Copiar quem admiramos é louvável, principalmente quando o copiado tem responsabilidade com o copiador. Esta atitude o torna mais cuidadoso, ele se preocupa com aquilo que fala e escreve. Na verdade quem pensa que o copiador depende do copiado se engana, pois o copiado que depende do copiador.
O copiador torna-se filtro do copiado dando-lhe qualidade. Muitas vezes tomamos o copiado com nosso embasador ou, até mesmo norteador, onde também passando para outras gerações, conforme o clip logo abaixo, nos mostra.
Mas antes, vejamos o que diz Luis Recaséns Siches, ilustre filósofo espanhol do SécXX (no Tratado de Sociologia, vol. 2, p. 425), sobre Imitar.
"Imitação consciente (lógica) é uma imitação por motivos racionais, em virtude dos quais se considera verdadeiro ou útil o comportamento que se imita. Supõe que o observador entendeu o sentido da ação que imita, mas tão pouco por uma plena compreensão do que está imitando, mas porque tem confiança na pessoa a quem imita; julga que o essa pessoa faz, diante do mesmo problema, tem de estar certo, porque essa pessoa é talentosa, prudente, hábil. Então, o que se dá é o seguinte: o imitador compreende o problema; compreende que aquilo que o outro faz é um intento de solução para esse problema; sente confiança nas qualidades dessa outra pessoa; e racionalmente decide fazer o mesmo, ainda que não chegue a compreender bem toda a significação disso que está copiando.
Adultos imitam opiniões e comportamentos. Somos, todos, acostumados a imitar o que outras pessoas (pais, irmãos, professores, amigos, parentes, pessoas que admiramos etc.) dizem e fazem."
Mariana com pertences da Tia Ivone |
Mi – Cps, 27/05/10