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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Restauro limite e Dignidade

Mesmo com toda responsabilidade na palavra que digo tento não criar céu nem inferno, pois no reflexo repercute minha feitura. Claro que nem sempre consigo!
No oculto do meu íntimo necessitado de reparo ninguém jamais entra, contudo há sempre um detalhe de Deus se revelando. A rocha que saí é preciosa, mas não trago comigo nobreza, sou pedra comum que de alguma maneira encontra disposição para reforma e sei que não é impossível. Trabalho com minhas verdades e defeitos, ao corrigir-me não há qualquer outra intenção senão a de ganhar virtudes. A manutenção constante me beneficia e mostra que vim do humo, mas nem por isso permito humilhações. Conscientizo de minhas misérias, então quero o modelo que não seja estúpido ambicioso e escravo do orgulho. Tento contornar o peso da convivência, o triste é que muitos não avaliam a deformidade de sua construção, o qual me causa verdadeiro abalo sísmico, cujas fendas exalam o meu pior. No meu exame de consciência percebo que é hora de delimitar espaço para não contendar. A serenidade que a maturidade me deu, agora está funcionando com bastante deficiência. Seria eu mesma se no amor daquele que diz me amar (coisa que acredito), não comportasse tanta hipocrisia. Porque o respeito prova o tempo todo do amor que diz sentir. Não é isso?
Base: FM – Cps, 04/11/11