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domingo, 21 de julho de 2013

CAMPINAS...

... hoje faz 239 anos, com suas árvores centenárias, prédios históricos, monumentos e uma tradição muito mais velha que ela própria, conforme nos conta suas ruas, patrimônios urbanos e rurais.
Alguns Chefs na Praça
Ft Roney Thezolin

Dentro da programação comemorativa 
participamos apenas do evento gastronômico
 "Chefs na Praça", onde 16 restaurantes da 
cidade se reuniram para degustações de pratos 
especiais e os preços "ditos" populares. 

Todos sabemos que degustar e almoçar são coisas 
distintas, mas a minha porção de cordeiro defumado 
com cuscuz foi um tremendo absurdo de mínima.

Imitarei aqui a ironia do Fábio referente a um preço abusivo.

O cordeiro foi importado de Belém e descende do rebanho de Jessé, pai de Davi. Existem apenas 30 deles, não é barato mesmo! O cuscuz era o original feito com sêmola de cereais do norte da África e veio diretamente de Magrebe para Campinas. Só assim justifica a minúscula quantidade comparada ao valor. Todavia a cidade que se eterniza tem o dever de ser reta com seus limitados.

Teor sarcástico a parte, mas a infraestrutura central continua por demais precária. Ônibus inviável aos domingos fomos de carro. Impossível encontrar vaga nas ruas pertencente aos flanelinhas. Nos arredores estacionamentos fechados. Ricamente arrecada a megalópole, mas pouco é devolvido. 

Leilane Neubarth já disse: "Pais rico não é onde todos possuem carro, mas sim onde até os ricos usam transporte público".

Bem! E o evento?
A Praça Carlos Gomes me remete
as historias de meus pais.



Fila: duas horas p/ comprar o ticket


30 min p/ achar a tenda desejada.
Tinha nome, mas na altura
dos meus ombros e com toda aquela
multidão era impossível ler.
Ao aproximar da placa alguém
reclamava de furar fila.
Eita!!!!
Uma hora p/ pegar mesa

Minha tata desistiu do almoço e
vendeu seus tickets
Vixi santa que a fome era tanta...
... mas, violência?
Nenhuma que eu tenha visto.
Graças a Deus!

Minha amiga Nell e eu nem pudemos
conversar como queríamos...

... e nem com minha amiga Su.
Algaravia natural devido ao
tanto de pessoas
se encontrando.
OPS!
Enquanto isso no coreto:
Os Trovadores Urbanos.
A melhor coisa!
Poxa! Eles são bons!

Campinas tem mais de 1,100 milhões
de habitantes. Li que em determinada
hora reuniram na praça 11 mil pessoas.
Caramba!
Neste momento havia +/- 3 mil
e não estava lotada... 

...o layout de tendas, mesas e coreto é
que estava mau definido.
Pensando:
- almoçar e dormir, o pior de tudo
é subir 5 quarteirões para
pegar o carro. Ahfff!!!!

Ivone esperar-me-ha na
esquina da praça.

Va bene! Ser tata tem lá suas
vantagens, claro!












Parabéns Campinas, és por demais bela!
Lamentável que ainda não ha sequer um
 administrador competente e capaz de
atender suas inúmeras necessidades.
E uma pena mesmo!!!

... e como dizia o Denílson:
"farinha pouca, meu pirão primeiro".

Bem sabemos que não é "pouco" assim.
Ok! Protesto registrado e um presente lembrado!

Foto do Centro de Ciências, Letras e Arte
(CCLA)
Em visita ao primo Barão Geraldo de Resende, uma tarde nesta Praça leva Rui Barbosa a descreve o voo das andorinhas de Campinas retornando ao ninho.

O poema abaixo transcrito lhe rende homenagem e ganha seu busto inaugurado em 05 de Novembro de 1924.

Terra das andorinhas
"Pelo límpido azul já sem sol, antes que se lhe esvaia de todo o ouro de seus átomos de luz, mas quando o crepúsculo entra a desmaiar entra a desmaiar de seu brilho a safira celeste, um ponto retinto, perdido nos longes mais remotos, se acentua em negro na cúpula do firmamento, la, bem no alto, bem de cima, como se a ponta de uma seta, desfechada perpendicularmente do além, varasse ali a redondeza anilada. Era um; e, logo após, já são muitos, já vêm surdindo inumeráveis, já parecem infinitos; já se cruzam, e se recruzam; já se encontram e circulam; já se condensam e escurecem. Era um grupo, e já formam um bando, já vêm crescendo em longas revoadas, já refervem em enxames e enxames, já se estendem numa vasta nuvem agitada. Toldaram o céu, encheram o ar, vêm-nos ondeando sobre as cabeças. Agora, afinal, como os movimentos de uma grande vaga sombria ponteada de branco, a librar-se entre a terra e a imensidade, baixa a massa inquieta, rumorejante, oscilando, flutuando, rasga-se na coroa das palmeiras, açoita os fios telegráficos, resvala pelos tetos do casario, e ao cabo arfando, e remoinhando, turbilhonando e restrugindo, com o estrépido de uma cascata argentina, de uma cachoeira de cristais que se despedaçam, chilreada imensa de vozes egrasnidos às dezenas de milhares, pendem, mergulham e desaparecem, numa imensa curva borbulhante, por sob o largo telheiro abandonado, que essa área multidão erradia elegeu entre nós para abrigo de seu descanso nas cálidas noites de verão."

Assim como o orador descreve as andorinhas principalmente naquela região, hoje, também circulam sobre nós as "aves de rapina".