O esperto domina, no entanto é intranqüilo porque tem que procurar a todo custo vítima para explorar sua fraqueza. Na ânsia de precisar se dar bem torna-se pesado, com opinião fechada.
O bobo? Ah, o bobo! Vive leve, curte a vida e está sempre a escutar o outro, não tem opinião acabada e está sempre disposto a ajudar.
Mas quem valoriza o bobo?
É só saber quem torce por nossa vitória.
Como ser tolerante a um mundo que cobra a desumanização?
Pobre Gandhi! Qual seria sua reação ao saber que a sociedade faz questão de não ensinar aos nossos jovens a paz, educação, gentileza? Certamente ele ficaria indignado! Mas é isso mesmo que presenciamos o tempo todo. Verdades sem caridades. Jovens socializam a grosseria por ser incentivado a violência, a eliminar um ao outro. Educar hoje é um grande desafio e quem é educado sofre e não se acostuma com a brutalidade, tão pouco acha necessária a intolerância do mundo. E não há necessidade dela mesmo. Aos educados de plantão: internalize o valor, faça feliz você e quem estiver por perto. Seja gentil.
Às vezes pessoas não sabem expressar e acaba por humilhar o outro. Na maioria das vezes humilhar o outro é um prazer. Quem julga demais não tem tempo para amar. Alguém achou-se melhor. É a vida humilhando através de palavras e atitude. Não percebeu o acúmulo de acontecimentos e o tratou como se fosse um acaso. Mas há uma beleza na humilhação. É possível controlar o tempo em que ela permanecerá em nós. A boa escolha para formar sujeito com valores perpassa pela ética e pela dignidade.
Mi, Cps, 09/06/10
