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domingo, 24 de junho de 2012

Quando o calar é melhor que falar?

Há momento em que o silêncio tem o poder sobre a palavra. Falar é como se fosse prata e o silêncio ouro, depois de falar a palavra rouba-nos o domínio. O vivido não cabe na descrição e há fatos que nem merecem comentários, para não expô-los a banalidade verbal. Triste mesmo é falar muito e não dizer absolutamente nada. Vale a pena vez em quando pactuar com as palavras para hospedar o silêncio fecundo que por si só são cheios de significados, porque nem sempre a verdade nos chega pelas palavras Há dias em que a única novidade que queremos é a contemplação. Não dá para consumir a breve vida no oposto do que somos e dizemos. Liberdade existe em cada um de nós e libertá-la é dar oportunidade para Deus quebrar os grilhões de tudo o que nos escraviza. A liberdade interior é fruto divino que bem analisada fomenta virtudes. Outro dia li que todos os membros humanos são eretos e ficam fora do corpo, só a língua é horizontal, interna rodeada por paredes de ossos e de carnes. Então não é para se pensar o por que? Em Eclesiastes 3: 1/8 lemos que tudo tem o seu tempo determinado [“... tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar...”] [“ ...tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.”] Sim! É necessário nos aquietar, mas não podemos esquecer-nos do tempo para refletir e falar!