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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Escatologia

Valor escatológico e sua relevância para a Igreja Cristã contemporânea

Embora a Bíblia declare que a data exata da segunda vinda de Cristo seja além do conhecimento humano, dá sinais que anunciam sobre sua vinda, para que os cristãos possam ser alertados para os tempos em geral. E mais, adverte os crentes a se despertarem ao ver tais sinais.

Jesus repreendeu os fariseus daquela época por não reconhecerem os sinais que indicavam a presença dEle entre eles (Mt 16.3) – sinais tais como Seu nascimento humilde, Seus milagres, o fato dEle ser um homem de pesares e conhecedor de tristeza, a entrada dEle em Jerusalém no lombo de um jumentinho, etc. Parece lógico que Ele faria a mesma repreensão aos cristãos modernos por não estarem atentos aos sinais de Sua segunda vinda. Ele deu vários sinais, uns gerais em natureza, e outros bem específicos. Muitos dos sinais mais gerais se encontram em Mateus 24.6-12, tais como, “guerras e rumores de guerras”, “fomes e terremotos”, perseguição de crentes, traição por amigos, a aparição de falsos profetas, e a multiplicação de iniqüidade.

Estes sinais são do tipo geral e já apareceram em várias épocas através da história desde a primeira vinda de Cristo. Todos existem hoje em dia, nesta última metade do século vinte, provavelmente num grau mais evidente que em qualquer outra época, sugerindo a iminência da segunda vinda de Cristo. Um sinal específico, que certamente é mais marcante agora que em qualquer outro século, é a apostasia dentro da chamada “igreja cristã”. Paulo, escrevendo a Timóteo, disse que “nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (I Tm 4.1). Ele também disse que nos últimos dias homens seriam “antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (II Tm 3.1-5). Séculos anteriores já conheceram uma certa apostasia, na medida que pessoas se desviaram da fé verdadeira, mas não no grau hoje existente.

Esta apostasia não se refere meramente a assuntos secundários, mas ao tema central: a natureza sobrenatural de Cristo e da Bíblia. Muitos afirmam hoje em dia que Cristo era somente um homem, embora um homem marcante, e a Bíblia em simples produto humano, embora um produto de excepcional valor. Esta forma liberal de teologia iniciou-se com o Racionalismo alemão que passou pela Inglaterra, depois aos Estados Unidos, invadindo o mundo inteiro. Seminários teológicos, igrejas individuais, e até denominações inteiras já caíram ante a sua onda avassaladora.

Nunca antes na história havia acontecido algo semelhante na área de teologia. Certamente é um sinal da proximidade dos eventos dos últimos tempos. Já na igreja do primeiro século, Paulo adverte seu jovem colaborador Timóteo contra a falsa doutrina que é muito semelhante à falsa doutrina nos dias atuais. Paulo advertiu-os, ao deixar Éfeso sete anos antes, de que lobos vorazes devastariam o rebanho (At 20.29,30). A admoestação de Paulo a Timóteo incluía mais do que pureza de doutrina. Ele queria pureza de vida. O apóstolo compreendia que uma pessoa pode crer na Palavra de Deus inteiramente, e ainda viver distanciada de suas verdades. É triste quando a vida de alguém e a sua fé se acham em pólos opostos.

Conclusão
Em I Timóteo, Paulo diz que o melhor modo de combater o erro é com uma vida à altura dos padrões estabelecidos pela Palavra de Deus. O livro de Hebreus, capítulo 12, fala da perseverança que o cristão deve ter em meio às provações, segundo o exemplo de Cristo. Eu particularmente gosto muito de sua mensagem, logo no início o autor declara que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunha. Alguns de nós somos as únicas Bíblias que outras pessoas lêem. Como cristãos precisamos viver uma vida de santidade diante dos homens, se realmente desejamos que o nosso testemunho tenha valor. Ou nossa vida recomenda Cristo a outros ou nós os afastamos dEle. Quantas vezes temos ouvido: “Se é isto que o Evangelho faz pelo homem, não quero saber dele”. A Igreja tem uma grande vocação. Somos chamados não só a apelar para os homens que se voltem para Deus, mas também a interceder junto a Deus por eles. Paulo diz: Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça, e m favor de todos homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade (I Tm 2.1,2). A Igreja é o sustentáculo da verdade diante dos homens. É a única instituição terrena à qual Cristo deu a incumbência de pregar o evangelho. “Torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (I Tm 4.12). “Viva de tal forma que os outros possam ver Cristo em sua vida”.