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sábado, 21 de agosto de 2010

4 - OS DEUSES OLÍMPICOS MENORES

1 . Deméter ou Demetra (Ceres em Roma) "deusa mãe" ou talvez "mãe da distribuição". Uma das divindades do Olimpo, filha de Cronos (Saturno) e Réia (Cibele) e deusa da agricultura, da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações. Seu festival era chamado Cerélia e celebrado na primavera. Mito - Quando Hades raptou sua filha Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca terra afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse: – Ingrato solo, que tornei fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores! Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana, metarmofoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos. Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar. Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Proserpina. Neste período Perséfone é chamada Core, a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido. Os Mistérios de Elêusis, celebrados no culto à deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo contínuo de morte e ressurreição. Deméter pode ser representada: - sentada, com tochas ou uma serpente. Seus atributos são a espiga e o narciso, seu pássaro é a grou. - tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos elementos.

2 . Héstia (ou Vesta em Roma) é a deusa do fogo e da família traça laços familiares, simbolizada pelo fogo da lareiras. filha de Cronos (Saturno) e Réia (Cibele), era uma das doze divindades olímpicas. Cortejada por Posídon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus, e dele recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais. Embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os deuses. Era a personificação da moradia estável, onde as pessoas se reuniam para orar e oferecer sacrifícios aos deuses. Era adorada como protetora das cidades, e das colônias. Sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos. Todas as cidades possuíam o fogo de Héstia, colocado no palácio onde se reuniam as tribos. Esse fogo deveria ser conseguido direto do sol. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele, acendiam a lareira onde seria o núcleo político da nova cidade. Sempre fixa e imutável, Héstia simbolizava a perenidade da civilização. Em Delfos, era conservada a chama perpétua com a qual se acendia a héstia de outros altares. Cada peregrino que chegava a uma cidade, primeiro fazia um sacrifício à Héstia. Seu culto era muito simples: na família, era presidido pelo pai ou pela mãe; nas cidades, pelas maiores autoridades políticas. Em Roma Vesta e o fogo sagrado eram símbolo da perenidade do Império. Suas sacerdotisas eram chamadas Vestais, faziam voto de castidade e deveriam servir à deusa durante trinta anos. Lá a deusa era cultuada por um sacerdote principal, além das vestais. Era representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros. Havia imagens nas suas principais cidades, mas sua figura severa e simples não ofereceu muito material para os artistas.

3 . Éolo, deus dos ventos. Filho de Poseidon, e vivia na ilha flutuante de Eólia com seus seis filhos e seis filhas. Durante sua jornada de volta da Guerra de Tróia, Odisseu foi lançado em sua ilha por Poseidon, que estava irado com o herói que cegara seu filho Polifemo. Éolo resolveu ajudar Odisseu, prendendo os ventos em um saco de couro de boi. Prendeu todos, exceto Zéfiro, o vento oeste, que o levaria para Ítaca. Odisseu não poderia abrir o saco até que chegasse em Ítaca. No final da viagem, no entanto, seus homens, curiosos, o abriram, libertando todos os ventos, o que os afastou de Ítaca. A tripulação acabou retornando a Eólia, mas Éolo, irritado, expulsou-os de lá. Outro Éolo da mitologia grega foi o rei de Tessália. Era o filho de Heleno, antepassado dos helenos, os antigos habitantes da Grécia. Éolo e Enarete tiveram vários filhos:
- Creteu fundador e rei de Iolco. Dentre seus filhos encontram-se Esão e Feres. Uma das suas filhas é a mãe de Asterion, rei de Creta. Sua esposa Tiro é a mãe de Esão, Pélias e Neleu.
- Sísifo era considerado o mais astuto de todos os mortais. Foi o fundador e primeiro rei de Ephyra, depois chamada Corinto, onde governou por diversos anos. Casou-se com Mérope, filha de Atlas, sendo pai de Glauco e avô de Belerofonte. Mestre da malícia e dos truques, ele entrou para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses. Sísifo casou-se com Mérope, uma das sete Plêiades, tendo com ela um filho, Glauco. Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Egina, filha de Asopo, um deus-rio, e viu a águia como sendo uma das metamorfoses de Zeus. Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene e foi consagrada às Musas. Assim, ele despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da Morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas. Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânatos e ordenou-lhe que troxesse Sísifo imediatamente para os Infernos. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo. Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez. Outra história a respeito de Sísifo trata do ocorrido quando Autólico, o mais esperto e bem-sucedido ladrão da Grécia (que era filho de Hermes e vizinho de Sísifo), tentou roubar-lhe o gado. Autólico mudava a cor dos animais. As reses desapareciam sistematicamente sem que se encontrasse o menor sinal do ladrão, porém Sísifo começou a desconfiar de algo, pois o rebanho de Autólico aumentava à medida que o seu diminuía. Sísifo, um homem letrado (teria sido um dos primeiros gregos a dominar a escrita), teve a idéia de marcar os cascos de seus animais com sinais de modo que, à medida que a res se afastava do curral, aparecia no chão a frase "Autólico me roubou". Posteriormente, Sísifo e Autólico fizeram as pazes e se tornaram amigos. Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes para conduzir sua alma ao Hades. No Hades, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo, juntamente com Prometeu, Títio, Tântalo e Ixíon. Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível. Por esse motivo, a tarefa que envolve esforços inúteis passou a ser chamada "Trabalho de Sísifo". Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia. O mito de Sísifo é um ensaio filosófico escrito por Albert Camus, em 1942. É composto por cerca de 120 páginas. No ensaio, Camus introduz sua filosofia do absurdo: o do homem fútil em busca de sentido, unidade e clareza no rosto de um mundo ininteligível desprovido de Deus e eternidade. Será que a realização do absurdo exige o suicídio? Camus responde: "Não. Exige revolta". Ele então descreve várias abordagens do absurdo na vida. O último capítulo compara o absurdo da vida do homem com a situação de Sísifo, uma personagem da mitologia grega, condenado a repetir sempre a mesma tarefa de empurrar uma pedra de uma montanha até o topo, só para vê-la rolar para baixo novamente. No último capítulo, Camus esboça o mito de Sísifo, que desafiou os deuses; quando capturado sofreu uma punição: para toda eternidade, ele teria de empurrar uma pedra de uma montanha até o topo; a pedra então rolaria para baixo e ele novamente teria que começar tudo. Camus vê em Sísifo o ser que vive a vida ao máximo, odeia a morte e é condenado a uma tarefa sem sentido, como o herói absurdo. Não obstante, reconhecendo a falta de sentido, Sísifo continua executando sua tarefa diária. Camus apresenta o mito para trabalhar uma metáfora sobre a vida moderna, como trabalhadores em empregos fúteis em fábricas e escritórios. "O operário de hoje trabalha todos os dias em sua vida, faz as mesmas tarefas. Esse destino não é menos absurdo, mas é trágico quando em apenas nos raros momentos ele se torna consciente". >>>>>>> VER >>>> O mito de Sísifo, livro de Albert Camus.
- Deioneu era pai de Clia, morreu junto com ela em uma armadilha patrocinada por Íxion num fosso cheio de carvões ardentes. Íxion figura entre os três maiores vilões da mitologia grega, ao lado de Sísifo e Tântalo. Tanto a culpa de Tântalo quanto a justiça no castigo de Sísifo são questionáveis, contudo, não há argumentos capazes de defender Íxion. - Íxion, filho de Flégias, descendente do Deus-Rio Peneu foi rei dos lápidas, um povo que habitava a Tessália, próximo aos montes Pélios e Ossa. Tendo-se apaixonado por Dia, filha de Dioneu, prometeu-lhe seus cavalos em troca da mão de sua filha. Após o casamento, Íxion negou ao seu sogro os cavalos que lhe havia prometido, ao que este reagiu com a tomada à força do que lhe era devido, fazendo com que Íxion jurasse vingança. Não tendo conseguido decidir entre a morte e o sofrimento para seu sogro, Íxion optou por ambos: construiu uma câmara incendiária e camuflou-a em sua casa como um cômodo. Dioneu, tendo aceitado um convite de Íxion para uma reconciliação dirigiu-se à casa deste e caiu em sua armadilha. Enquanto era incinerado, seus gritos de desespero levaram Íxion ao arrependimento, mas era tarde. Ao abrir a porta da câmara, Íxion se deparou com o corpo carbonizado de seu sogro. Após seu crime, o remorso fez com que Íxion enlouquecesse, e sua loucura o fez errar pelo mundo como mendigo. A única maneira de recobrar a sanidade seria submetendo-se a uma purificação para a expiação do crime, porém ninguém conhecia o ritual próprio para o caso, já que nunca antes ninguém havia assassinado um membro de sua própria família. Ao ver o sofrimento de Íxion, Zeus apiedou-se. Restitui-lhe a sanidade e convidou-o a partilhar do banquete dos Deuses, convite que foi prontamente aceito pelo mortal. Tendo-se embriagado pelo néctar, Íxion passou a assediar a esposa de seu anfitrião, a própria Hera Cronida. Esta, ao perceber as intenções do visitante alertou seu esposo a respeito das intenções de seu convidado. Ao que parece Zeus encontrava-se com um bom-humor anormal neste dia, pois, em lugar de irritar-se, acho divertida a situação, e para testar seu hóspede forjou um simulacro de sua própria esposa usando uma nuvem, e deixou-a a sós com Íxion, que a possuiu. Desse conúbio nasceu a raça dos Centauros, metade homens, metade cavalos. Todos os Centauros são descendentes de Íxion, exceto Kíron (preceptor de Achiles entre outros) e Folo. Após ter possuído Néfele crendo ser esta Hera, Íxion despediu-se dos Deuses e voltou para a Terra e, tendo chegado, divulgou para os primeiros mortais que encontrou que havia possuído a esposa do próprio Zeus. Este, enfim, irritou-se ao ver a possibilidade de angariar a fama de ter sido traído por um mortal. Imediatamente Íxion foi fulminado por um raio e lançado no Tártaro, onde foi preso a uma roda em chamas e condenado a nela girar pela eternidade.
- Salmoneu (em grego antigo Σαλμονεύς) é um personagem da mitologia grega. Filho de Éolo e Enarete, foi rei da Élida. Era descendente de Deucalião e Pirra e irmão de Sísifo (Apolodoro 1, 7, § 3). Pertence à série de mortais que quiseram rivalizar com os deuses. Inicialmente morava na Tessália, mas emigrou para a Élida, onde fundou a cidade de Salmonia (Estrabão, 8), não muito longe de Olímpia, onde Júpiter recebia um culto especial. Sua primeira mulher foi Alcidice, com a qual teve uma filha, Tiro (Homero, Odisséia, 11, 235). Mais tarde se casou com Sídera. Tentando se igualar a Zeus, mandou construir uma estrada revestida de bronze na qual passava num carro de bronze com rodas de cobre e de ferro, arrastando correntes atrás de si e lançando tochas acesas, para imitar o trovão e os relâmpagos. Esta lenda parece uma recordação de algumas práticas mágicas destinadas a pôr fim às secas. Existia na Tessália uma carroça de bronze que era posta a rodar para obrigar o céu a derramar as chuvas. Quis que seus súditos lhe atribuíssem honras divinas, obrigando-os a lhe oferecerem sacrifícios e a construírem um templo em sua homenagem. Por se considerar semelhante a Zeus, a sua cidade foi destruída e ele foi precipitado nos Infernos, onde, segundo Virgílio, foi encontrado pelo herói troiano Eneias (Eneida 6, 585-594):
«Também vi Salmoneu pagando um castigo cruel
por imitar os raios de Júpiter e os estrondos do Olimpo.
Puxado por quatro cavalos e agitando uma tocha,
atravessava os povos da Grécia e a cidade no centro da Élida,
triunfante e reclamando as honras divinas para si.
Pobre louco, pretendia simular as nuvens e o raio inimitável
com a trompa de bronze e o tropel dos cascos dos cavalos.
Mas o pai todo-poderoso lançou seu raio entre as nuvens espessas
– não eram tochas nem as chamas fumegantes de um tição –,
e o precipitou de cabeça num turbilhão profundo.»
- Atamante ou Atamas, na mitologia grega, foi um rei de Orcomeno na Beócia, filho de Éolo e Enarete. A história do Velo de ouro começa com intrigas entre sua segunda esposa Ino e seus filhos Frixo e Hele. Diz o mito - O velo de ouroPB ou tosão de ouroPE (chamado ainda de velino ou velocino; em grego: Χρυσόμαλλον Δέρας) é na mitologia grega a lã de ouro do carneiro alado Crisómalo, esse velo estava pendurado num carvalho sagrado na Cólquida, ao sul das montanhas do Cáucaso e retirado por Jasão e os Argonautas. Segundo a lenda, Jasão precisava recuperar o velo para assumir o trono de Iolco na Tessália. A história é bastante antiga e já estava presente nos tempos de Homero (século VIII a.C.) e consequentemente é relatada de várias formas. Nas versões mais tardias o carneiro é tido como filho de Posídon e Temisto (ou algumas vezes, de Nefele). A forma mais clássica é a dada por Apolônio de Rodes em seu Argonautas. Atamas, rei da cidade de Orcomeno na Beócia, teve como primeira esposa a deusa das nuvens Nefele, com quem teve dois filhos, o menino Frixo e a menina Hele. Mais tarde ele se apaixonou e casou com Ino, a filha de Cadmos. Ino tinha ciúmes de seus enteados e planejou matá-los. (Em algumas versões ela convence Atamas que o sacrifício de Frixo seria a única forma de acabar com a fome que se instalara na região). Nefele, em espírito, trouxe para as crianças um carneiro alado cuja lã era feita de ouro. Com esse carneiro, as crianças escaparam por sobre o mar, mas Hele caiu e se afogou no estreito que passou a carregar seu nome: o Helesponto. O carneiro levou Frixo a salvo para Cólquida, no extremo oeste do Mar Euxino. Frixo sacrificou então o carneiro e pendurou seu velo numa árvore (às vezes descrita como um carvalho) num bosque consagrado a Ares, onde era guardada por um dragão. O velo permaneceu ali até que Jasão o tivesse buscado em companhia dos argonautas. O carneiro foi transformado na constelação de Aries no céu.
- Perieres / - Cercafas / - Talvez, Magnes (sem fontes)
- Calice O termo Cálice pode ser: - utensílio normalmente feito de vidro ou cristal, usado para beber líquidos, especialmente vinho. / - como usado na botânica, sendo parte de uma flor. / - uma canção de Chico Buarque. / - uma das dezoito Ménades citadas na obra "Dionísiacas". /- Instrumento Usado em Magia (Wicca). Sem outras fontes.
- Peisidice / - Perimele (sem fontes)
- Alcione. Uma das filhas de Éolo é a mãe do deus Éolo.
Éolo era também senhor dos outros deuses do vento como:
> Bóreas ou Boreas (em grego: Βορέας), na mitologia grega, era um dos Titãs que representavam os ventos - sendo este o bravio vento norte. Na mitologia romana, recebe o nome de Áquilo, Aquilon ou Setentrião de "septem" e "triones" (sete trios, literalmente) - alusão à constelação da Ursa Maior. De Setentrião deriva o sinônimo pouco utilizado para as coisas relativas ao norte, "setentrional". O nome Boreas significa algo como "vento norte" ou "devorador". Boreas também era o nome de um mortal, o pai do rei Haemus, da Trácia. Bóreas era muito forte, de temperamento violento. Ele freqüentemente era descrito como um homem velho, alado, com cabelos longos e revoltos, segurando uma concha e vestindo uma capa. Pausânias descreve Bóreas como tendo cobras no lugar dos pés - mas nas representações artísticas sempre aparece com pés humanos, dotados de asas. Mito - É um dos ventos filhos de Eos (a Aurora) e Astreu. Seus irmãos são Zéfiro, Nótus e Euro, todos são Titãs.Ao contrário de Zéfiro, que era identificado como uma brisa ou vento mais suave, Bóreas fazia-se quase sempre imprevisível e furioso. Seu mito mais conhecido alude ao seu parentesco com os atenienses: - Bóreas caíra de amores pela princesa ateniense Orítia – filha do rei Erecteu. Tendo-a cortejado sem sucesso, o Vento Norte resolve raptá-la quando esta vagava às margens do rio Ilisus. Dessa união nasceram os Boréades – Zetes, Calais, Aura e Quione, a princípio humanos, e depois dotados de belas asas douradas. Graças a este "parentesco" com Atenas, através do casamento com a princesa, a ele reputam a vitória sobre a armada de 400 navios do rei persa Xerxes, destruída por uma borrasca quando estavam ancorados. Segundo informa Heródoto, algo semelhante havia ocorrido doze anos antes – e desta feita os atenienses eram bastante enfáticos em afirmar que, da mesma maneira que Bóreas os ajudara antes, também era o responsável pelo que aconteceu nesta ocasião. Construíram para o deus um santuário no rio Ilisus. A cidade, agradecida, rendia-lhe homenagens anualmente, num festival próprio a este deus, as "Boreasmi". Este mito foi dramatizado por Ésquilo numa peça teatral que se perdeu, intitulada "Oreithyia".Existe outro mito que diz haver Bóreas se transmutado num corcel negro, a fim de cruzar com um rebanho de éguas – e, fruto deste amor nasceu uma dúzia de cavalos que, ao correr, pareciam voar sobre o solo. Estas éguas pertenciam a Erichthonius, rei de Tróia. Plínio (Naturalis Historia iv.35 e viii.67), imaginou que possivelmente as éguas estivessem com seus traseiros voltados para o vento norte, e daí conceberam sem a presença de um garanhão. Mito com continuação......Amores e filhos - Além da princesa Orítia e das éguas troianas.
- Orítia (mãe dos quatro Boréades):
- Zetes sem fontes
- Calais sem fontes
- Aura é uma Boréade (os filhos de Bóreas e de Orítia) é a desconhecida semideusa que personifica a brisa congelante de inverno (acompanhando assim seu irmã gêmea Quione). Também é gêmea de Zetes e de Calais.
- Quione A Boréade é às vezes confundida com uma Quione mortal (os Boréades são filhos de Bóreas e da princesa Orítia). Ela é a semideusa que personifica a neve, mas é pouco conhecida.
Pytis amante deconhecida, sabe-se que era uma ninfa. Sem fontes
– Butes de Atenas foi um dos Argonautas e era apicultor. Um dos principais heróis gregos. Pode ter sido um amante desconhecido. Não se tem fonte segura.
- Licurgo Amante desconhecia(o) sem fontes.
Moradia - Acreditavam os gregos que Bóreas morava na Trácia. Heródoto e Plínio descrevem ambos uma terra ao norte, chamada Hiperbórea (literamente, "além do norte"), na qual as pessoas viviam em completa felicidade e em grande longevidade.
>>>>>> VER>>>> Torre dos ventos / Aurora boreal
> Nótus é responsável pelo vento sul. Assim como os demais anemoi (divindades responsáveis pelo vento) era filho de Eos, deusa do amanhecer e Astreu, em outras versões é um titã, portanto filho de Urano, o céu e Gaia, a terra. Era responsável por trazer o calor e, por conseqüência, associado ao verão.
> Eurus (Εύρος) é o Deus do Vento de Leste na Mitologia Grega. Filho de Eos e Astreu. Eurus é o vento que traz calor e chuva de Leste. O seu equivalente romano é Vulturnus.
> Zéfiro Na mitologia grega Zéfiro (em grego Ζέφυρος Zephyros) é o vento do Oeste. É filho de Eos (a aurora) e Astreu. Foi casado com Íris e vivia numa caverna da Trácia. Os seus irmãos são Bóreas, Nótus e Eurus, todos Titãs. O mito do vento Zéfiro ou Favónio diz que este fecundava as éguas de certa região da Lusitânia tornando os cavalos dessa zona invulgarmente velozes. Consta na Orla Marítima (Ora Marítima) de Rúfio Festo Avieno (Rufo Avieno) Um outro dos mitos em que Zéfiro aparece mais proeminentemente é o de Jacinto, um belo e atlético príncipe espartano. Zéfiro enamorou-se de Jacinto e cortejou-o, tal como Apolo. Ambos competiram pelo seu amor, que veio a escolher Apolo, fazendo que Zéfiro enlouquecesse de ciúmes. Mais tarde, ao surpreendê-los praticando o lançamento do disco, Zéfiro soprou uma rajada de vento sobre eles, fazendo com que o disco golpeasse Jacinto na cabeça ao cair. Quando Jacinto morreu, Apolo criou a flor homonima com o seu sangue.
Na história de Psiquê foi Zéfiro quem serviu a Eros transportando Psiquê até sua morada. Zéfiro é também considerado uma brisa suave ou vento agradável, pois era o mais suave de todos os ventos tido por benfazejo, frutificante e mensageiro da Primavera. O seu equivalente na mitologia romana é Favónio (Favonius, ‘favorável’), que exercia o domínio sobre as plantas e flores.

4 . Héracles, (Hércules em Roma) era filho de Zeus e Alcmena. Seu pai tomou a forma do marido de Alcmena, Anfitrião (que estava na Guerra dos Sete Chefes), e uniu-se a ela. Ao nascer, Zeus, para torná-lo imortal, pediu a Hermes que o levasse para junto do seio de Hera, quando esta dormia, e o fizesse mamar. A criança sugou com tal violência que, mesmo após Héracles ter terminado, o leite da deusa continuou a correr e as gotas caídas formaram no céu a via-láctea e na Terra, a flor-de-lis. Foi Héracles o mais célebre dos heróis da mitologia, símbolo do homem em luta contra as forças da natureza.Desde que nasceu teve de vencer as perseguições de Hera. Tanto é que, com oito meses de vida estrangulou com as mãos duas serpentes que a deusa mandou ao seu berço para o matarem. Quando homem, sobressaiu-se pela sua enorme força. A sua primeira façanha deu-se quando se dirigiu a Beócia, cidade próxima de Tebas, perseguiu e matou apenas com as mãos um enorme leão que devorava os rebanhos de Anfitrião e de Téspio. A caçada durou cinquenta dias consecutivos, durante que Héracles foi hóspede de Téspio, que aproveitou para unir cada uma das suas cinquenta filhas com ele, de maneira a criar uma aguerrida descendência, conhecidos pelos Tespíadas, que se espalharam até a Sardenha. Por livrar a cidade de Tebas de um tributo que tinha de pagar à de Orcómeno, o rei da primeira, Creonte (filho de Meneceu), casou-o com a sua filha mais velha, Mégara. Num acesso de loucura provocado por Hera, Héracles matou os filhos tidos com Mégara. Após recuperar a sanidade, Héracles foi a Delfos consultar um oráculo sobre o meio de se redimir desse crime e poder continuar com uma vida normal. O oráculo ordenou-lhe que servisse, durante doze anos, o seu primo Euristeu, rei de Micenas e de Tirinto. Pondo-se Héracles ao seu serviço, o rei, simpatizante de Hera, que não cessava de perseguir os filhos adulterinos de Zeus, impôs-lhe, com a oculta intenção de o eliminar, doze perigosíssimos trabalhos, dos quais o herói saiu vitorioso. Os doze trabalhos de Hércules (em grego: Άθλοι του Ηρακλή, "Trabalhos de Hércules") são uma série de episódios arcaicos ligados entre si por uma narrativa contínua, relativa a uma penitência que teria sido cumprida por um dos maiores heróis gregos, não há uma maneira específica de interpretar os trabalhos; pode-se inferir apenas que seis deles se passam no Peloponeso, e culminaram com a rededicação de Olímpia. Outras seis levaram o herói até terras mais distantes, quase sempre lugares relacionados à deusa Hera, além de entradas para o Hades, o mundo inferior, habitado pelos mortos. Todos os trabalhos seguiam o mesmo modelo: Hércules era enviado para matar, subjugar ou buscar uma planta ou animal mágico para Euristeu, representante de Hera.Uma célebre descrição dos trabalhos na arte grega se encontra nas métopes do Templo de Zeus em Olímpia, que data do século V a.C. Narrativa de fundo - Zeus, o rei dos deuses olímpicos, que havia engravidado sua amante, Alcmene, proclamou que o próximo filho a nascer da casa de Perseu seria coroado rei. Hera, sua esposa, ao descobrir o fato, fez com que Euristeu nascesse antes do filho de Alcmene, Hércules. Zeus enfureceu-se ao saber do que ela havia feito, porém nada pode fazer; sua proclamação continuou em vigor. Mais tarde, já adulto, Hércules assassinou sua esposa, Megara, e seus três filhos, num acesso de loucura provocado por Hera. Quando se deu conta do que havia feito, o herói se isolou, fugindo para a campo e vivendo sozinho. Foi encontrado por seu primo Teseu, e foi convencido a visitar o oráculo em Delfos, para recuperar sua honra. O oráculo o contou que, como penitência, Hércules deveria executar uma série de doze tarefas, ou trabalhos, estipuladas pelo homem que ele mais odiava - o rei Euristeu, que havia herdado o seu direito de nascença.
Os trabalhos:
- 1º) No Peloponeso, estrangulou o Leão da Neméia - filho dos monstros Ortro e Equidna - que devastava a região e cujos habitantes não conseguiam matar. Na segunda tentativa de matá-lo, sendo a primeira infrutífera, estrangulou-o após com ele lutar. Acabada a luta arrancou a pele do animal com as suas próprias garras e passou a utilizá-la como vestuário. A criatura converteu-se na constelação de leão; Em seus trabalhos, Hércules tinha frequentemente a companhia de um jovem companheiro (um eromenos) - de acordo com Licímnio e outros autores antigos - como por exemplo Jolau, seu sobrinho. Embora ele devesse inicialmente realizar apenas dez trabalhos, este auxílio fez com que ele tivesse de realizar dois a mais, já que Euristeu não contou o trabalho da Hidra, porque Iolau o havia ajudado, ou os estábulos de Aúgio, pelo qual recebeu pagamento pelo trabalho, e que foi realizado pelas águas de um rio. A ordem tradicionalmente aceita, encontrada em Apolodoro.
- 2º) Matou a Hidra de Lerna, filha monstruosa de duas criaturas grotescas, a Equidna e Tifão. Era uma serpente com corpo de cão, que possuía nove cabeças (uma delas parcialmente de ouro e imortal), que se regeneravam mal eram cortadas, e exalavam um vapor que matava quem estivesse por perto. Hércules matou-a cortando suas cabeças enquanto seu sobrinho Jolau impedia sua reprodução queimando suas feridas com tições em brasa. A deusa Hera enviou ajuda à serpente – um enorme caranguejo, mas Hércules pisou-o e o animal converteu-se na constelação de Câncer (do latim cancer, "caranguejo"). Por fim, o herói banhou suas flechas com o sangue da serpente para que ficassem envenenadas.
-3º) Alcançou correndo a Corça de Cerínia, um animal lendário, com chifres de ouro e pés de bronze. A corça, que corria com assombrosa rapidez e nunca se cansava, era Taígete, ninfa que, para fugir a perseguição de Zeus foi transformada por Ártemis no animal. Como ela tinha uma velocidade insuperável, Hércules a perseguiu incansavelmente durante um ano até que, exausta, foi atingida por uma flecha disparada pelo herói. Ferida levemente, foi levada nos ombros do herói até o reino de Euristeu. Em outra versão do mito, Héracles tinha de capturar a corça, mas sem machucá-la; ele a perseguiu durante um ano, até conseguir pegá-la com uma rede, porém ela acabou se ferindo. O herói pôs então a culpa em Euristeu, para que Ártemis se zangasse com ele. Em uma terceira versão, Hércules levou um ano para realizar o trabalho a seguir, que era capturar a corça que habitava o monte Carineu. Este animal parecia ser mais tímido do que perigoso, e sagrado para Ártemis; Hércules finalmente aprisionou-a e estava levando-a para Euristeu quando se encontrou com Ártemis, que estava muito zangada e ameaçou matá-lo pelo atrevimento em capturar seu animal; mas quando ficou sabendo sobre os trabalhos, concordou em deixar Hércules levar o animal, com a condição que Euristeu o libertasse logo que o tivesse visto.
- 4º) Capturou vivo o Javali de Eurimanto, que devastava os arredores, ao fatigá-lo após persegui-lo durante horas. Euristeu, ao ver o animal no ombro do herói, teve tamanho medo que foi se esconder dentro de um caldeirão de bronze. As presas do animal foram mostradas no templo de Apolo, em Cumas.
- 5º) Limpou em um dia os currais do rei Aúgias, que continham três mil bois e que há trinta anos não eram limpos. Estavam tão fedorentos que exalavam um gás mortal. Para isso, Hércules desviou dois rios.
- 6º) Matou no lago Estínfalo, com suas flechas envenenadas, monstros cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e que, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam no vôo os raios do Sol. Com seu arco, conseguiu matar alguns e os outros, expulsou a outros países.
- 7º) A sétima tarefa de Hércules era levar o Touro de Creta vivo até Euristeu, que por sua vez entregaria-o a Hera. O touro era enraivecido e aterrorizava o povo da ilha grega de Creta, pois Poseidon, o deus dos mares, o havia oferecido a Minos, rei local, cini sacrifício, e o rei não teve coragem de sacrificar um animal tão bonito e tão forte. Hércules não só capturou-o como, montado no animal, levou-o até Euristeu.
- 8º) Castigou Diomédes, filho de Ares, possuidor de cavalos que vomitavam fumo e fogo, e a que ele dava a comer os estrangeiros que as tempestades arrolavam à sua costa. O herói entregou-o à voracidade de seus próprios animais.
- 9º) Venceu as amazonas, tirou-lhes a rainha Hipólita, apossando-se do cinturão mágico que ela vestia.
- 10º) Matou o gigante Gerion, monstro de três corpos, seis braços e seis asas, e tomou-lhe os bois que se achavam guardados por um cão de duas cabeças, e um dragão de sete.
- 11º) O décimo primeiro trabalho consistiu em trazer do mundo dos mortos o seu guardião, o cão Cérbero. Hades autorizou-o a levar Cérbero para o cimo da Terra sob a condição de conseguir dominá-lo sem usar as suas armas. Hércules lutou com ele só com a força dos seus braços, quase o sufocou, dominando-o. Depois levou-o a Euristeu, que, com medo, ordenou-lhe que o devolvesse.
- 12º) Colheu os pomos de ouro do Jardim das Hespérides, após matar o dragão de cem cabeças que os guardava. O dragão foi morto por Atlas, a seu pedido, e durante o trabalho, ele sustentou o céu nos ombros no lugar do gigante. Significados - O acadêmico alemão Walter Burkert chamou os trabalhos, juntamente com os outros mitos sobre Hércules, de "um conglomerado de contos populares que foram explorados apenas de maneira secundária pela grande arte da poesia", e afirmou que não foi até o fim do século V que os poetas da era clássica puderam trazer o mito para "uma atmosfera mais trágica, heróica e humana, afastando-o de seu impulso natural rumo a um reino descompromissado, além do humano". À medida que os feitos sobre-humanos de Hércules, sempre a vencer a morte, passaram a adquirir simbolismos filosóficos, morais e, eventualmente, alegóricos, por trás de seus significados literais, a figura do herói passou a representar uma tradição mística interior, e os trabalhos foram interpretados em termos de uma jornada espiritual. Os últimos três trabalhos, em particular, seriam considerados metáforas sobre a morte. Hércules foi único entre os heróis gregos, na medida em que não se conhecia a localização de sua sepultura, e portanto os sacrifícios e libações eram-lhe oferecidas em todos os lugares. Outras façanhas - Após esses trabalhos Héracles entregou-se a muitos outros, por sua livre vontade, na defesa dos oprimidos:
>>Matou, no Egito, o tirano Busíris que sacrificava todos os estrangeiros que aportavam ao seu Estado;
>>Tendo encontrado Prometeu acorrentado por Zeus no cume do Cáucaso, entregue a um abutre que devorava o seu fígado, libertou-o;
>>Estrangulou o gigante Anteu que, em luta, recuperava a força sempre que conseguia tocar, com os pés, o solo;
>>Entre as façanhas de Héracles , conta-se ainda separar os montes Calpe (da Espanha) e Ábilia (da África), abrindo assim o estreito de Gibraltar;
>>Disputou com Aquelos a posse de Dejanira, filha de Eneu, rei da Etólia. Como a princesa a Hércules preferia, Aquelos, furioso, tranformou-se em serpente, e investiu contra ele; repelido, tranformou-se em touro, e de novo arremeteu; mas o herói enfrentou-o, pela segunda vez, quebrando-lhe os chifres, e desposou Dejanira. Em seguida, tendo de atravessar o rio Eveno, pediu ao Centauro Nesso que conduzisse Dejanira ao ombro, enquanto ele faria a travessia a nado. No meio do caminho, tendo Nesso se recordado de uma injúria que outrora Hércules lhe dirigira, resolveu, por vingança, raptar-lhe a esposa, passando com esse intuito, a galopar rio acima. O herói, tendo percebido as suas intenções, aguardou que ele alcançasse terra firme, e então atravessou-lhe o coração com uma das flechas envenenadas. Nesso tombou, e, ao expirar, deu a Dejanira a sua túnica manchada do sangue envenenado, convencendo-a de que seria, para ela, um precioso talismã, com a virtude de restituir-lhe o esposo, se este viesse em qualquer tempo, a abandoná-la;
>>Mais tarde, Héracles apaixonou-se pela sedutora Iole, e se dispunha a desposá-la, quando recebeu de Dejanira, como presente de núpcias, a túnica ensangüentada, e, ao vestí-la, o veneno infiltrou-se-lhe no corpo; louco de dores, ele quis arrancá-la, mas o tecido achava-se de tal forma aderido às suas carnes que estas lhe saíam aos pedaços. Vendo-se perdido, o herói ateou uma fogueira e lançou-se às chamas. Logo que as línguas de fogo começaram a serpentear no espaço, ouviu-se o rebumbar do trovão. Era Zeus que arrebatava seu filho para o Olimpo, onde ganhou a imortalidade e, na doce tranqüilidade, recebeu Hebe em casamento, depois de morto, foi aceito entre os olímpicos.