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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Santo e alegre

Sempre soubemos que para ser uma pessoa temente a Deus, ela teria que ser muito séria, então, santidade lembrava tristeza, dor, algo que não sabemos explicar bem, mas era tudo aquilo que não queríamos ser. Contudo o tempo se move e suscita um entendimento novo agora, longe de ancorar nos modelos antigos dos santos, mesmo porque santidade é alegria, ela nos transforma, trás felicidade de um jeito que todos nós mais desejamos. (I Tim. 4:12 ao 16).

O siso na igreja vinha de uma cultura aonde a vida deveria ser de eterno sacrifício - antropologia da dor. No livro “Autonomia do tempo” (Schopenhauer) percebemos que é herança atribuída à idéia judaica e o cristianismo aderiu. O ser humano era movido a demonstrar fraqueza, atitude muito desvalorizada ultimamente. Quem sorria era demoníaco, a alegria era ponte para o inferno, como aquelas bruxas ou malfeitores em desenhos infantis, quando sorriem.

Antes tínhamos a impressão de que o Sagrado era repressor, hoje compreendemos que Deus nos repreende com um sorriso. Autoridade não consiste em fazer-se ter medo, santidade é ser alegre, sutil e sereno. Solvemos e absolvemos alegria para tudo em nossas vidas.

“Afinal pertence ao demônio o que damos a ele”.

Por Mi – Base: FM Cps, 01/05/08