Ando pelo tempo
presente e meus atos são de minha total responsabilidade porque a salvação é individual. Meu futuro pertence a Deus e é assim que eu creio. Antes consumo
todas as possibilidades que me cabem. Ao Céu se vai com boas obras. Podem me
considerar como o antigo povo que os judeus chamavam de gentil,
por não acreditar que a salvação fosse extensiva à eles. Não me incomoda porque
sei que dentro de mim há um Deus e Suas Promessas ao Seu tempo e isso me basta!
A não realização de alimentar desejo alheio imediato me mostra uma banalidade
verbal, um vazio sem sentido. Existem pessoas que os acontecimentos em suas
vidas são rápidos, outras despretensiosamente vivenciam a lentidão ao seu redor
e estas não estão livres das persistências constantes de alguns que têm a
satisfação de nivelar o outro na sua mesquinha pequenez. Contudo, algo me
ilumina e reserva luzes para meus interiores. Lacan bem sabia das coisas, só
não me deixou claro de onde vinha esta luz, embora eu sempre soubesse.
Reconheço-me filha já que o cordão nunca se rompeu. Mesmo que meus pais jamais
tivessem me contado sobre o Caminho da Verdade, entre nós a linguagem que
prevalecia não era só a das palavras. Tive deles heranças de caráter, de
responsabilidade e de atos decentes é esta a tríade que qualifica minha vida.
Sobretudo me ensinaram a orar e a ter fé. Quando oro tenho nítida sensação de
ser recebida por Deus em particular. Àquele que me vê depressa duvida que eu
seja ouvida por Deus e que temos um bom relacionamento. Lamento que pensem
assim, quando compreendemos a amizades de Deus por nós cai a ideia de
que o Julgo do Senhor é feito de cobranças e obrigações. Bem diferente do
homem!
O importante é que minha oração não me mantém distante do Senhor!