Páginas

Mostrando postagens com marcador Amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amor. Mostrar todas as postagens

sábado, 1 de maio de 2010

Gabriel García Marquez

As mulheres e o afogado

Neste Conto seguramente podemos refletir sobre Dicotomia

Era uma vila de pescadores perdida no fim do mundo e naquela vila todos os dias as pessoas faziam sempre as mesmas coisas, de modo que não havia nenhuma novidade e todas as pessoas sabiam de antemão o que as outras iam dizer e por causa da enorme monotonia ninguém mais conseguia se amar.(...)
Até que um dia aconteceu uma coisa estranha, um menino viu uma sombra diferente flutuando no mar e gritou para a vila toda e naquela vila onde nada acontecia, até uma sombra estranha flutuando no mar era motivo de liberdade,


de modo que todos correram para a praia e ficaram esperando que o mar pacientemente trouxesse a coisa até a areia



e a coisa que o mar colocou na areia era um homem morto afogado.




E na vila, era costume que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento e pegaram o homem que ninguém conhecia e levaram para uma casa, as mulheres do lado de dentro e os homens do lado de fora, e as mulheres começaram vagarosamente a fazer o seu trabalho de limpeza tirando as algas e os limos e as coisas verdes do mar, em grande silêncio, porque elas não conheciam aquele homem e não havia o que falar sobre ele.
Até que de repente, no meio daquele grande silêncio sério, uma mulher disse:
- é, se ele morasse aqui na aldeia, teria sempre que curvar a cabeça para entrar em nossas casas, porque ele é alto demais.
E todas as mulheres sérias, fizeram sim com a cabeça e foi novamente grande o silêncio.
Até que uma outra mulher disse:
- eu fico imaginando como terá sido a voz desse homem, será que a voz desse homem ecoava forte ou como a brisa, será que esse homem sabia cantar canções ou será que esse homem era daqueles que diziam uma palavra e por causa dessa palavra uma mulher apanha uma flor e a coloca no cabelo?
Todas as mulheres sorriram e fizeram sim com a cabeça.
E foi grande novamente o silêncio até que uma outra mulher olhou para as mãos do homem e disse:
-  eu fico pensando nessas mãos, no que elas fizeram, será que essas mãos travaram batalhas, será que brincaram com crianças, será que remaram através dos mares, será que acariciaram mulheres, será que essas mãos sabiam amar e abraçar?"               
E nesse momento, todas
as mulheres riram e riram,
e aqueles homens do lado de fora perceberam que aquele corpo podia fazer com as suas mulheres o que eles vivos não conseguiam fazer e eles tiveram ciúmes do morto e começaram a pensar nas batalhas que não tinham travado, nas coisas que não tinham dito, nas mulheres que não tinham amado.
E as mulheres começaram a sentir que
lá no fundo aves misteriosas começavam
a bater asas e começaram a sentir que
sentimentos e memórias perdidas
surgiram de dentro delas e elas
ficaram afogueadas de amor
.
E, finalmente, enterram o 
morto,mas a aldeia nunca 
mais foi a mesma."
Ressurreição é de fato fazer com que vidas ressurjam através da morte, mas infelizmente ha morte para que se concretize ideais nefastos. Como compreender a preparação do texto já que as convicções do autor difere da sociedade comum? 

Mi - Cps, 01/05/10
Telas a Óleo de Lídia Peraçoli / f.g.amorim

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sexualidade

A leveza embutida no valor é mais do que genitalidade,
com ela se exerce novas experiências é a ponte que redimensiona afetos ordenados na totalidade de nossas vidas.

Vamos nos permitir...  http://is.gd/RJDVYC 

Por Mi – Base: FM - Cps, 15/05/08

domingo, 11 de abril de 2010

Efania x simpatia

Efania tem o significado contrário de Empatia e é muito diferente de Epfania.

Empatia é se colocar no lugar do outro.
Epfania é o lugar onde Deus sempre está.












Exemplo de Efania:
- ter uma visão pronta das coisas e não querer vê-las do jeito que o outro vê.
- não querer amar o outro do jeito que ele tem que ser amado, ou do jeito que se sente amado.
E para amar gasta-se tempo observando. Ama-se a distância investigando quanto tempo leva para construir um presente.

Todo ato desencadeia conseqüências e quando permitimos Deus ser ligado à nossa história Sua manifestação é vista através de nossas atitudes. Revelações acontecerem, quando expressamos o bem nas palavras ou gestos em direção ao outro e é exatamente aí que Deus vence o mal e nos mostra Sua concreta presença.

E quando tocamos no amor vivemos o bonito estabelecido e não compreendido, daí entra o dogma que não é outra coisa para nos esclarecer o que é perpassar pela misericórdia, piedade, justiça, flexibilidade, perdão... Adjetivo inerente do amor.

Devemos ter alerta constante e não um evento, para que haja vitória de Deus naquilo que fazemos e falamos. Policiarmos nossos atos é o mesmo que dizer: foi aí que permiti Sua vitória. Esta atitude fez revelar Sua presença. O bom é saber que estamos aprendendo até o último respiro existencial.

Pronto! A todo instante podemos nos corrigir permitindo que Deus vença o mal através de nós, quando nos corrigimos ao maltratarmos a quem amamos, aliás, o perdão é para isso e o pedido de desculpas também, principalmente quando usamos de maneira responsável.

É assim que Deus nos ensina e o que sabemos sobre amar passa pelo limite da nossa inteligência, e o que dizemos sobre ELE passa pelos limites dos nossos conceitos e entendimentos e é aí que entra a missão de fazer a verdade sobre Deus ser amada.

- Ah como amei! - http://is.gd/bpgDL

Mi – Base:FM
Cps, 07/11/09

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aconchegar-se

Falar de amor é tocar nas diversas realidades da vida.

Podemos expressar na família, nos amigo, enfim, a todos aqueles com quem temos contato mais direto.

A letra do Lulu Santos na voz do Fábio nos ajuda a definir sentimentos onde nas maiorias das vezes nem precisamos nos declarar só ficar por perto.
Mais uma de amor - Eu gosto tanto de você... – http://is.gd/6jzro

Mi – Base: FM
Cps, 21/08/09

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

As maneiras do amor














È verdade que viveremos vários amores em nossas vidas e alguns deles podem até ser um problema inevitável, mas sermos derrotados por eles é uma opção.

Saber amar é fundamental, defende o valor, alicerce que é base concreta de um bem estar.

O bom é conhecer as modalidades para não cobrar uma coisa que as pessoas não têm condições de dar:

>Amor Filos = ama-se pela admiração intelectual da pessoa
>Amor erótico = ama-se pela atração física
>Amor poético = Ama-se pela imaginação (musa)
>Amor platônico = Ama-se pela impossibilidade
>Amor incondicional = Ama-se sem impor nenhuma condição ("poderia" ser o amor de mãe)
>Amor ágape = Ama-se desinteressadamente (é o amor mais puro, mais límpido que existe. O amor de DEUS!)>Apego = modalidade desordenada e perigosa do amor, há necessidade de muita atenção.

Podemos considerar insensatez ao errarmos na maneira de amar porque as tragédias advindas do amor iniciam não tão devagar e já no começo da relação sempre é dada a percepção de que a violência vive.

Comportamento de fraqueza sinaliza explorar tranquilamente o momento de vulnerabilidade natural dos envolvidos, ai falta equilíbrio entre a maturidade e a infantilidade, todos nós corremos este risco.

Não ter disciplina no amor é ser escravo dele, situação que impossibilita de vivermos todas as maravilhas que o amor tende a nos proporcionar.

É! Dá trabalho viver na disciplina do amor, o maior e o melhor dos sentimentos, obra máxima de Deus, nos leva a nós mesmos e principalmente nos eleva a Deus. - http://is.gd/64xFF

Por Mi – Base: FM
Cps, - 07/11/08
Obs. Ver neste Blog em "Cultura" Definição do amor e suas modalidades:

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O medo da solidão nos sequestra

Quem ama não neutraliza o amado, quer o seu melhor propondo-lhe segurança e liberdade.

A tendência de quem quer relacionamento de qualidade, de quem se respeita é de ficar só. Frase incansável do Fabio “Tomo posse de mim depois me disponibilizo ao outro”.

Mas, não acontece sempre assim, o medo da solidão ronda até os mais experientes. A solidão é um sentimento no qual uma pessoa sente a profunda sensação do vazio. É mais do que querer uma companhia, pois precisam de algo novo que as trasforme.

Muitos relacionamentos são reatados correndo o risco de enormes destruições porque são alimentados pelo capricho do sonho de ter alguém mesmo sabendo que no fundo não tem. É aquele sonho pelo avesso ou ambíguo, que dá a sensação de bem estar com gosto de insegurança. Não é o que diz a música? “Mais uma vez, meu coração esquece tudo...” http://is.gd/5AfI1

Alguém já falou “A paixão do momento não vale o inferno de uma vida toda”. Sartre era pessimista em relação à paixão, dizia que a vida corre o risco de ser uma paixão inútil se ficar na experiência do temporário e cria marca que repercute no comportamento de uma vida toda. Aprendo com ele que o medo da solidão tira nossa vida e passamos a viver a vida do outro.

É aquela velha história do álcool e a lenha que o Fábio nos contou: - Paixão é aquele álcool, queima rápido, não tem consistência para durar e se jogarmos mais álcool para que ele não se apague certamente nos destruirá. Amor é aquela lenha, que queima aos pouco, dura e podemos alimentá-lo.

É isto! Um relacionamento dura pela consistência do amadurecimento e, sobretudo, do tempo que gera postura saudável e é altamente construtivo.

Mi - Base:FM   Cps, 08/01/09

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Amar é subir degraus

Cada vez que progredimos no amor é como se subíssemos um degrau.

O mais bonito é quando se ama, fazemos subir também a pessoa amada, porque não há como fazer a experiência do amor, se não for para promover o que o amado é.

E às vezes desistimos tão facilmente dos degraus.

Daí corremos o risco de nunca mais sermos alterados ou modificados e acostumamos com aquele tipo de amor que nunca evolui dentro de nós, por acostumarmos a amar só até aquele tanto.

Mas por um milagre descobrimos que desistir não é o melhor caminho e que o bom é segurar na mão de quem se ama e juntos enfrentarem as etapas que o amor nos fornece. Desistir não requer nada se nossa alma, agora continuar requer e muito. Temos que justificar nossas incompetências, mas uma coisa não dá pra justificar, a de não saber amar.

E pensar que é o específico de nossa condição é o sentimento que Deus deixou no mundo e colocou dentro de nós. Amar é atribuir, emprestar sentido às coisas é tirar do lugar comum e colocar no lugar especial. É o devolver ao outro ele mesmo, RESTAURADO.

Eu penso que é isso que o Ivan Lins fala em o “Iluminado” “O amor tem feito coisas. Que até mesmo Deus duvida...http://is.gd/6qpu8

Por Mi – Base: FM palestra 20/02/07
Cps, 11/02/08

Quando sei que sou amada

Quando o outro me ajuda a enxergar o paraíso secreto de minha vida;
Quando me dá a capacidade de ver o jeito diferente das coisas;
Quando me mostra os meus sonhos transformando em realidade;
Quando faz com que pessoas se acheguem a mim querendo experimentar do meu sorriso;
Quando não me retira dos meus e nem me separa dos seus;
Quando me faz perceber que o amor é infinito se bem tratado;

Enfim, é quando somamos.

O próprio sentido do amor nos leva ao lugar seguro, cujo território já temos, só não podemos conhecê-lo quando estamos só. É o desafio de saber quem sou como pessoa, dispondo de mim para me dispor ao outro.

Definido tão bem na música “Se eu não te amasse tanto assim” de P S Valle e Hebert Viana. http://is.gd/6qspu

Por Mi – Base: FM palestra de 20/02/07
Cps, 11/02/08

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Amor, qualidades e limites

Amor perfeito é o ideal! Mas este amor não existe. Idealizar pessoas é um erro, as pessoas são o que são. Normalmente os relacionamentos se desfazem, quando descobrimos que fizemos em nossas mentes pessoas ideais. Mesmo que se tenha muitos motivos para a persistência, vale basear em uma regra para não idealizar pessoas: "razão e pé no chão" é deixar de ser Platão (vertical) para ser Sócrates (horizontal).

Uma despedida pode nos ajudar a entender se estamos amando do jeito certo, ela mostra como se transforma a ausência em saudade ou esquecimento. Então, se identificarmos quem somos dentro do amor, viveremos certo, amaremos certo e seguramente seremos a outra "metade".

Amar com limite e qualidade é descubrir no outro aquilo que nos falta, sem sufocá-lo, pode não ser o amor ideal, mas é o amor certo.
Por Mi – Base: FM  -  Cps,01/05/08

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Diferenciar o amor da paixão é uma arte

Imagine uma vasilha com álcool que em seguida ateamos fogo. Sabemos que imediatamente todo o conteúdo do vasilhame será consumido pelo fogo. Esta é uma situação.

Agora imagine um feixe de lenha, ou madeira se atearmos fogo, demora até que o fogo os envolvam para consumi-los totalmente. É dizer sem medo de errar que as chamas demoram muito mais.

Este é o exemplo mais próximo para definir a paixão do amor, e todos nós experienciamos ambos. A paixão nos tira o chão, o juízo e nos deixa em pedaços tão rapidamente e tão rapidamente também se evapora, não deixa marcas nem tão pouco cheiro.

Talvez a Adriana Calcanhoto quisesse dizer isso na música “Metade” - Ouça! > http://is.gd/6qpBj

O filósofo Zigmunt Bauman retrata muito bem esta realidade no livro “Amor Líquido” um amor que por qualquer coisa escorre pelas mãos feito líquido mesmo. Conforme ele isto se deve as enormes possibilidades que temos hoje, frutos da modernidade.

O amor transita em vias completamente diferente da paixão. Ele nos restaura nos deixa perto dos nossos e no ajuda a conviver com os deles. Cura nossas mazelas exatamente como diz o Ivan Lins na letra da música “Iluminados” - Ouça! > http://is.gd/6qpu8

Como já citei outras vezes, o sofrimento nos faz crescer, agrega valores, experiências e muitos outros conhecimentos. Então é melhor analisar tal sofrimento. Em outras palavras quero dizer que é bem provável que passemos pelo amor e pela paixão muitas vezes em nossas vidas e precisaremos aprender com a situação.

A arte de viver grandes emoções é assim, temos que saber caminhar nesta via de mão dupla, porque o amor é lindo e capaz, mais a paixão tem lá seus encantos.

Mi - Base:FM   Cps, 04/03/09 - 12:40

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O flerte era romântico

O que agradava no bem conquistado era justamente a imaterialidade, o sentimento, o toque na alma. Os amantes dedicavam às suas amadas, lindas poesias, flores, músicas que só em ouví-las já se enamoravam, os gestos cheios de gentilezas. E os passeios? Ah!!! Os passeios... Quantos sonhos... O amor extrapolava a materialidade, superava o que era material, havia a necessidade de amar.

Mas, uma determinada geração ficou marcada por imaturidade e incompetência. Pisou em muitos sentimentos inocentes, as mulheres eram vitimas em maiores números. O triste é saber que poucos tiveram consciência sobre o assunto e arrastaram para as novas gerações a falta de postura na conquista e as mulheres somam na igualdade. Que pena!

Provar concretamente o amor é revelar uma imaturidade que chega a agredir, pois a competência no amor é a delicadeza. A poesia acabou e deu lugar a termos estranhos e agressões, o dançar juntinho já não existe mais, se perdeu nesses quinze ou vinte anos.

Lastimável!!! Talvez eu seja a última geração romântica. http://is.gd/6qoTB

Mi  Cps/17/07/08 - 16:54