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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O medo da solidão nos sequestra

Quem ama não neutraliza o amado, quer o seu melhor propondo-lhe segurança e liberdade.

A tendência de quem quer relacionamento de qualidade, de quem se respeita é de ficar só. Frase incansável do Fabio “Tomo posse de mim depois me disponibilizo ao outro”.

Mas, não acontece sempre assim, o medo da solidão ronda até os mais experientes. A solidão é um sentimento no qual uma pessoa sente a profunda sensação do vazio. É mais do que querer uma companhia, pois precisam de algo novo que as trasforme.

Muitos relacionamentos são reatados correndo o risco de enormes destruições porque são alimentados pelo capricho do sonho de ter alguém mesmo sabendo que no fundo não tem. É aquele sonho pelo avesso ou ambíguo, que dá a sensação de bem estar com gosto de insegurança. Não é o que diz a música? “Mais uma vez, meu coração esquece tudo...” http://is.gd/5AfI1

Alguém já falou “A paixão do momento não vale o inferno de uma vida toda”. Sartre era pessimista em relação à paixão, dizia que a vida corre o risco de ser uma paixão inútil se ficar na experiência do temporário e cria marca que repercute no comportamento de uma vida toda. Aprendo com ele que o medo da solidão tira nossa vida e passamos a viver a vida do outro.

É aquela velha história do álcool e a lenha que o Fábio nos contou: - Paixão é aquele álcool, queima rápido, não tem consistência para durar e se jogarmos mais álcool para que ele não se apague certamente nos destruirá. Amor é aquela lenha, que queima aos pouco, dura e podemos alimentá-lo.

É isto! Um relacionamento dura pela consistência do amadurecimento e, sobretudo, do tempo que gera postura saudável e é altamente construtivo.

Mi - Base:FM   Cps, 08/01/09