Mackenzie nos apresenta Elousia, negra enorme e sorridente que foge dos padrões ditados pela humanidade para administrar a criação. Yeshua que parece moço nascido no oriente médio (lembra conflito), operário musculoso da a impressão de quem resgata. Sarayu mulher asiática que tem como característica o cuidar e o renascer. Sophia a justiça aparece como se pudéssemos mensurá-la.
Mas Young tenta nos relembrar que:
- relacionamento com Deus nada tem a ver com desempenho humano e tampouco com qualquer obrigação em agradá-Lo. Longe dEle ser divindade egocêntrica e exigente querendo que se faça as coisas a Sua maneira.
- conceito de autoridade é diferente do conceito de unidade. Círculo de relacionamento difere da cadeia de comando. Hierarquia impõe leis e regras que destroem a maravilha da relação que Deus quer que tenhamos e quando escolhemos a independência num relacionamento é perigoso tornamos pessoas objetos a serem manipulados ou administrados para a felicidade de alguém. Autoridade é mera desculpa que o “forte” usa para fazer com que o outro sujeite-se a ele que é viciado em poder ou na ilusão da segurança que o poder oferece. Ditamos regras julgamos Deus e ainda o culpamos. Não conseguimos produzir confiança nem humildade, pois elas existem ou não. - expectativa é exigência de alguém que tenta controlar o comportamento do outro para chegar ao resultado esperado.
- humilhação, culpa, condenação nem de longe produzem sequer fagulha de justiça ou plenitude.
- perdão existe para aquele que perdoa certamente libera de algo que destrói, acaba com a alegria e a capacidade de amar. Quem fere alimenta-se do sofrimento alheio, logo, pouco se importa com a dor e o tormento que causa.
- não desconsideramos a lágrima, ela pode ser fonte de alegria ou das melhores palavras que o coração pode dizer.
- se alguma coisa importa, então todas as outras coisas importam.
- a imaginação sem sabedoria é sem dúvida uma educadora cruel.
- submissão não tem ligação com autoridade e também não é obediência. Tem sim a ver com relações de amor e respeito.
- forçar a própria vontade sobre a do outro é exatamente o que o amor não faz. Relacionamentos verdadeiros são marcados pela aceitação, mesmo quando suas escolhas não são úteis nem saldáveis.
- julgamos pessoas, seus atos, suas motivações, cor de pele, linguagem, corpo, odor, histórias. Relacionamentos e o valor da vida de uma pessoa segundo nosso próprio conceito. Em qual critério baseamos tais julgamentos? Naturalmente com bases superficiais. O preconceito tem no estado de espírito a necessidade de sentir melhor ou superior. Lamentavelmente!
- julgamos pessoas por nos sentirmos superiores e em acreditarmos viver num padrão mais elevado do que aquele a quem julgamos. Aplicar regras é a maneira sutil de dizer que responsabilidade e expectativa são bases para a culpa e vergonha. No julgamento eles fornecem estruturas que fazem do comportamento a base para identificar alguém e o seu valor. Sabemos muito bem quando não atendemos as expectativas de alguém.
- máquinas religiosas engolem pessoas. A igreja de Jesus é feita de uma única pérola e não de instituições cujo sistema é construído e controlado pelo ser humano. A pérola é a partilha nos relacionamentos e não um monte de rituais exaustivos com longas listas de exigências. A Graça não depende de sofrimento, mas onde há sofrimento encontra-se inúmeras Graças.
- as emoções são as cores da alma. É incrivelmente espetacular sentir a vida. Não há emoção boa nem ruim, elas simplesmente existem, reagem naquilo que percebemos nas situações de verdade. Se a percepção for falsa, a emoção também será e cuja cor é cinza. Acreditar numa coisa não significa que tal coisa seja verdadeira, então corremos o risco de termos emoções falsas. Porém o melhor é que nos emocionemos por verdadeiras realidades coloridas.
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