união. Graal que é encontrado se tornou o símbolo de uma vida autêntica, vivida de acordo com sua própria volição, de acordo com o seu próprio sistema de impulsos, vida que se move entre os pares de opostos, o bem e o mal, a luz e as trevas.

Uma das versões da lenda do Graal começa citando um breve poema: "Todo ato traz bons e maus resultados". Todo ato na vida desencadeia pares de opostos em seus resultados. O melhor que temos há fazer é pender em direção da luz, na direção da harmonia entre estes pares, e que resulta da compaixão pelo sofrimento, que resulta de compreender o outro. É disso que trata o Graal. É isso o que Buda quis dizer por tomar o caminho do meio. É isso o que significa estar crucificado entre o bom e o mal ladrão e ainda orar ao Pai...

Histórias ou contos de fadas são histórias com motivos mitológicos desenhadas especialmente para as crianças. Elas frequentemente falam de uma menininha no limiar da passagem da infância para a descoberta da sexualidade:

Chapeuzinho vermelho
Algo nela exige o percurso pela floresta (nosso lar de origem, onde se esconde nossos instintos), até chegar à casa da vovó (cultura tradicional que devemos respeitar). Chapeuzinho está em fase de transição e a capa vermelha lembra menstruação. A jovem é algo muito atraente para o Lobo. Ainda hoje dizemos que um homem desejoso por uma mulher é um lobo. E ela não evita conversa com o Lobo no meio do caminho, pois ele a atrai também. Na história original, chapeuzinho se transforma numa loba, para que sinta o que deseja.



Bela Adormecida
Ao completar dezesseis anos, hesita diante da crise da passagem da infância à idade adulta e se sente atraída a furar o dedo na roca que a fará adormecer. Enquanto dorme, o príncipe ultrapassa todas as barreiras que ela, sem querer, levantou contra a sua maturação e vem oferecer a ela uma boa razão para aceitar crescer. O beijo mostra que crescer, tem seu lado agradável. Todas aquelas histórias coletadas pelos irmãos Grimm representam a menininha paralisada. Todas aquelas matanças de dragões e travessias de limiares têm a ver com a ultrapassagem da paralisação, com a superação dos demônios internos.

Os rituais das "primitivas" cerimônias de iniciação têm sempre uma base mitológica e se relacionam ou à eliminação do ego infantil quando vem à tona o adulto, ou visa à por a prova o iniciado aos próprios medos e demônios internos. No primeiro caso, a coisa é mais dura para o menino, já que para a menina a passagem se dá naturalmente. Ela se torna mulher quer queira ou não, mas o menino, primeiro, tem de se separar da própria mãe, encontrar energia em si mesmo, e depois seguir em frente.

Odisséia
Telêmaco vive com a mãe. Quando completa vinte anos, Atena vem a ele e diz: "Vá em busca de seu pai". Este é o tema em todas as histórias. Pode ser um pai místico, ou, como na Odisséia, um pai físico.

O tema fundamental nos mitos é e sempre será a da busca espiritual.

Vemos que nas vidas dos grandes Mestres espirituais da Humanidade sempre nascem lendas e mitos ligados a eles, figuras históricas reais.




Guerra nas Estrelas - Filme de George Lucas o vilão Darth Vader 
George Lucas

Representa uma figura arquetípica. Ele é um monstro porque não desenvolveu a própria humanidade. Quando ele retira a sua máscara, o que vemos é um rosto informe, de alguém que não se desenvolveu como indivíduo humano. Ele é um robô. É um burocrata, vive não nos seus próprios termos, mas nos termos de um sistema imposto. Este é o perigo que hoje enfrentamos como ameaça às nossas vidas. O sistema vai conseguir achatá-lo e negar a sua própria humanidade, ou você conseguirá utilizar-se dele para atingir seus propósitos humanos, relacionar com o sistema de modo a não o ficar servindo compulsivamente. É preciso é aprender a viver no tempo que nos coube viver, como verdadeiros seres humanos. E isso pode ser feito mantendo-se fiel aos próprios ideais, como Luke Skywalker no filme, rejeitando as exigências impessoais com que o sistema pressiona. Ainda que você seja bem sucedido na vida, pense um pouco: Que espécie de vida é essa? Que tipo de sucesso é esse que o obrigou a nunca mais fazer nada do que quis, em toda a sua vida? Vá aonde seu corpo e a sua alma desejam ir. Não deixem que escolham por você. Quando você sentir que encontrou um caminho, que é por ali, então mantenha-se firme no caminho que você escolheu, e não deixe ninguém desviá-lo dele.

Podemos até pensar que isso não acontece em nossas vidas. Errado! Acontece.
Como nos comportar e quais os valores segundo os quais deveríamos viver? Temos potencialidade para correr e salvar uma criança. Está no interior de cada um a capacidade de reconhecer os valores da vida, para além da preservação do corpo e das ocupações do dia-a-dia.

Os mitos estimulam a tomada de consciência da nossa perfeição possível, a plenitude da nossa força, a introdução da luz solar no mundo. Destruir monstros é destruir coisas sombrias. Os mitos os apanham, no fundo de nós. Quando criança os encaramos de um modo. Mais tarde, os mitos nos dizem mais e mais e muito mais. Quem quer que tenha trabalhado seriamente com idéias religiosas ou míticas sabe que, quando crianças, nós as aprendemos num certo nível, mas depois outros níveis se revelam. Os mitos estão muito perto do inconsciente coletivo, e por isso são infinitos na sua revelação.

Base: Joseph Campbell
Fonte: http://www.geocities.com/Vienna/2809/mitos.html

Sobre eutanásia, distanásia, ortotanásia e mistanásia

Eutanásia (do grego "boa morte"ou "morte apropriada"), interromper a vida (desligar aparelho). Termo proposto por Francis Bacon, em 1623, na sua obra "Historia vitae et mortis", como "tratamento adequado em doenças incuráveis e sofridas" ao doente fraco e debilitado. Forma de evitar mais sofrimento desnecessário que só prolonga o período de doença.

Na ética (justificativa da ação), não há diferença entre eutanásia e o suicídio assistido (quando o próprio paciente de maneira consciente não agüenta mais sofrer e pede para morrer). São distintos nas decisões de retirar ou deixar de implantar um tratamento sem eficácia e desconfortável, para prolongar tal vida do paciente e não a cura.

Ao contrário da eutanásia e do suicídio assistido, a retirada ou não implantação de medidas consideradas fúteis, não agrega outra causa que conduz à morte do paciente.

A Associação Mundial de Medicina, desde 1987, na Declaração de Madrid, considera a eutanásia um procedimento eticamente inadequado.

Distanásia: Morte lenta ou prolongar vida ansiosa de muito sofrimento. Para alguns autores etimologicamente a distanásia é o antônimo da eutanásia. Se a distanásia significar o prolongamento do sofrimento ela se diverge da eutanásia a qual abreviar esta situação. Porém, no conteúdo moral, ambas se convergem. Eutanásia e distanásia são eticamente inadequadas.

Ortotanásia: morrer certo, correto, com dignidade, frente à morte. É a abordagem adequada diante de um paciente que está morrendo. A ortotanásia só se confunde com a eutanásia, nos cuidados paliativos adequados adotados aos pacientes nos momentos finais de suas vidas.

Mistanásia: a eutanásia social. Leonard Martin sugeriu o termo para denominar a morte miserável, fora e antes da hora em três situações:
1 - a grande massa de doentes e deficientes que, por motivos políticos, sociais e econômicos, não chegam a ser paciente por não ingressarem efetivamente no sistema de atendimento médico;
2 – doentes ou pacientes vítimas de erro médico.
3 - pacientes vítimas de má-prática por motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos.
A mistanásia é o sério fenômeno da “maldade humana" no mau atendimento, negligência que leva à morte. A grande maioria das vítimas são pessoas pobres, vítimas da exclusão social e econômica. Vidas precárias, desprovidas dos cuidados de saúde morrem antes do tempo. Comprovado frequentemente na Central de Urgência e Emergência, onde se pode presenciar a agonia de pacientes que sofrem junto a seus familiares a espera de leitos vagos nas UTIs.

Curiosidades da eutanásia

Ela nos acompanha há milhares de anos. Não sabemos exatamente como surgiu, mas era muito praticada por povos primitivos. A mitologia nos lembra que a palavra resulta do casamento entre “Eu” (bem) e “Thanatos” (morte) = boa morte ou morte sem sofrimento.

Considerada ilegal no Brasil, cujas leis sequer prevêm a prática. Não há menção no Código Penal Brasileiro, que data de 1940, nem na Constituição Federal. Legalmente falando, o Brasil não tem nenhum caso de eutanásia - quando algo semelhante acontece, recebe o nome de homicídio ou suicídio. Mas chegou a ter uma iniciativa parlamentar a favor da eutanásia, no projeto de lei 125/96, de autoria do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que pretendia liberar a prática em algumas situações. Submetida à avaliação das comissões parlamentares em 1996, a proposta não prosperou e foi arquivada três anos depois. O deputado Osmâmio Pereira (PTB-MG) propôs em 2005 um projeto de lei, 5058, também arquivado, que proibisse claramente e prática no país, definindo-a, como crime hediondo.

As Igrejas são contra. Mas há instituições brasileiras que a defendem. Uma delas é a organização não-governamental (ONG) Católicas pelo Direito de Decidir (CDD), formada por militantes feministas cristãs, dissidentes das encíclicas e de outros documentos elaborados pela cúpula da igreja e ligados à Teologia da Libertação.

Polêmica que reúne muitos prós e contras. Para os defensores é uma saída honrosa diante da longa e dolorosa agonia. Essa é a posição do ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) “Não pode haver dignidade com uma vida vegetativa. Reduzir esse sofrimento seria então um ato de solidariedade e compaixão. Os casos em que o paciente pudesse decidir por sua morte seriam ainda concretizações do princípio da autodeterminação da pessoa” disse ele a VEJA.

Saúde Pública. Também podem entrar na discussão, no que tange o custo de manter vivos pacientes sem chance de voltar à plena consciência. Para os oposicionistas, isso não é desculpa, o estado tem o dever de preservar a vida humana a todo custo, assim como o médico, cuja ética não pode abrir mão.

Uruguai. Talvez tenha sido o primeiro país a legislar sobre o assunto. Seu Código Penal remete à década de 1930, que não penaliza quem pratica “homicídio piedoso”, desde que tenha “antecedentes honráveis” e que pratique a ação mediante súplicas da vítima.

Europa, continente mais posicionado em relação ao avanço da eutanásia e hoje a prática é considerada legal desde 2002 na Holanda e Bélgica; Luxemburgo em vias de legalização; Suécia autoriza a assistência médica ao suicídio. Na Suíça, Alemanha e Áustria, o médico pode administrar dose letal a um doente terminal, com o consentimento do paciente.

Saudar a vida é um exercício teológico, escatológico, eclesiológico e cristológico  http://is.gd/iN4Pb

Mi – Cps, 1415/12/10
Fonte: http://is.gd/iN1oR

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Consumo consciente - Um assunto puxa o outro

Consumimos 25% a mais dos recursos naturais do que a capacidade de renovação que a Terra tem. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas para atender necessidades como: água, energia e alimentos. Situação já refletida no mundo.

Não precisamos dizer que esta situação certamente dificultará a vida dos nossos netos: Kauâne, Bianca, João Pedro, Mariana, Miguel, Lukas e outros netos no mundo.

Como mudamos isso? A partir das escolhas de consumo.

Claro que todo consumo causa impacto positivo ou negativo na economia, nas relações sociais, na natureza e em nós. Ao conscientizarmos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar como usar e *descartar podemos maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos contribuindo para construir o futuro melhor.

Em outras palavras, consumir com consciência busca o equilíbrio entre a satisfação pessoal com a sustentabilidade e promove em pequenos gestos grandes transformações.

O consumo consciente se pratica no dia-a-dia, gestos simples no uso, no descarte, na escolha das empresas da qual comprar. Logo, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir o sustento nosso e do planeta.
http://is.gd/hAlnW

*Descartar – relato pessoal

Outro dia, Ivone e eu fomos a uma empresa e deixamos o carro em um espaço bastante sujo que nos disseram ser estacionamento. Além de uns carros e árvores havia algumas pedras pelo chão, buracos e muito lixo como: embalagens plásticas, latas, papéis, matos e etc.

Por mais que eu tenha feito trabalhos e visto artigos que me indignaram sobre a má conservação do meio ambiente, por mais esclarecimento que eu tenha sobre o assunto, mesmo assim cometi gravíssima falta de educação.

Voltamos ao estacionamento e num ato inconsciente entramos no carro liguei e defenestrei uma goma de mascar que ganhei minutos antes, naquele espaço sujo, o qual não justifica e nem me inocenta de tão grosseiro ato.

Quando olhei, um pássaro bem observando o que joguei. Rapidamente recuperei a consciência, desliguei o carro e comecei a procurar pelo chão a goma. Até a Ivone saiu do carro para me ajudar.

Não o encontramos naquela sujeira toda, então espantamos o pássaro, por que ele estava vendo o lugar exato comentávamos nós. Removemos algumas coisas de lugar e saímos de lá com um fundo musical na voz bem baixinha da Ivone [... ela não tem educação, ela joga coisas no chão, ela não tem educação...]

E eu? Morta de vergonha, claro!

Aproveito aqui para pedir desculpas a todos e principalmente à natureza!

Miriam

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sobre comportamento, mulher e moda

Bons modos - Etiqueta é a solução para problemas inerentes da sociedade.

Lógico que a sociedade muda e com ela o comportamento humano evidentemente! No Brasil, a classe média recebeu outras classes. A necessidade agora é solucionar as formas de compreensão destas novas classes sociais que percebem a existência de regras julgadoras sem ao menos conhece-las.

Também houve mudanças nos jovens de classes mais abastardas, eles desconhecem esses códigos apesar de toda a informação, estão completamente ignorantes sobre regras de educação, filhos netos de pessoas educadas se apresentam pessimamente mal-educados.

Então como nos portarmos diante do novo cenário que pede soluções?


Temos uma enormidade de novos códigos de convivências, éticas cotidianas reguladoras para facilitar a vida de todos. Trata-se de um conjunto de recomendações para evitar mal-entendidos e serve para estabelecer condutas em situações específicas. A contemporaneidade não concorda com regras ligadas a artificialidade, a teatralidade, aquelas que vêm de cima e nada tem a ver com hoje, regras, etiqueta tem que fazer sentido.

Observar etiqueta antiga é bom para analisarmos o que funciona e como funciona o nosso querer na vida agora. Pertencer a etiqueta do sentido é reivindicar a passividade diante dos códigos para usá-los com liberdade e conhecimento de causa, agir por escolhas sabendo o que se quer. Em outras palavras é a etiqueta da autonomia, que não precisa perder o outro de vista, mas o outro não pode ser determinante. Esta é a única maneira de se relacionar bem.

Depois de anos de desprezo parece que não se tem grande procura pelo que vemos hoje. O mundo contemporâneo pede por bons modos, exige boas maneiras para pessoas se apresentarem se relacionarem e conviverem, apesar da década ser de extrema individualidade.

Mas, nem sempre foi assim, as informações sobre as regras de etiquetas começaram nos séculos XVI (1530) e XVIII (1700), as buscas por elas eram enormes. Temos idéia de como nobres se portavam á partir das Regras de Leonardo Da Vinci que era mestre de banquete na corte de Ludovic Sforza.

Normas de Da Vinci:
1) Nenhum convidado deve por a cabeça no prato, nem deve pegar a comida no prato do vizinho, a menos que antes lhe tenha pedido permissão;
2) Nenhum convidado deve colocar resto de sua comida no prato de seus vizinhos, ou mastigar sobre o prato de seus vizinhos antes de solicitar-lhes permissão para isso;
3) Nenhum convidado deve cuspir sobre a mesa;
4) Nenhum convidado deve beliscar ou bater em seu visinho;
5) Nenhum convidado deve incendiar ou dar nó na toalha, nem na roupa de seus visinhos, enquanto sentado a mesa;
6) Nenhum convidado deve fazer insinuações impudicas aos servos do meu senhor, ou brincar com seus corpos;
7) Nenhum convidado deve bater nos servos.

Em meados de 1530, a França e a Itália eram completamente rudes, então surge para ambas quase no mesmo tempo, a regra de etiqueta, muito distinta, com caminhos diversos. Nessa época começaram a aparecer os primeiros livros sobre o assunto. O primeiro Best Seller da humanidade é um livro de etiqueta (1530) de Erasmo de Rotterdam, para crianças, a partir daí apareceram vários outros.

● A 1ª linha - Etiqueta da Corte

Duque Montefeltro
Na Itália a etiqueta vem humanista, renascentista temos como referencia o livro O Cortesão (1528) de Baltassare Castiglioni ( http://is.gd/hmwlk ), que conta como era em 1482 a corte do Duque Guidobaldo de Montefeltro ( http://is.gd/hmwBj ), no Ducado de Urbino, centro da Itália. Corte de refinamento, ligada as artes, inventaram a sociabilidade perfeita. Já não era mais o nobre de sangue, mas aquele que buscava a excelência física moral e social pela incorporação da cultura. Ele, homem culto, sabia grego latim, conhecia música, dança, medicina, artes, jogos e as regras do convívio social, o ideal clássico do humanismo grego. A primeira manifestação de etiqueta que apareceu. O homem e mulher se faziam nobres pelos seus desempenhos humanos (escravos não contavam). Tudo com a maior expressatura ou expretsatura, onde mostravam uma total naturalidade, sem demonstrar o menor esforço.

● A 2ª linha – Etiqueta da Teatralidade
Luiz XIV
Ao mesmo tempo em que surgia na Itália a etiqueta da graça sem o menor esforço começava na França no Ducado de Borgonha Século XIV o auge da etiqueta na corte de Versalhes com Luiz XIV ( http://is.gd/hmypu ), o oposto da outra. Era a etiqueta da afetação, do artifício, da teatralidade e dos códigos rígidos. Nada deveria se parecer natural ou espontâneo. Aqui a etiqueta não tinha como finalidade tornar o convívio mais interessante, mais agradável ou realizar os potenciais humanos e sim dar visibilidade as hierarquias do poder onde reinava o monarca absoluto. O modo de ser e de agir queria dizer que estava com maior poder que o outro. O rei manipulava para dominar, se a rainha olhasse alguém com maus olhos todos tratavam de acompanhá-la. Era a hierarquia do nobre, do sangue, que predominava o poder, a etiqueta das aparências.

● A 3ª grande linha – Etiqueta Burguesa

Burguês
Copiando alguns modos anteriores esta etiqueta dominou os franceses e foi a qual chegou até nós. Diferente das outras duas é a etiqueta da produção, nobre por aquilo que produz e não por excelência, nascimento ou por virtude. O homem da etiqueta burguesa, pós-revolução valia por aquilo que conseguia produzir sem ter que trabalhar, só dava ordens. Não era bonito um nobre trabalhar ou poupar, se trabalhasse teria que deixar de sê-lo. - conta a história que um nobre francês deu dinheiro a seu filho para uma viagem e quando o filho voltou devolveu o que restou do dinheiro. O pai enfurecido jogou pela janela esse dinheiro e gritou ao filho: que isso!?Você é um nobre e poupou o dinheiro?-.

O que determinou a vida dessa sociedade é a produção e nesta esfera que se fez necessária uma regulação de algumas regras de código por conter excesso e violência da competitividade. Aqui também o público e o privado se estabeleceram, a vida no trabalho era uma e em casa era outra bem diferente.

Criou-se o termo da Etiqueta da Hipocrisia e nós conhecemos um dos exemplos mais típico, da sociedade hipócrita: os mafiosos, que no trabalho eram de um jeito pavoroso, matavam roubavam batiam e em casa, aquele rigor com a família.

Dualidade com ar de hipocrisia (na rua assim em casa assado).

A mulher
Da mediocridade a emancipação na sociedade ao longo do tempo, em que ocorreu uma transformação na obstetrícia e o controlo da natalidade. Mulheres passavam grande parte de suas vidas grávidas. Eram vistas apenas como um utensílio que tinha como únicas utilidades: venerar o marido e manter-se submissa a ele, criar e educar filhos, cuidar da casa. Não tinham poder de escolha/decisão em nada nas suas vidas, nem o marido podiam escolher, limitando-se a serem escolhidas e até a serem passadas para outro se o marido assim o entendesse.
Nos anos 50 este modelo chegou já meio cansado e modificado, até os anos 60 onde o bom tom, o bom gosto, o bom senso burguês, agora são violentamente contestados, seus códigos desprezados e confrontados.

Agora deveria predominar a autenticidade.

Anos 60
Um marco de mudanças no comportamento da sociedade. Inicia com o sucesso do rock and roll no rebolado frenético de Elvis. A imagem do blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, rebeldia ingénua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando.

Moças comportadas abandonaram as saias rodadas e atacaram as calças cigarette, em demonstração de liberdade. Explosão da juventude em todos os aspectos. Era Jovem ou On the Road da geração beat, começava a opor-se à sociedade nas mudanças de comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo.

Transformação radical, fim da moda única, a forma de se vestir era ligada ao comportamento, jovens pela primeira vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos. A moda era não seguir a moda, sinal de liberdade para essa juventude.

Na moda, a grande vedeta dos anos 60 foi, sem dúvida, a mini-saia, depois a japona e sahariennes (estilo safari) usadas nas ruas de Londres ou Paris. A calcinha e a meia-calça davam conforto e segurança para usar a mini-saia e dançar o twist e o rock. O unissex ganhou força com os jeans e as camisas sem gola, a mulher ousava vestir-se com roupas masculinas, como o smoking (lançado para mulheres por Yves Saint Laurent em 1966). A alta costura perdia cada vez mais terreno para a confecção, importante era o estilo, então o costureiro virou estilista.

O que caracterizou a juventude feminina dos anos 60 foi o desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e sexual. O anticoncepcional proporcionou a elas um comportamento sexual mais liberal. Ainda faltava a igualdade em direitos, salários e decisão. Os anos 60 chegaram ao fim, coroados com "Woodstock Music & Art Fair", que reuniu cerca de 500 mil pessoas, 3 dias de amor, música, sexo e drogas.

No início da década elas pensavam assim: http://is.gd/hqdJS

Anos 70
Era a vez do o hippie-chic com as estampas multicoloridas e os tecidos de estilo cashmere indiano; a mini-saia da década anterior, ainda marcava presença no início dos anos 70. A mulher passou a ser romântica e despojada: com cabelos desalinhados, saias indianas longas ou curtíssimas, batas e estampas florais. A moda unissex entra com boca-de-sino e sapatos plataforma.

Juventude inexperiente e desconhecia o rumo a tomar sabia apenas que não obedeceria a padrões reinantes. A moda seguiu a corrente hippie. O ocidentalismo considerado decadente acabou resultando na consolidação da própria contestação, tendo como bandeira um pedaço de tecido grosso, azul e desbotado: o jeans.

Anos 80
Eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas e o jeans alcançou seu ápice ganhando status. Pode-se dizer que os anos 80 começaram realmente em 1977, com o sucesso da música inspirados no filme “Saturday Night Fever”. Voltaram o glamour da noite e o charme do excesso e do brilho, deixando para trás o estilo hippie dos anos 70. A juventude trouxe de volta o que já era considerado “velho”: roupas sob medida e vestidos de baile. Os anos 80 seguem o charme e a sofisticação dos anos 60, porém com certo exagero.

As mulheres ingressaram maciçamente no mercado de trabalho, à procura por cargos de chefia, adotaram o visual masculino. Cintura alta e ombros marcados por ombreiras era a silhueta de toda a década, ao lado de pregas e drapeados para a noite ou dia.

Acessórios dourados, tamanho era sinônimo de atualidade, vestidos passaram a valorizar mais o corpo feminino, com cintura marcada, fendas, tops sem alças ou saias balonês. O visual era extravagante, mini-saia com legging, macacões e shorts, as cores cítricas fizeram muito sucesso, como o verde-limão, o amarelo e laranja fosforescentes. A maquiagem abusou do colorido nas sombras, olhos bem pintados e batons de cores vivas, como o vermelho, pink e marrom escuro.

Anos 90
O exagero dos anos anteriores ainda influenciou essa década. Lançaram os jeans coloridos e a blusa segunda-pele colocaram a lingerie em evidência alavancou a moda íntima, que criou peças para serem usadas à mostra, como novos materiais e cores. Na segunda metade da década de 90, a moda passou a buscar referências nas décadas anteriores, fazendo releituras dos anos 60 (cores claras, tiaras) e 70 (plataformas em tamancos e modelos fechados, geralmente desproporcionais), tudo mesclado a modismos dos anos correntes. No trabalho a mulher não podia aceder, na magistratura, diplomacia e política.

Curiosidades:
• Mulheres casadas não podiam usar o seu patrimônio, não trabalhavam nem poderiam viajar para o exterior sem autorização do marido; enfermeiras não podiam se casar legalmente; professoras não podiam desposar de qualquer pessoa e a autorização vinha através do Diário da República e só poderia ser com um homem que tivesse um vencimento superior ao dela.

Feminismo: “sistema dos que preconizam a igualdade dos direitos do homem e da mulher”: é esta a definição de feminismo com que nos deparamos num dicionário, no entanto, ao falarmos em feminismo, referimo-nos a uma doutrina que se refletiu em movimentos sociais.

Reivindicação: só se pode falar dos direitos da mulher a partir do século XVIII, graças ao Iluminismo e à Revolução Francesa. Datam dessa época as primeiras obras de caráter feminista, escritas por mulheres como as inglesas Mary Wortley Montagu (1689-1762) e Mary Wollstonecraft (1792), "A Vindication of the Rights of a Woman", que propunha a igualdade de oportunidades na educação, no trabalho e na política.

No século XIX, o número de mulheres empregadas aumentou consideravelmente devido a Revolução Industrial. À partir desse momento as ideologias socialistas se consolidaram, de modo que o feminismo se fortificou como um aliado do movimento operário. Nesse contexto realizou-se a primeira convenção dos direitos da mulher em Seneca Falls, Nova York em 1848. Em Nova York, em 1857, aconteceu o movimento grevista feminino que, reprimido pela polícia, resultou num incêndio que ocasionou a morte de 129 operárias, justamente no dia 8 de Março (Dia Internacional da Mulher).
O direito ao voto foi obtido pelas mulheres do mundo ocidental no início do séculoXX.
Fonte: http://is.gd/hmQnD

O forte e talvez o mais expressivo exemplo de mudanças na sociedade é a mulher, que deixou o lar ganhou o mercado recheados de deveres, obrigações e com toda responsabilidade que lhe é peculiar. A mulher de hoje já não espera pelo homem para ter sua casa e seguir sua vida. Nos grandes centros, a grande maioria delas já se desassociou até da maternidade. Como são vistas estas mulheres?

O triste é ouvir que hoje da própria mulher que diz a outra mulher: “não tem marido, não tem filhos, logo não têm compromissos”.

Quem não tem compromisso são as casadas e com filhos, porque tiveram maridos para se preocuparem em seu lugar, pois não é assim o modelo antigo das mulheres submissas? http://is.gd/hmR2u

Enfim... Novamente temos que reorganizar a sociedade. O estilo pessoal de vida vem através das escolhas e não por serem escolhidas.

Mi – Base – Palestra da Glória Calil – Cps, 01/11/10 http://is.gd/hmT1S
http://is.gd/hqy2T

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre Karl Rahner

Um dos maiores teólogos católicos do século XX (Freiburg, na Alemanha – 1904). Sacerdote jesuíta, ordenado em 1932, um dos mais importantes e criativos teólogos da tradição

Os principais desafios e possibilidades da modernidade para a vida de fé, na situação cultural e teológica é possível diagnosticar e identificar três elementos:
a) Numa sociedade secular e pluralista, onde enunciados da fé perderam sua obviedade;
b) Com o pluralismo, é preciso registrar um aumento dos conhecimentos em todas as áreas do saber, o que torna difícil fazer sínteses;
c) a essas dificuldades modernas da anunciação cristã e do fazer teologia, deve-se acrescentar uma espécie de enrijecimento (Fixierung) e de incrustação (Verkrustung) de conceitos teológicos que, permanecendo imutáveis no decorrer dos séculos, não correspondem mais à situação transformada da vida e da cultura do homem moderno. Daí a sua tentativa de uma reforma metodológica da teologia católica.

A modernidade é caracterizada pela racionalidade crítica (Descartes, Kant), e Rahner é mais ousado. Introduziu o exercício da racionalidade crítica, que iria substituir a racionalidade metafísica da neoescolástica e da prática católica. E dever permanecer no tempo da pós-modernidade “modernidade tardia” (Habermas) ou como “nova modernidade” (Robert Schreiter): o exercício da racionalidade crítica deverá unir-se, no tempo da pós-modernidade, à atenção aos temas que foram esquecidos ou desvalorizados pelo projeto moderno (David Tracy).

Rahner também deu sua contribuição à teologia das religiões com a sua tese dos “cristãos anônimos”, que lhe permitia ver as religiões não-cristãs como “vias legítimas de salvação”, na dependência de “todo o verdadeiro e o bom do cristianismo”. integrada a bibliografia, católica e ecumênica, que se desenvolveu nas últimas duas, três décadas “Do cristianismo anônimo a um cristianismo relacional”.

Wolfhart Pannenberg, um teólogo evangélico identificou 25 anos após sua morte (30/03/1984), o maior legado de Karl Rahner, na teologia rahneriana uma das tentativas mais consistentes do nosso tempo de manter aberta a racionalidade reduzida da cultura secular ao mais vasto horizonte de uma racionalidade que reconhece também o mistério de Deus “enquanto ele nos ensinou a ver em cada tema teológico, aquilo que é universalmente humano”, introduzindo-se assim no vasto sulco da mais autêntica teologia cristã: “A aliança com a razão pertence desde o início á dinâmica missionária do Evangelho”.

Base: Rosino Gibellini http://is.gd/gLujp

Sobre Nélida Piñon

Nélida Cuiñas Piñon (Rio, 03/05/1937) escritora brasileira imortal, primeira mulher a se tornar presidente da Academia Brasileira de Letras, entre 1996 e 1997. Foi jornalista, contista, editora e ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais. Também é académica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

Estreou na literatura com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo (1961), que trata:
- o pecado, perdão, a relação dos mortais com Deus;
- como equilibrar realidade memória, fantasia e sonhos;
- não há situações estanques na arte, ou seja, que a faça cessar;
- o filtro é impuro e complexo.

Ao nascer o texto caos humano, traz em seu bojo imposições estéticas que engendram equívocos ou acertos.
A memória e a invenção têm uma fonte comum, são indissolúveis.
O equilíbrio provém do saber narrativo, de um manancial que propicia o advento da obra de arte.
Não há, pois, discrepâncias entre as noções que guardamos da realidade.
Entre outros.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Aconselhamento

Os três conselhos...

Casal de jovens recém-casados vivia de favores em um sítio. Um dia o marido fez a seguinte proposta para a esposa:
- Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e enquanto eu estiver fora seja FIEL a mim, pois eu serei fiel a você.

Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda.

O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito.

O pacto foi o seguinte:
- Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir o senhor me dispensa das minhas obrigações. EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho.

Tudo combinado.

O jovem trabalhou sem férias e sem descanso e depois de 20 anos chegou para o patrão e disse:
- Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa.


O patrão então lhe respondeu:
- Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes quero lhe fazer uma proposta, tudo bem? Eu lhe dou o seu dinheiro e você vai embora, ou LHE DOU TRÊS CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos; se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois me dê a resposta.


Ele pensou durante 2 dias, procurou pelo patrão e disse-lhe: - QUERO OS TRÊS CONSELHOS!


O patrão novamente frisou: - Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro.


E o empregado respondeu: - Quero os três conselhos!

O patrão então lhe falou:
1. NUNCA TOME ATALHOS EM SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida.
2. NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal.
3. NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.


Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:
- AQUI VOCÊ TEM TRÊS PÃES, estes dois são para você comer durante a viagem e este terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa.

O homem então seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.

Após primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou:
- Pra onde você vai?
-Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por essa estrada. Respondeu ele.
O andarilho disse-lhe então:
- Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez e você chega em poucos dias...


O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do 1º conselho, então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.

Após alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se. Pagou pela diária foi para o quarto, tomou banho deitou-se para dormir.

De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do 2º conselho. Voltou, deitou-se e dormiu.

Ao amanhecer, durante o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se não havia escutado gritos durante a noite, e ele respondeu que sim. O hospedeiro perguntou-lhe se não estava curioso a respeito, e ele respondeu que não.

O hospedeiro prosseguiu:
- VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A SAIR DAQUI VIVO, pois meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite... e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal.

E assim o rapaz continuou na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa.

Depois de muitos dias e noites de caminhada... Já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa.

Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um homem a quem estava acariciando os cabelos.

Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade. Respirou fundo, apressou os passos, quando se lembrou do 3º conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.

Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele pensou:
- NÃO VOU MATAR MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE;
- voltarei para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta;
- só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre FUI FIEL A ELA.

Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira em seu pescoço e o abraça afetuosamente.

Ele tentou afastá-la, mas não conseguiu então, com lágrimas nos olhos lhe diz:
- Eu fui fiel a você e você me traiu...
- Como? Respondeu ela espantada - Eu nunca lhe trai, esperei durante esses 20 anos!
- E o homem que você estava acariciando ontem a tarde? Perguntou ele.
- AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com 20 anos de idade.

Então o marido entrou abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café para comer juntos o último pão.

APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO, ele parte o pão e, ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus 20 anos de dedicação!

E nós, muitas vezes achamos que o atalho nos poupa tempo e até mesmo algumas etapas na vida e nos faz chegar mais rápido ao nosso destino, o que nem sempre é verdade... Ao andarmos por caminhos mais curtos e mais fáceis em nossas vidas, poderemos ter grandes prejuízos. Normalmente quando encurtamos nossos caminhos passamos por muitas tribulações.

Quase sempre queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito. Devemos ter em mente que algumas curiosidades nada nos acrescentam de bom.

Outras vezes, agimos por impulso, bem na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois... http://is.gd/gJ48x


Mi – Cps – 04/11/10
Base: Daniel Borges em 19/06/2002

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A discriminação sobre as mulheres

Segundo o livro Judaico-Cristão, a Bíblia, a mulher foi feita a partir de uma costela de Adão, significando, com isso, que ela ficaria ao seu lado, como as costelas. O osso da costela quer dizer igualdade entre homem e mulher, dado que não foi utilizado um osso inferior (do pé), nem um osso superior (do crânio), mas sim um osso do lado.

Outra visão, lembra que a mulher é protetora da vida, dado que os ossos da costela protegem o coração.

Sempre foi tão incutido na sociedade, que gerou nelas mesmas uma visão auto-depreciativa de sua posição nas relações sociais e como tal no mercado de trabalho. Com o movimento feminista depois de muitas lutas, as mulheres conquistaram alguns direitos e algumas barreiras sociais foram quebradas. Mesmo assim, a atual situação das mulheres, ainda é vista.

Somente em 1975 a ONU designou o dia 8 de Março como Dia Internacional da Mulher, cuja data nos remete ao ano de 1857. Dia que na cidade de Nova York - EUA, 159 operárias de uma indústria têxtil foram queimadas vivas em uma fábrica durante uma greve em que reivindicavam igualdade salarial.

Portanto a data lembra as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres como as discriminações e as violências a que muitas mulheres ainda estão sujeitas em todo o mundo.

Porém celebrar o imenso potencial das mulheres não pode restringir apenas para o 8 de março e sim do nosso dia a dia. Afinal é uma injustiça contra metade da população do mundo. Esta é uma questão de justiça e de direito.

Os preconceitos contra as mulheres vêm de muito longe e estão nos ditados, nas canções de diversos povos, nos conselhos dos mais velhos, na obra de filósofos, em sermões religiosos e em textos de pensadores, que contribuíram para aumentar a posição de inferioridade. Contudo não as impediu de se rebelarem contra tal atitude em todos os tempos.

Na Antiguidade
Platão dizia "que os homens covardes que foram injustos durante sua vida, serão provavelmente transformados em mulheres quando reencarnarem";
Aristóteles afirmava que "a fêmea é fêmea em virtude de certas faltas de qualidade".

Na Idade Média, as mulheres foram classificadas de três formas:
1) Prostitutas - eram as que se entregavam aos vícios da carne e utilizavam seus corpos para saciar os desejos ou para seu próprio ganho.
2) Bruxas - aquelas que iam contra os dogmas da igreja, muitas tinham acesso as artes, as ciências ou a literatura e padeceram nas mãos da santa inquisição, pois buscar alguma forma de conhecimento custou à vida de milhares delas.
3) Santas - elas tinham que ser moldes de virtudes da Virgem Maria, dóceis, puras e devotadas aos seus maridos. Religiosos como São Tomas de Aquino dizia que "ela era um ser acidental e falho e que seu destino é o de viver sob a tutela de um homem, por natureza é inferior em força é dignidade". Tertuliano dizia que "era a porta do Demônio".

Na Idade Moderna, não foi muito diferente, pensadores tiverem sua parcela de contribuição:
- Rousseau (séc.XVIII), disse que a mulher é um ser destinado ao casamento e a maternidade;
- Lamennais chamava-a de "estátua viva da burrice";
- Diderot escreveu que embora pareçam civilizadas "continuam a ser verdadeiras selvagens" e que ela era propriedade do homem;
- Napoleão não menos machista afirmava "a mulher é nossa propriedade e nós não somos propriedade dela";
- Kant a considera "pouco dotada intelectualmente, caprichosa indiscreta e moralmente fraca";
- Schopenhauer coloca a mulher entre o homem e o animal e diz "cabelos longos, inteligência curta";
- Nietzsche considera que "o homem deve ser educado para a guerra; a mulher para a recreação do guerreiro";
- Balzac, "a única glória das mulheres estava em fazer pulsar o coração de um homem";
- Proudhon "a mulher que trabalhava é uma ladra que roubava o trabalho de um homem".

Há diversos exemplos na história, de preconceitos contra as mulheres e outros tantos resistem ao tempo e vem mascarado nas letras musicais: piriguetes, safadonas, cachorronas e ainda chegam as mulheres frutas como: moranguinho, melancias, maçãs, enfim, rótulos que fazem sucesso entre o público masculino, mas que as limitam simplesmente ao seus corpos.

Mesmo com a implacável perseguição ao longo dos séculos, em colocá-las na inferioridade, houve uma mudança cultural e muitas delas tiveram um papel essencial:
- Anita Garibaldi, "a heroína de dois mundos" lutou na revolução farroupilha e pela unificação e libertação da Itália
- Joana Angélica - enfrentou os soldados portugueses durante a independência do Brasil
- Maria Quitéria - lutou contra os colonizadores portugueses durante a independência do Brasil
- Bárbara Heliodora - a "mulher do novo mundo" Primeira poeta brasileira culta e revolucionária, Bárbara foi uma mulher que, em toda sua vida, agiu com coragem e fibra na luta contra a injustiça
- Betty Friedam, americana, uma das precursoras do feminismo, que escreveu vários livros sobre o tema;
- Caroline Herschel, astrônoma e matemática alemã;
- Frida Kalo, pintora mexicana;
- Katharine Graham, jornalista americana, a primeira mulher poderosa da mídia e presidente do The Washington Post;
- Cleópatra;
- Elizabeth I
- Evita Perón
- Indira Gandhi
- Lady Di
- Joana D’Arc
- Madre Teresa de Calcutá
- Margaret Thatcher
- Maria dos Santos Souza e outras tantas que tiveram grande importância em diversas áreas.

A repressão perdura por várias fases históricas, hoje as mulheres estão mais aliviadas nos avanços de várias conquistas, mas a luta é árdua, mas conforme uma das citações do feminista Luiz Laurentino de Souza: "As mulheres vão governar o mundo"

Vejamos o que nos diz nosso educador http://is.gd/gA9rM


Congratulações à nossa Presidente ou Presidenta, como ela preferir!

Mi - Cps, 01/11/2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Rock and Roll

Rock and Roll – A invenção da adolescência entre a indústria e a angústia cultural: Chuck Berry e Elvis Presley

Rock filosofia

Anos 50 Rock and Roll (balançar e rolar), gíria laica negra que expressava sexo incitação, que nos anos 37/47, Ella Fitzgerald ( http://is.gd/Fvm1qh ) já trazia em seus blues. O rock tem uma aparência rebelde, mas a rebeldia vem do som da música como forma de agressão e é o que atraia a juventude. Este fenômeno ou movimento híbrido, muito distinto da música, mas através dela descrevia uma juventude ou mandava mensagens.

Surgiu no século XX derivado do *blues acelerado, ou um **boogie-woogie. Ritmo quaternário de forma musical muito pobre. Mas na verdade o movimento RR nasceu como uma expressão artística que procurava para seu mercado, a apática juventude do pós-guerra que clamava por renovação e foi criado pela indústria da cultura tecnológica, como manifestação de crítica a qualquer forma de conservadorismo.Por que os jovens escolheram como sua música?

Chuck Berry, cantor negro, pobre que sai dos púlpitos evangélicos, marca esta juventude com sua música autobiográfica Johnny B Goode que vira o hino deste movimento:  http://is.gd/IPZ245

Mas Chuck Berry, não era interessante para o sistema e nem sua personalidade permitia que afastasse de seu instinto. Não se corrompeu com o capitalismo. Chegava aos shows atrasados, não levava banda nem guitarra, foi preso acusado de pedofilia ( http://is.gd/gjn8z ).

Leva a vida a sua maneira até hoje, bem estilo rock and roll. Queria dinheiro, mas queria ser feliz.

Pela postura, atitude e fidelidade dizem que foi ele quem inventou o rock and roll, mesmo não assumindo tal autoria.



Elvis Presley chega na mesma época, cantor branco pobre, saído dos púlpitos evangélicos, ambos comprometidos com o movimento, mas com estilos próprios.

Tudo que o mercado queria. Logo reestruturaram seu marketing, até sua ida ao exército foi uma estratégia, tudo fabricado com muito dinheiro, claro, em nome desta expressão. Elvis foi legítima vítima de um mercado capitalista.

Absorvido pela indústria, não pode seguir seus estilos naturais de cantar e dançar. Tornou-se muito infeliz, em troca assinou contratos trilhardários e facilmente foi para a linha do bom mocismo desvirtuando a linha do rock and roll. Abdicou visivelmente sua liberdade de expressão: antes - http://is.gd/tSEjEA e depois http://is.gd/biMAzO


Invenção da juventude e da indústria cultural


No livro Dialética do esclarecimento de 1947, de Theodor Adorno (http://is.gd/gjcKA ) e de Max Horkheimer (http://is.gd/gjevp ) há um texto com críticas, que não esgotou seu sentido se pensarmos em nossa cultura e podemos interpretar como a construção de determinados produtos que se transformam em mercadorias com semelhanças a qualquer outro produto que podemos chamar de arte que atinge as sensibilidades das pessoas.

Neste texto os autores compreendiam que a própria cultura estava sendo produzida industrialmente em forma de comportamento humanos, estética, modo de ser, modo de pensar e de agir. A totalidade da vida que se transforma em indústria e a indústria é tudo.

Expressão artística produzida em escala industrial e o nosso comportamento também, pelo menos é o papel da publicidade contemporânea e o que ela faz para sobreviver. Nossa cultura passa realmente por um processo de industrialização.

Não somos mais senhores de nossos desejos e pensamentos e sim conforme os pensamentos dados. A propaganda é que determina os nossos desejos, ouvimos aquilo que o marketing bombardeia nossa percepção dizendo o que necessitamos.

Pensar por conta própria, nem pensar! Compramos aquilo que nos oferecem a ideia é pronta e tem que ser repetida em exaustão para que se torne uma verdade. Tão-pouco nos deixam em paz, quando menos esperamos, a TV, outdoor, horrivelmente nos colocam seus produtos.

Mi - Cps 26/10/10

Fonte: –
http://is.gd/gjgUA

*Blues é uma forma musical vocal ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva. Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, chamadas spirituals e de outras formas similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho, cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz estilística na África Ocidental. Suas letras, muitas vezes, incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou formas de escapar dela.
**Boogie-woogie é um estilo de blues, caracterizado pelo uso sincopado da mão esquerda ao piano. Foi muito popular entre os negros nos anos 30 e anos 40 nos Estados Unidos, sendo geralmente tocado pelos mesmos. As bandas em geral tinham três pianos, violões e tocavam musica country e gospel em um estilo de guitarra próprio. Os grandes nomes do estilo são Memphis Slim, Pete Johnson, Albert Ammons, Little Richard e Meade Lux Lewis que compuseram conhecidas músicas do gênero, como 6th Avenue Express, Boogie Woogie Stomp, entre outras.