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sábado, 24 de maio de 2014

A leveza da amizade

Esta semana presenciei duas situações com pessoas diferentes envolvendo a amizade. No primeiro caso a pessoa se sente menosprezada pela a amiga; no segundo, a amiga imagina que a outra esteja se sentindo menosprezada. Situações distintas, uma reclama a falta de atenção e a outra se preocupa por estar faltando com a atenção; ao mesmo tempo parecidas devido o aparente motivo: correria do dia-dia.  

Todas são minhas amigas e agem da mesma forma comigo, talvez eu faça a mesma coisa, por isso não vejo problema porque lido com mais leveza e quando nos encontramos parece que estamos a todo instante juntas. Em ambos os casos percebi um triste ressentimento. 

Para mim a amizade não aprisiona não confina, mas, gera ‘pertença’ para definir quem sou e quem o outro é. Ela não é uma obrigação é generosa, todavia. Também não é onipotente, até nos permite reconhecer nossas fragilidades, porém, não nos autoriza a tudo. Desta árvore nasce igualmente o afeto, o apego, a benevolência, a simpatia, a fraternidade (apesar da palavra tão adulterada hoje), a ternura e o mais importante: o amor.

A palavra ‘pertença’ pode assustar no primeiro momento, mas posso acrescentá-la a um bem, como se fosse parte dele. O sentimento é um bem destinado a mim e o que tenho para embelezar este bem é a amizade, logo, a pertença é o acessório que dá ao sentimento o aformoseamento, ou seja, enfeita, adorna.


Isso é a amizade verdadeira, simples assim!