Páginas

quarta-feira, 14 de abril de 2010

As Possibilidades...

É interessante a análise de Zigmunt Bauman da sociedade oriental em que a humanidade é também vítima da pós-modernidade. Agora as pessoas são livres, mas enfrentam uma situação chamada “possibilidade” e são vítimas dela.

Hoje no “mundo do trabalho”, o mercado oferece na direção do progresso uma sedução contínua que não é outra coisa onde o mais importante é que todos se comportem da maneira que melhor lhes convier.

Setores de competências, ou seja, profissões com suas próprias lógicas (razões). São tantas as possibilidades de oferta que nos perdemos no meio delas. Portanto, somos vítima!

No “mundo religioso” é a mesma coisa, mesmo sem perder sua origem de orientação, na pós modernidade obedecem a vários padrões de possibilidades (múltipla escolha) para conquistar seu público. Não existe a hierarquia de valor e sim a hierarquia “líquida”.

Chega então o individualismo e com ele podemos fazer várias experiências. A secularização leva da onipresença à insignificância, não precisamos mais da fidelidade. Ninguém quer morrer e a religião dá esperança numa esfera transcendental.

Embora a ciência prove que morremos, mas ela não prova que Deus não existe. O que muda é que podemos freqüentar muitas igrejas, o chamado Pluralismo Religioso, onde a competição das igrejas é aperfeiçoar suas ofertas para não perderem fiéis.

A nossa responsabilidade é de achar a resposta para aquilo que necessitamos já, e a pós modernidade nos dá várias possibilidades, simultaneidades e estilicidades. O alcance da Nova Era é crescente e funciona como se fosse um curso sem vínculo algum. Nasce uma identificação religiosa para esclarecer dúvidas advinda de algum problema e quando entendemos o suficiente podemos ir para o outro estágio (igreja) conforme a necessidade do momento. Se precisar de orientação mais complicada, contrato quem mais confio para solucionar meu problema espiritual.

A pós-modernidade trouxe a individualização avançada que é a solidão, porém o ser humano é sociável cheio de desejos e necessidades que precisa da convivência para se dar e receber.
Partilha? Coisa do passado e que a pós-modernidade fez desaparecer.

Mi - Cps, 24/02/09
Fonte: Palestra de Frank Usarhi – Doutor em religião.