Páginas

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Assomprar velinhas

A velinha sobre o bolo era bem diferente dessa que temos hoje ( http://is.gd/81krCE ). Começou na Grécia antiga em homenagem à Artêmis, deusa da caça, reverenciada no 6º dia de cada mês, onde os gregos faziam bolos arredondados e os cobria de velas para simbolizar o luar. Segundo a mitologia, essa divindade era representada pela Lua, a forma pela qual protegia a Terra.
Tal costume não se sabe como chegou à Alemanha na Idade Média, entre os camponeses alemães do século XIII, que inventaram a kinderfeste (festa infantil). As velas eram acesas e a criança acordava com a chegada do bolo, que recebia uma vela a mais representando a luz da vida. O aniversariante apagava todas as velinhas de uma só vez e fazia um pedido, que só aconteceria se ficasse em segredo.
Não sabemos a data exata que começaram as celebrações natalícias.
A catiga “Parabéns a você” é baseada na melodia Good Morning to All (“Bom dia a todos”) composta em 1875 pelas irmãs americanas Mildred e Patrícia, que originalmente, servia para ser cantada no começo das aulas do colégio que as irmãs Hill eram professora; e em 1924 Robert H. Coleman usou a mesma melodia para a criação da canção “Parabéns a você que se espalhou por vários países.
A comemoração é um costume ocidental nem sempre seguido por outros povos. No Vietnã são comemorados coletivamente, no ano-novo vietnamita, que segue o calendário lunar, entre os nossos 21 de janeiro e 9 de fevereiro. Embora não saibam exatamente quando a tradição surgiu no Ocidente, os historiadores sabem que a festa já era conhecida na Antiguidade. “Os romanos não apenas comemoravam o dia do nascimento como tinham um nome para a festa: dies sollemnis natalis”, diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Universidade Estadual de Campinas. “Há, por exemplo, um registro do século II em que uma cidadã chamada Cláudia Severa convida sua amiga Sulpícia Lepidina para a comemoração”, diz. Outra tese que reforça a idéia de que foram os romanos os difusores dessa tradição é a existência de túmulos que registram com precisão o número de anos, meses e dias no sarcófago – o que indica que eles sabiam o dia exato do nascimento da pessoa.

Claro que apagar as velinhas é uma tradição, que hoje já sabendo ter iniciado consagrando uma deusa, mesmo assim nós cristãos ainda a conservamos. Também sabemos ser bastante complicado mexer em uma tradição. Mas não podemos negar, o bolo ao ser assoprado fica anti-higiênico e nojento, ah isso fica! É bom receber parabéns e ganhar um bolo, sem ter necessariamente sobre ele as velinhas. Como sugestão elas podem ficar em um lugar à parte.

Mi – Cps 02/04/11