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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Paulo

Paulo de Tarso ou Saulo para os hebreus – apóstolos dos gentios (Ano10 - 67 d.C.) Nascido em Tarso, cidade principal da Cilícia. Descendia de hebreus da tribo de Benjamin, que haviam obtido a cidadania romana, de grandes posses e prestígio político. Seus pais, fiéis à lei mosaica, o mandaram à Jerusalém para ser educado. Fariseu fervoroso recebeu na circuncisão o nome de Saulo e teve como preceptor um dos mais sábios e notáveis rabinos daquele tempo, o grande Gamaliel, neto do ainda mais famoso Hilel, de quem recebeu as lições sobre os ensinos do A T. Foi este Gamaliel, cujo discurso se contém nos Atos dos Apóstolos 5. 34-39, que aconselhou o Sanedrim a não tentar contra a vida dos apóstolos. Ele possuía alguma coisa estranha ao espírito farisaico, a qual se avizinhava da cultura grega. Em seu discurso demonstrava um espírito tolerante e conciliador, característico da seita dos fariseus. Celebrizou-se por seus vastos conhecimentos rabínicos. Aprendeu o ofício de fazedor de tendas, das que se usavam nas viagens. Recebeu uma educação subordinada às tradições e às doutrinas da fé hebraica e, embora fosse filho de um fariseu, At. 23, tornou-se um cidadão romano. Pelos seus dizeres na epístola aos filipenses 3. 4-7, aparentemente ocupava posição de grande influência que lhe dava margem para conseguir lucros e grandes honras. Tornou-se membro do concílio, At. 26. 10, e logo depois recebeu a comissão do sumo sacerdote para perseguir os cristãos. Apareceu no cenário da história cristã, como presidente da execução do diácono Estevão o protomártir do Cristianismo, At. 7. 58 que foi apedrejado, concordando, portanto, com a condenação. Depois disso, empreendeu forte perseguição aos cristãos. Na sua posição odiava a nova seita, não só desprezando o crucificado Messias, como considerava os seus discípulos um elemento perigoso, tanto para a religião como para o Estado. Este seu ódio mortal contra os discípulos de Jesus durou até ao momento da sua conversão, que aparece no 9º capítulo. Foi no caminho de Damasco que se deu a sua repentina conversão. Ele e seus companheiros viajavam pelos desertos da Galiléia e quando, ao meio-dia, o sol ardente estava no seu zênite, At. 26. 13, repentinamente uma luz vinda do céu, mais brilhante que a luz do sol caiu sobre eles, derrubando-os. Todos se ergueram, mas ele continuou prostrado por terra. Ouviu-se então uma voz que dizia em língua hebraica: "Saulo, Saulo, porque me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão". Respondeu ele então: "Quem és tu Senhor?" E veio a resposta: "Eu sou Jesus a quem tu persegues. Levanta-te e vai à cidade e aí se te dirá o que te convém fazer". Os companheiros que o seguiam ouviam a voz sem nada ver, nem entender. Ofuscado pelo intenso clarão da luz, foi conduzido pela mão dos companheiros. Entrou em Damasco e hospedou-se na casa de Judas, onde permaneceu três dias sem ver, sem comer e nem beber, orando e meditando sobre a revelação divina. Guiado pelo Senhor, o judeu convertido Ananias, foi visitar-lhe e ao se encontrar com o grande perseguidor, recebeu a confissão da sua nova fé. Certo de sua conversão Ananias impôs-lhe as mãos, fê-lo recobrar a visão e o batizou. {Saulo levantou-se e seguiu viagem agora totalmente convencido. Chegou a Damasco e foi batizado por um irmão cristão chamado Ananias, que já o esperava. Saulo recebeu o Espírito Santo através do batismo e passou a se chamar PAULO, como também recuperou totalmente sua visão. Sendo assim, recebeu também sua nova missão: pregar a Palavra do Altíssimo aos não judeus, gentios ou pagãos como eram chamados. Passou anos a orar e a se preparar o que recebera, antes das pregações}. Foi para o deserto da Arábia, onde orou e fez penitência por mais três anos. A partir de então, com a juventude e a energia que o caracterizava, e para grande espanto dos judeus, começou a ensinar nas sinagogas sobre o Messias, Filho do Criador, 9 10-22. Regressou à Jerusalém, onde sofreu a desconfiança dos que não acreditavam na sua conversão e instalou-se em Antióquia, na Síria, de onde fez três grandes viagens missionárias, ao longo de 25 anos. Pregou na Ásia Menor, Grécia e Jerusalém, até ser preso em Cesaréia. Levado para Roma, permaneceu dois anos sob custódia militar, gozando de relativa liberdade, suficiente para receber os cristãos e converter os pagãos. Durante esse período escreveu as cartas aos Filipenses, aos Colossenses, aos Efésios e a Filêmon. Inocentado passou pela Espanha, visitou suas comunidades no Oriente, onde foi preso novamente levado para Roma sob a acusação de seguir uma religião ilegal. São desse último período as duas cartas a Timóteo e a Tito. Por ordem de Nero desta vez não teve perdão e foi condenado à morte, mas por ser um cidadão romano não deveria ser crucificado e, sim, decapitado. Além de alguns discursos a ele atribuídos, mencionados nos Atos dos Apóstolos, deixou 14 cartas dirigidas a várias comunidades convertidas e a amigos. Nas cartas que escreveu às comunidades que fundou, mostrou-se o grande teólogo empenhado em elaborar uma síntese do mistério cristão que atravessasse os tempos. Esses documentos caracterizam-se por conterem valiosas regras de vida completamente atemporais, que jamais perderão seu significado se praticados para garantirem a harmonia em qualquer sociedade, em qualquer época. Também em seus ensinamentos observa-se o esclarecimento da distinção entre judaísmo, evangelho e a difusão deste último no mundo grego. Não era apóstolo oficialmente, mas foi considerado o apóstolo do gentios por causa da sua grande obra missionário nos países gentílicos. Ele dizia de si mesmo: "Eu trabalhei mais que todos os apóstolos... e ai de mim se não evangelizar!", mas também dizia: "Eu sou o menor dos apóstolos... não sou digno de ser assim chamado".
(Suas chibatadas = 40-1=39 117/39= )