Tá longe de mim a táta! |
O poeta cantou: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Bem sabemos que os poetas sempre têm razão!
A partida feliz nos lembra quem deixamos e a distância nos mostra espaços chamados saudades. Partidas e chegadas revelam quem somos, o que amamos e indicam a essencialidade para continuarmos sendo.
É ai que camufla o encanto da viagem e isso é bom!
Viajar é se apresentar ao mundo que vemos, que não o conhecemos pessoalmente, mas que nos pertence! Sentir falta é conseqüência natural que faz o coração querer voltar e faz com que se vá igualmente e o tempo é mesmo paradoxal às nossas vontades. Enquanto a ida passou rápida e a volta é muito lenta para quem fica, para quem esperou, a chegada demorou e a volta já chegou.
As regras da vida são as mesmas para as viagens, os excessos de ausências pesam e impedem de encontrar o outro da maneira que o coração deseja.
Então amada táta merecidamente viaje leve, bem leve! Se leve, mas se traga...
Minha táta não é Zé da Silva, mas é Ivone da Silva e outros tanto.
“A despedida Deixa-me perdida Com a alma sentida E de tua vida sumida.” (Ruth Rossini)
Mi – Base: FM – Cps, 18/12/10